quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Halloween caseiro…


À chegada do anoitecer deste dia agora chamado das bruxas, no revivalismo importado duma tradição anglo-saxónica, fica colocada à porta de casa a useira abóbora esburacada, como que a entrar no espírito da quadra do moderno “ Halloween”. Sem ser por aderência à moda vinda de filmes estrangeiros, mas por cá em casa haver crianças, e tendo netos o que interessa é fazê-los ter momentos alegres e convivência feliz.

Da alusão domiciliária sobre o caso, são as imagens a registar a decoração feita aqui pelo autor destas linhas, para os netos que estão por cá, assim como com pensamento no que está mais longe, mas sempre presente.


Claro que a tradição portuguesa era diferente até tempos recentes. Embora por aqui, na zona felgueirense e mesmo do Douro Litoral, não houvesse o costume do chamado pão dos pobres, de que se ouve falar de outras regiões; e especialmente pela área sul do concelho  de Felgueiras, pelo menos, já havia a tradição das abóboras, a que popularmente se chamava botefas. Como também já ficou descrito, por exemplo, em artigo (que se pode rever clicando) sobre  as 


e noutro


Armando Pinto


quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Novo livro – “Luís de Sousa Gonçalves - O SENHOR SOUSA DA IMO” (obra histórico-literária cá da casa… pessoal) !


Para os devidos efeitos e para que conste… Dou conhecimento que brevemente haverá a apresentação pública de mais um livro meu - este da imagem.

Obra esta que dá continuidade a outras dedicadas a pessoas de relevo da região. Depois dos nomes que foram biografados no livro Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras (embora aí em formato resumido na maioria dos casos, para não alongar demasiado o volume) e seguidamente em livros individuais sobre o Padre Luís Rodrigues e sobre o projetista e arquiteto Luís Gonçalves, agora é vez de dedicar umas páginas sobre o industrial sr. Luís Sousa. (Havendo outros guardados, entre livros já escritos mas a aguardar possibilidades de publicação, entretanto.)

Ora, o Padre Luís de Sousa Rodrigues foi Reitor da igreja da Lapa do Porto, entre 1939 a 1979, e famoso mestre e compositor de música sacra, musicólogo e grande orador, natural de Rande-Felgueiras e falecido no Porto, onde tem uma rua com seu nome, bem como outras na cidade de Felgueiras e na antiga freguesia de Rande. Enquanto Luís Gonçalves se salientou como “Engenheiro” da Casa das Torres de Felgueiras, assim como arquiteto projetista de edifícios tais como a vivenda clássica da família Fonseca em Felgueiras (em frente da Casa das Torres), mais a casa da família Likfold (onde mais tarde funcionou a EDP e depois alguns bares e dependências públicas), tal como o prédio original da Casa do Povo da Longra, a Casa do Montebelo, mais a Casa Africana, em Longra-Rande, e ainda a remodelação do antigo Solar dos Condes do Unhão, na transfiguração para o atual edifício da Misericóridia de Nª Sª do Rosário do Unhão, etc. E o senhor Luís Sousa Gonçalves é saliente e estará devidamente memorizado por tudo o que será exposto no livro a apresentar publicamente.

A notícia em locais próprios deverá ter diretrizes apropriadas, mas aqui, como espaço pessoal, será em forma mais informal, de coloquial informação.

O seu lançamento vai ser no dia 16 de novembro próximo, às 14 horas (pois o restaurante da Longra em que vai ter lugar tem de ficar livre às 17 h). Isto para ir adiantando algo informativo, juntando já amostra da imagem da capa.

Assim:
 - No próximo dia 16 de novembro, sábado ao início da tarde, pelas 14 horas, vai ser apresentado publicamente o meu próximo livro (sobre, conforme o título, "Luís de Sousa Gonçalves - O Senhor Sousa da Imo"). Será em sessão para decorrer a partir das 14 horas desse sábado, no Restaurante Quinta Juventude Eventos e Espaços Verdes , na Longra, com catering comemorativo, de entrada livre. (Restaurante sito junto à ponte da Longra).

Será nesse dia por ser o fim de semana coincidente à proximidade da data do aniversário natalício do homenageado, falecido em 2006. E o horário tem a ver com a disponibilidade do restaurante. Sendo que é de maior interesse que se faça na Longra e como a Casa do Povo está atualmente sem licenceamento da sala de espetáculos, à espera de obras, não havia outro local adequado, além de que neste do "Juventude" haverá boas condições de convívio.

A edição terá patrocínio do Instituto de Estudos Superiores de Fafe, que foi criado precisamente por Luís Sousa Gonçalves.

Em suma, o evento tem duas vertentes: Homenagem ao sr. Luís Sousa Gonçalves, ao lembrá-lo nos 96 anos de seu nascimento; e lançamento do livro biográfico que lhe é dedicado.

Como se costuma dizer nos canais sociais: partilhe-se.

Agradecendo a devida divulgação, a bem do espírito subjacente de enaltecer a memória do biografado e sua obra,

Armando Pinto

terça-feira, 29 de outubro de 2019

(Mais) Um artigo sobre um ilustre felgueirense no Semanário de Felgueiras, por Mário Pereira


Na linha do lema pessoal do autor deste blogue, de dar valor ao que tem valor, dá-se lugar a partilhar mais um bom exemplo de valorização do ADN Felgueirense. Como são as evocações de algo digno de perdurar na memória concelhia amarelo-púrpura.

Tal como se tem procurado fazer nalgumas oportunidades também no SF e até em livros (como será proximamente com mais um livro… de autoria pessoal), aqui o autor dá vez a um amigo das letras, partilhando o mais recente artigo publicado no Semanário de Felgueiras, escrito por Mário Pereira, desta feita sobre o famoso Doutor do Sobrado.

Eis então essa crónica de boas lembranças, respigando da edição do Semanário de Felgueiras de 25 de Outubro, o que expandiu o amigo sr. Mário Pereira, então a recordar esse célebre felgueirense, quase lendário.


AP

terça-feira, 22 de outubro de 2019

“Está Bem” - alerta de consciencialização… no SF


Na página de opinião com temas de Está Bem e/ou Está Mal, o jornal Semanário de Felgueiras, em sua edição do passado dia 18 deste outubro, trouxe uma coluna com uma interessante e pertinente chamada de atenção sobre a devida valorização do que é felgueirense. Como que a tentar chamar à razão tudo e todos, ao jeito de consciencialização coletiva que tem faltado em diversificadas situações e normalmente no pensamento e atitudes de algumas pessoas, segundo se tem notado.

Sendo esse texto um importante contributo à valorização da identidade mátria concelhia, convirá frisar que, embora concordando plenamente e subscrevendo na íntegra, não é esse artigo da lavra do autor deste blogue. Servindo esta explicação apenas para estar à vontade com a publicação também aqui, como partilha e divulgação mais vasta.


Armando Pinto
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sábado, 19 de outubro de 2019

Naia (António Magalhães): um artista plástico felgueirense exposto em Guimarães


Não é novidade nenhuma que Felgueiras sempre teve gente de valor e que vai tendo ilustres felgueirenses nos mais variados campos da sociedade e também das artes. Cujos talentos por vezes são quase desconhecidos entre seus conterrâneos e quase nem reconhecidos a nível do concelho natal. Entre variadas situações. Felizmente conhecidos noutros lados algumas vezes, também.

Ora um destes dias teve lugar num jornal de Guimarães uma crónica sobre um felgueirense que é artista plástico. Embora isso nem seja de admirar também visto ele residir em Guimarães há uns quantos anos, já. Porém sendo natural do concelho de Felgueiras, apraz aqui registar o facto, para que por cá se saiba melhor de mais um felgueirense de valor, este que anda nas telas da cidade vizinha de Guimarães. Tratando-se do artista Naia, como é o pseudónimo artístico de António Magalhães, natural e durante anos residente na freguesia da Pedreira, concelho de Felgueiras.


Pois o amigo Magalhães da Pedreira é o artista que aqui merece apreço e sobre o qual apraz dar um reconhecimento mais vasto. Para quem não associar de imediato o nome com a cara, para não dizer a letra com a careta, o melhor jeito de o apresentar é identifica-lo como é, com um apropriado cartão-de-visita familiar: - É filho dos históricos professores da Pedreira, da professora D. Joaquina (Dias de Sousa Ribeiro) e do professor Luciano (António Mendes de Magalhães), que foram rostos conhecidos e admirados na área da Longra e arredores, enquanto na Pedreira eram estimados pelo povo de modo particular, atendendo à ligação existente, havendo ensinado as primeiras letras e seguintes palavras e números a sucessivas gerações. Sendo o filho de nome completo António Manuel Ribeiro Magalhães, mais conhecido por António Magalhães, o pintor artístico Naia.

Então o Magalhães, que em tempos que há muito lá vão, quando era ainda estudante e vivia na Pedreira, andava muito pela Longra em convivência com amigos de livros estudantis (entre os quais o autor destas linhas) sensivelmente da mesma idade e também da mesma condição de andarem à boleia e atrás de caras bonitas, agora e desde há muito vive em Guimarães e é artista de nome feito no mundo das artes plásticas.

Assim sendo é com muito gosto que aqui se dá à estampa o facto de mais uma vez o Magalhães ter tido honras de parangonas, desta feita referindo seu engenho artístico em tudo o que assina como Naia. Tal o caso de ter sido nomeado na coluna “Pessoas & Causas” do jornal O Comércio de Guimarães, em sua edição da semana do meio de outubro, a propósito de sua exposição mais recente – “Histórias pintadas com porta à Berta”. Como agora ele está então lá exposto.


Armando Pinto
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sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Um dia especial… em reflexo de algo de jeito, feito!


Há muito que tenho por lema dar valor ao que tem valor. Em cujo sentido a vida é para ser vivida sem ser só por ver outros por aqui andarem. De modo que quando se faz alguma coisa de jeito é sempre melhor, não para outros verem, mas para nós próprios nos sentirmos bem.

Ora, na linha de não ser por ver os outros, mas por nós mesmos, todos já devemos ter feito alguma coisa que nos fez sentir bem. Havendo dias assim, a terça-feira dia 15 de outubro foi um dia que, não pela data em si, mas pelo modo como o dia correu, para o autor destas linhas, foi algo especial.

Pois então, nesse dia tive a feliz oportunidade de assistir à oferta duma cópia fac-similada da Regra de São Bento a Felgueiras. Facto acontecido no dia em que ocorria a passagem de mais um aniversário da outorga do Foral Manuelino. Então o município de Felgueiras foi presenteado com um documento histórico da lavra de um ilustre felgueirense – o volume das iluminuras da Regra de São Bento, da lavra do célebre artista Lucas Teixeira. Tendo-se deslocado a Felgueiras, desde o Brasil, a filha desse felgueirense importante como iluminurista e poeta falecido entretanto, sobre o qual ainda no ano passado teve lugar na Biblioteca de Felgueiras uma exposição comemorativa de seu centenário. Oferta aquela concretizada num gesto bonito de D. Maria Margarida Teixeira Moreira Lima, filha do felgueirense senhor Armando Teixeira, como era o nome de batismo de Lucas Teixeira, nome este de profissão e artista.


À entrega referida estiveram presentes as Dr.ª Dulce Freitas e Dr.ª Manuela Melo, que receberam em mãos o documento, respetivamente em nome da Biblioteca e do Arquivo Municipal, além de haver assistido atentamente o autor desta anotação, na presença também do marido da senhora engenheira Maria Margarida.


É o notável documento um conjunto de iluminuras em fac-simile das muitas páginas de pergaminho elaboradas com minucia entre 1944 a 1954 (mais duas posteriores), num trabalho de mestre, cujo original, muito valioso, está na nação brasileira à guarda dum colecionador particular, depois de leiloado, havendo de permeio estado à guarda do Jockey Clube de São Paulo. Ficando agora na Biblioteca e Arquivo Municipal de Felgueiras uma cópia fac-similada de tão importante acervo.


Como intermediário do conhecimento sobre esse que foi o tão apreciado Frei Lucas Teixeira, esteve presente o autor destas linhas e também colaborador do jornal Semanário de Felgueiras, normalmente autor de artigos sobre a memória felgueirense, tendo enviado para publicação no mesmo Semanário de Felgueiras uma notícia do facto, a dar conhecimento público desse importante ato.

(imagem da coluna do SF )

Isto na parte de privilégio comunitário, de interesse felgueirense, no caso.

Quanto a uma outra parte, deveras sensibilizante, foi muito bom e bonito, como se pode dizer da oportunidade da convivência havida com a filha e o genro do ilustre Felgueirense sr. Armando (Lucas) Teixeira, falecido (em 2013) mas praticamente bem presente em tudo e em todos nós que depois percorremos alguns dos sítios e afinidades de sua naturalidade local, como tive a possibilidade de procurar ser um género de cicerone de D. Maria Margarida e marido.


Assim, tal como quando se faz algo de jeito nos sentimos bem, o que foi possível fazer nos fez sentir melhor. De modo que as coisas não acontecem sem qualquer razão, e o facto de um dia ter começado a interessar-me pelo personagem Frei Lucas Teixeira, como felgueirense notável, deu razão à razão…


Isso porque, nas andanças de pesquisas sobre temas felgueirenses, há já muitos anos descobri (exprimindo na primeira pessoa) que, entre os bons felgueirenses dignos de merecerem lembrança, havia um felgueirense de nascimento, Frei Lucas Teixeira, que era exímio artista na arte clássica de iluminuras. E então, começando a estudar esse personagem, já em inícios do século XXI escrevi um artigo jornalístico sobre ele, que foi publicado no Semanário de Felgueiras em fevereiro de 2002, com o que até aí já tinha descoberto, procurando enaltecer sua aura de artista, para honra do sentimento felgueirense, quer como autor de iluminuras feitas com paciente mão de mestre, quer como poeta, autor de diversos livros com poesias de terna recordação. 


Após isso, pensando que ele devia tomar conhecimento do facto, mas também com ideia de aprofundar mais as informações sobre tal artífice dessa arte rara, lembrei-me de o contactar, para lhe remeter cópia do artigo. Então, sabendo que ele estava no Brasil e havendo lido num blogue da internet algo sobre a sua vivência em terras brasileiras, tentei contactá-lo e consegui, depois de diversas tentativas. Passando a manter com ele uma correspondência interessante que redundou em maior admiração ainda e boa amizade. Sucedendo-se mais alguns artigos, mais completos ou com novos dados e mesmo crónicas também já em blogues. Juntando diversa documentação até, respeitante ao sr. Armando Teixeira, o admirado Lucas Teixeira. Com o desejo de quando possível verter todo esse material em livro, para o qual ao longo dos anos e até agora ainda não houve viabilidade, à falta de patrocínios. Mas continuou o interesse e admiração. A partir daí rolou a bola da vida, até que a filha, D. Maria Margarida, me conseguiu também contactar depois da morte do pai. De permeio lembrei publicamente que seu centenário se aproximava e depois houve felizmente na Biblioteca Municipal de Felgueiras uma exposição comemorativa. Tendo agora, por estes dias do outono do norte português, havido o que se regista aqui: a vinda da filha de Lucas Teixeira, passados anos, quando foi possível, em viagem desde o outro lado do Atlântico até ao concelho natal de seu pai. Sendo com emoção (como me contou, tocando-me profundamente) que entrou na cidade de Felgueiras, pelo acesso desde a autoestrada, sob indicação do GPS a ouvir para sair da rotunda pela segunda saída e… seguir pela Rua Frei Lucas Teixeira!


E o resto estará por certo, mais que certo, na memória das pessoas que estiveram envolvidas nos diversos momentos desse dia muito agradável e sentido. Com o sentimento que a honra de enobrecer Felgueiras nos contemplou bem então. Pois cumpriu-se o que estava subjacente.


Como poetou Fernando Pessoa, «tudo vale a pena, se a alma não é pequena»!

Armando Pinto
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segunda-feira, 14 de outubro de 2019

NOTICIA, sobre a USF da Longra, na edição impressa do Semanário de Felgueiras


Notícia, assinada pelo autor, publicada na dição do jornal Semanário de Felgueiras, número de sexta-feira dia 11 de outubro, à página 7:

Armando Pinto
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sábado, 12 de outubro de 2019

Original da foto de 1945 do Sport Club da Longra


A talhe da referência à publicação, numa revista desportiva de Lisboa, da foto do antigo grupo de basquetebol Sport Club da Longra, conforme no artigo anterior aqui foi anotado, neste blogue, sobre essa nota histórica remontando a 1945, regista-se desta vez imagem da foto original da pose correspondente dessa mesma equipa que teve honras na revista Stadium.

Ora, como a fotografia original dessa mesma imagem foi oferecida há anos ao autor deste blogue, aquando do trabalho de recolha atinente à elaboração do livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, através da colaboração prestada pelo promotor principal dos movimentos desportivo-sociais acontecidos na Longra por aqueles tempos de quarenta e cinquenta (o entretanto já falecido sr. Adriano Sampaio Castro), é possível ver a fotografia por inteiro, conforme aliás também se colocou no livro publicado em 1997 (bem como está para vir também num livro próximo...) e aqui e agora se volta a dar à estampa em tamanho maior.


Pela imagem pode ver-se como era a vedação do recinto, onde jogava o Sport Club da Longra, com paredes em tabuado, ou seja de tábuas de madeira a fazer cerca de tapamento, e a delimitação do terreno de jogo marcado com linha feita a pó de cal, junto aos assentos para o público, havendo delimitação por uma corda de vedação. Dando a imagem ainda o pormenor de ter assistência assinalável, podendo ver-se ao fundo um grupo de meninas desse tempo. Num friso feminino de jovens de boas famílias, como se reconhecem, sabendo-se a identificação delas, embora pessoalmente, no caso do autor destas linhas, as tivessemos conhecido muitos anos depois (agora já falecidas quase todas, e não todas por felizmente haver ainda uma viva, atualmente com 101 anos, em 2019).

O tempo passa… mas ao menos consegue-se recordar factos e fisionomias quando há testemunhos, assim.

Armando Pinto
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quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Memória do antigo “Sport Club da Longra” na revista histórico-desportiva de Lisboa “Stadium”


Confirmando antigas existências, das que pouca gente se lembrava e sabe ainda, mas foram devidamente historiadas no livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, mais uma comprovação chega a nossos olhos passados muitos anos. Tal o caso de um destes dias, ao pesquisar determinada curiosidade, (o autor destas linhas) ter descoberto que também numa revista de Lisboa dos anos quarentas aparece referência a uma antiga coletividade da região sul de Felgueiras, mais propriamente a um dos antigos clubes de basquetebol que existiram na Longra.


Com efeito, no número de 18 de Julho de 1945, da revista Stadium, aparece uma foto e ao lado a respetiva legenda, do Sport Club da Longra, “equipa de «basketball», como é referida em grafia do tempo, na forma inglesada dos primórdios do desporto.


Ora, o Sport Club da Longra, fundado em 1941 (como está registado no referido livro da história da região, Memorial Histórico…), existia então e resistia pujante desde aí até pelo menos 1945, ano em que teve uma foto publicada na revista de Desportos Stadium, em sua página “Stadium na Província” – conforme se transpõe para aqui a respetiva página inteira, mais a própria 1ª página da mesma publicação; e, pormenorizando, também em recortes que se juntam. Reconhecemos (identificando) facilmente, em cima o primeiro e o terceiro a partir da esquerda, respetivamente Adriano Castro e Luís de Sousa Gonçalves; e em baixo à direita, o jovem desse tempo António Dâmaso (mais conhecido depois por sr. Damas).


Não será necessário arriscar muito um palpite quanto à possível autoria e procedência do envio dessa foto, para Lisboa, sabendo que desse tempo a referência que ficou na memória foi da pessoa de Adriano Castro, entusiasta local de quase tudo o que se fazia por estes lados nos anos quarentas e cinquentas. Tendo sido ele o fundador dos clubes das diversas modalidades que foram aparecendo por esses anos e tinha contactos pessoais com gente do desporto da cidade do Porto e da imprensa (inclusive ficara amigo de Cândido de Oliveira, desde que esse senhor do futebol esteve a treinador do FC Porto; tendo ele mesmo levado para o FCP o ciclista Artur Coelho, mais os futebolistas juniores Silva e Freitas, todos de Felgueiras). Entre variadas ações, incluindo, mais tarde, ter sido Adriano Castro que fez a crónica de reportagem para O Norte Desportivo da festa da primeira subida de divisão do Futebol Club de Felgueiras.

Armando Pinto
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segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Exposição sobre Oliveira da Fonseca, benemérito felgueirense e republicano, na passagem de 150 anos de seu nascimento - na Biblioteca Municipal de Felgueiras



No âmbito comemorativo da implantação da República, e no vasto programa “Outono Cultural” em desenvolvimento na sede concelhia, foi no dia 5 de Outubro assinalada em Felgueiras a comemoração dessa histórica ocorrência, com a inauguração duma exposição, na Biblioteca Municipal, a fazer memória de um republicano felgueirense, José Joaquim Oliveira da Fonseca, juntando essa sua faceta de cidadania com o fator de ter sido um benemérito da antiga vila de Felgueiras.


Com efeito, Felgueiras comemorou a Implantação da República perante uma homenagem a um republicano e benemérito do concelho - José Joaquim Oliveira da Fonseca. Além de mais um ou outro número de programa, como sucedeu também através duma outra homenagem a um nome relacionado com o 25 de Abril de 1974 (Zeca Afonso), sem relação com o 5 de Outubro de 1910.

Ora, no dia 05 de outubro a Biblioteca e Arquivo Municipal foi palco da cerimónia de homenagem a José Joaquim Oliveira da Fonseca que se traduziu numa exposição que marca os 150 anos do seu nascimento.


No evento referiu-se que José Joaquim Oliveira da Fonseca nasceu em Felgueiras em novembro de 1869, emigrou para o Brasil e, após alguns anos, lá fez fortuna e regressou à sua terra. Construiu os edifícios de Belém e a Casa das Torres, esta última de arquitetura chamada brasileira, embora no caso mais propriamente em estilo Arte Nova. Destacando-se então como benemérito da terra, tendo oferecido terreno e mobília para a construção da escola primária de Margaride, da qual recebeu louvor da República Portuguesa; e como vereador da Câmara Municipal, onde exerceu os seus ideais republicanos. Além de ter feito parte de diversas comissões, como ficou referido no livro “Luís Gonçalves: Amanuense-Engenheiro da Casa das Torres” (publicado em 2014), a memorizar também o arquiteto encarregado por Oliveira da Fonseca na edificação de seu palacete das Torres.


A família Oliveira da Fonseca esteve bem representada, tendo sido por um dos sucessores deveras bem narrada e justificada toda a envolvência que a figura de José Joaquim Oliveira da Fonseca transporta na memória coletiva felgueirense. Justificando sobremaneira o facto dele estar honrado na toponímia felgueirense com seu nome numa rua da atual cidade de Felgueiras. Aliás a mesma família Fonseca foi naqueles tempos de inícios do século XX preponderante na vida urbana da então vila de Felgueiras, como se nota num seu irmão, Henrique Oliveira da Fonseca, haver ficado ligado à construção do Coreto de ferro, erguido em 1912 a substituir os antigos do largo da Corredoura, poiso da feira e arraial de festas nesses lustros.

= Nota noticiosa n’ O Jornal de Felgueiras de 15 de Junho de 1912.

A exposição, inaugurada no sábado e feriado 5 de Outubro, patente ao público ainda durante mais algum tempo, mostra diversa documentação e imagens relacionadas com a vida e obra do homenageado, algo que é de interesse felgueirense.

De assinalar que as comemorações encerraram no dia 5 de outubro, na Casa das Artes com o Concerto Comemorativo da Implantação da República, interpretado pela Banda de Música de Felgueiras.


Armando Pinto
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sábado, 5 de outubro de 2019

= Curiosidade e Rememoração: um grupo de republicanos felgueirenses defensores da República


Uma curiosidade e memoração, através da imagem que se dá à estampa:

-  Grupo de republicanos felgueirenses, que integraram o exército que conteve os revoltosos (adeptos do regime monárquico deposto em 1910) contra a então ainda jovem República. Tendo o grupo fiel ao regime republicano enfrentado esses revoltosos que em Cabeceiras de Basto tentaram reinstalar a monarquia em Julho de 1912.

Atente-se na legenda da gravura, que ao tempo foi publicada na revista Ilustração Portugueza, em seu número 343 de 16 de Setembro de 1912.


Vários desses nomes são conhecidos pela história de Felgueiras. Entre eles, o Dr. António Pinto de Sampaio e Castro, Conservador do Registo Civil e Administrador do Concelho de Felgueiras, era oriundo da família Castro da casa de Moinhos do Unhão e depois viveu grande parte da sua vida em sua casa da Leira, na Longra, no antigo lugar da Leira (parte da atual Rua Verdial Horácio de Moura). Tem seu nome atribuído numa rua da vila da Longra, como Rua Dr. António Castro.

Armando Pinto
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