segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Crónica da festa “Abraçar as carvalhas” publicada no Semanário de Felgueiras

O artigo sobre a festa de apreço às carvalhas da casa do Montebello de Rande, anteriormente publicado aqui no blogue pessoal, profusamente ilustrado com sequência de imagens do evento, foi entretanto enviado também para o jornal Semanário de Felgueiras, na linha da colaboração pessoal ao mesmo Semanário/SF Felgueiras Jornal. Tendo sido publicado na respetiva edição de papel da sexta-feira 26 de setembro, à página 4. Com a diferença de não conter fotos, na publicação do jornal, motivo de ter passado com menor impacto, segundo perceção chegada entretanto. Mas ali fica a fazer história, sabendo-se que os jornais são o meio mais regular e temporal do modo historiador que chega à opinião pública geral e fica nos aquivos jornalísticos da memória coletiva.

Armando Pinto

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domingo, 28 de setembro de 2025

Efeméride do princípio do encontro dos Colegas de Escola e Amigos – a 28 de setembro de 2024!

Encontro de colegas de escola e amigos / 2024 - memória !

Sábado, dia 28 de setembro de 2024 foi dia de encontros e reencontros de colegas de longa data e amigos, uns que andaram na escola da Longra e outros que ficaram de alguma forma ligados à Longra. Em suma, e com bom sumo, um grupo de companheiros de infância e juventude que fizeram vida pela Longra e arredores, durante os anos 50, 60 e 70, pelo menos. Num belo encontro proporcionado em tempo de vindimas, no caso pisado por fim à mesa, em interessantes momentos de convívio de eternos jovens de Rande, Sernande, Varziela, etc. ligados por afinidades relacionadas com vivências na Longra. Todos amigos e conhecidos, de tempos idos e para sempre. Num feliz encontro dessa vez possibilitado com a presença de alguns, entre quem foi possível juntar e se esperava alargar, como depois veio a suceder, felizmente.

Então, logo ficou agendado um seguinte encontro, já mais alargado, para o segundo sábado do mês de Maio do ano imediato, ou seja a 10 de MAIO de 2025.

Foi o princípio, dado o toque, ou em linguagem de desporto o pontapé de saída. Tinha havido antes um almoço de alguns amigos, em 2019, a que não estive presente, mas como se intrometeu o tempo das restrições do Covid, não teve imediato seguimento. Tendo então em 2024 já eu sido convidado e passado desde então, como muitos outros, a integrar o grupo que se formou. Realizando-se depois em Maio de 2025 o convívio que foi um autêntico sucesso. E está já agendado o seguinte para 2026, a 9 de MAIO.

Entretanto, os correspondentes avisos estão paulatinamente a ser feitos na página respetiva do Facebook do grupo.

Por ora recorda-se o início, na data da efeméride dessa efetiva primeira vez de tal continuidade, através de pose fotográfica do grupo de amigos reunidos há 1 ano, em setembro de 2024.  

AP

Faleceu o professor e homem de letras felgueirense José António Silva (1959/2025)

27 e 28 de SETEMBRO/2025

Chegou este sábado, 27 de setembro, a notícia do falecimento do professor e autor felgueirense José António Silva, há muito residente em Valpaços, mas que sentia a terra natal de Felgueiras de modo especial, tanto que regressa para ser sepultado em Felgueiras. Falecido com 66 anos de idade, vítima de doença. Era autor de dois livros de temática felgueirense, tendo publicado há anos “Felgueiras – rostos do tempo" e ainda recentemente “Felgueiras em bilhete postal ilustrado” – livros que tenho e o último com dedicatória assinada com seu autógrafo.

Além dos dois livros sobre Felgueiras, foi também autor de livros dedicados à terra em que se radicou e a que se dedicou, onde formou e criou família: “Valpaços – Jóia de Trás-os-Montes”, “O partido progressista de Valpaços : 1886-1910”; “Traição de Valpaços ou traição a Valpaços? : um episódio de 1895”, e “Santa Casa da Misericórdia de Valpaços – Setenta Anos”. De cariz diverso publicou também “Lições de Filozoofia” e “Sete Crónicas Cómico Trágicas do Portugal Contemporâneo”.

José António Soares da Silva nasceu em Margaride, em 1959. Licenciado em Línguas e Literaturas Modernas, Estudos Portugueses e Ingleses, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Obteve o grau de mestre em Ciências da Cultura na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Foi docente ao longo de toda a sua vida.

Conheci-o ainda jovem, por via de termos amigos comuns, incluindo ele ser amigo de meu irmão Fernando, colegas que eram como professores e ambos radicados em Trás-os-Montes, o meu irmão em Alfândega da Fé e ele em Valpaços. Conversei também com ele ainda recentemente, a propósito disso, aquando da apresentação de seu último livro no Café Jardim, em Felgueiras. Havendo afinidades entre nós ainda pela afeição à historiografia e memória coletiva.

Descanse em paz, amigo.

Armando Pinto

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Sinalética de saudação indicativa da Vila da Longra no lado sul, de saída e entrada entre Rande e Unhão

Existente desde os inícios da oficialização da Vila da Longra (em 2003), a placa da sinalética de boas-vindas e de agradecimento pela passagem/visita à área da vila, implantada já dentro de Rande, junto ao portão de entrada do lado sul da Casa do Montebello, foi recentemente restaurada. Derivado do estado deteriorado em que se encontrava, naturalmente pela erosão do tempo. Tratando-se duma placa das de sinalização de informação de localidades e de zonas, que delimitam o início e o fim de uma localidade, no caso a área inicial da vila. Vendo-se agora essa placa com aspeto recuperado e algo alterado, no lugar de Montebelo e na proximidade ao lugar da Sé, adiante das placas indicativas da entrada na freguesia de Rande e saída do Unhão, desse lado, no sentido de Lousada a Felgueiras, dessa parte da Estrada Nacional 207 (Rua Conselheiro Dr. António Mendonça), agora com estatuto municipal. Com alteração respetiva, além do aspeto, também no brasão, visto ter sido agora colocado o brasão da união das freguesias, mas não o da vila, que há muito está prometido mas ainda não concretizado.

Faltará agora, e por enquanto, ainda nas outras entradas e saídas, placas idênticas, quer da EN 207 a Norte, como na EN 207-2. Mas é já um bom augúrio haver alguma coisa de novo ou recuperado, por estes dias.

Armando Pinto

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segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Festa de louvor ao secular arvoredo da Casa do Montebello de Rande - "Abraçar as carvalhas"!

 

Com atentos raios de sol de fim de verão a furar entre as ramagens de anciãs árvores de seu belo espaço, decorreu em Rande, este domingo penúltimo de setembro, no amplo parque florestal da “Casa do Montebello”, uma inédita e louvável iniciativa tendente a valorizar a natureza das árvores de longa duração. Tendo então, desde o final da manhã e toda a tarde, até à noite, decorrido um convívio domingueiro, de amigos e conhecidos do proprietário da ancestral “Casa do Montebello”, no popular lugar do Montebelo, da freguesia de Rande, nos limites da Vila da Longra e em pleno concelho de Felgueiras. Qual encontro abraçado por centenário arvoredo de aragem atmosférica ao ar livre, nesse ajardinado bosque ambiental. Tal o evento acontecido sob auspícios de aclimatação memoranda aos exemplares do mesmo sítio frondoso, à guisa de reserva arbórea de cariz particular da região, guardando muitas e belas árvores da família dos carvalhos, que pela sua antiguidade são consideradas carvalhas.

Neste ponto do reflexo do sol entre a ramagem das árvores vem a sentir-se a definição das mesmas árvores, em apreço, sendo que carvalho, árvore do género Quercus, se denomina assim durante seu crescimento inicial, enquanto carvalha designa um carvalho velho, de longa idade. Com especial enfoque pela copa e vigor. Curiosamente, o célebre etnógrafo Leite de Vasconcelos, em seu trabalho “Etnografia portuguesa: tentame de sistematização”, referiu até que «Carvalho em Felgueiras parece que é o carvalho que em parte se corta, e depois rebenta viçosamente…» e relativamente a uma de suas funções mais usuais em tempos idos, nas construções domésticas, quanto aos antigos barrotes ou traves, referiu por termo coletivo que «trave designa em Felgueiras o carvalho, quando, em plena vegetação, se torna apto para construções…». Com a natural noção que essas árvores são dignas em espaços próprios, por serem de folhas caducas, deixando cair todas as suas folhas pelo outono e até ao inverno, ou seja não são tanto de espaços públicos normais.

Foi pois nisso assim que este passado domingo, 21 de setembro, com muito gosto testemunhei e participei como convidado em tal inédito evento de louvor a árvores de longa história. No Montebelo, em Rande, mais precisamente na histórica “Casa do Montebello” que deu nome ao lugar circunvizinho. Graças à iniciativa do amigo e bom cidadão Longrino-Felgueirense sr. Fernando Vaz, que juntando um bom número de convidados, deu azo a essa atenção à natureza das árvores de cobertura desse bosque, de realce de tanta flora misturada com refrescante arvoredo antigo.

No livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras” (publicado em 1997, com o patrocínio do jornal Semanário de Felgueiras), além de também ter ficado impresso um apontamento a historiar a casa, entre as páginas 259 e 260, aí foi registado pelo autor desta reportagem ainda uma descrição do ambiente da propriedade, narrada como «sobremaneira valorizada por muito antigo parque ajardinado, um grande jardim, lago e passeios completando um conjunto frondosamente deleitoso, realçado por lindas flores e belas espécies de arvoredo».

Ora, nesse remanso tipicamente acolhedor, de misto ambiental romântico e paisagista, entre convivência em torno de repasto de ocasião, teve lugar pela tarde dentro uma classificativa das carvalhas mais antigas, de porte mais avantajado, entre as vinte e muitas espécies de carvalhos e carvalhas do respetivo parque doméstico, num total de vinte e oito, com marcação celebrativa das nove mais grossas, algumas das quais a precisar de vários braços humanos para serem devidamente abraçadas, quão enlaçadas e medidas foram. Conforme se mostra, ilustrando toda a ocorrência, ao jeito como as imagens dispensam mais palavras.




























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Após medidas e classificadas as carvalhas, concluída a vistoria e verificação de quais as maiores, ficou estabelecido por ordem a sua classificação, mediante as medidas verificadas. Por exemplo a 1ª (número 1 final) tem 3, 96 metros e as outras correspondentes dimensões seguintes, conforme se pode verificar pelo mapa ilustrativo de conclusão (na imagem, de epílogo).


Armando Pinto

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quinta-feira, 18 de setembro de 2025

De vez em quando… uma publicação com história de interesse felgueirense: Gazeta Literária da A.J. H.L.P. de realce ao Dr. Magalhães Lemos - quando fazia 100 anos (em 1955) que nasceu esse Ilustre Filho de Felgueiras!

Em tempos de puxar aos interesses concelhios, e porque o todo concelhio é o que mais deve contar e não apenas umas quantas freguesias e uma ou outra área urbana de maior influência, ou pelo menos das terras mais protegidas e melhor servidas, enfim mais bem vistas… vem a propósito trazer acima um tema de alcance geral, no caso relacionado com um dos mais ilustres felgueirenses. Por sinal natural da sede do concelho. Tal o facto de numa revista antiga de prestígio ter sido realçado logo na primeira página, com continuação na página seguinte, a figura nacional do Dr. Magalhães Lemos. Um dos maiores expoentes do orgulho felgueirense – esse que foi um médico cientista de grande renome, qual icónico Filho saliente de Felgueiras. Como uns quantos mais considerados maiores entre pares conterrâneos, felizmente, tal como Leonardo Coimbra, Francisco Sarmento Pimentel, Padre Luís Rodrigues, Lucas Teixeira, Leonor Rosa da Silva, etc., entre gente saliente felgueirense de assento de nascimento registado.

Ora, esse prestigiado cientista de medicina psiquiátrica, o Dr. Magalhães Lemos, entre tantas publicações de permeio saídas a público em sua homenagem, teve em 1955 (quando fazia 100 de seu nascimento), uma interessante referência na revista “GAZETA Literária”, com direito a um artigo de 1.ª página e continuação na segunda, a historiar a sua ligação à “Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto”, instituição da qual foi em 1907 Vice-presidente e em 1909 passou a Presidente. Tendo-se mantido depois cerca de sete anos à frente da erudita coletividade portuense. Conforme se vê pela publicação que agora aqui se recorda, memorizando a respetiva publicação do número de Agosto e Setembro de 1955 dessa revista mensal, órgão da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto. Cujo número faz parte da biblioteca pessoal do autor deste blogue.


Nascido em Margaride-Felgueiras a 18 de Agosto de 1855 (e como tal perfazia um século em Agosto de 1955 quando foi relembrado na Gazeta Literária da Associasção dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto), o Dr. António de Sousa Magalhães Lemos faleceu na cidade do Porto a 22 de Julho de 1931.
Ora, como dizia um político contemporâneo, do final do século XX e continuado neste século XXl, basta fazer as contas...  

Armando Pinto

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sábado, 13 de setembro de 2025

Seleção Francesa Feminina do Europeu de Hóquei em Patins fez refeições num estabelecimento da Longra-Felgueiras

Tendo-se realizado por estes dias no Norte de Portugal, e mais precisamente na região do Vale do Sousa, o Campeonato Europeu de Hóquei em Patins feminino, de 8 a 13 de setembro, em Lordelo de Paredes, uma das seleções presentes foi cliente dum estabelecimento de restauração da Vila da Longra, no concelho de Felgueiras. Tal o caso da Seleção Francesa. Conforme com natural orgulho foi registado na página dessa mesma casa e com orgulho conterrâneo e bairrista aqui se assinala, com a legenda e fotografia publicada na página de Facebook respetiva, que aqui se partilha:

«Cantinho Dos Manos Longra

Gratidão à seleção francesa de hóquei feminina

Foi um gosto fazer os vossos almoços e jantares

Façam boa viagem

Merci» 

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

De vez em quando… Um artigo sobre Património Felgueirense Edificado ("Capela do Monte do Senhor dos Perdidos") em artigo de Mário Pereira no SF Jornal

 

Entre curiosidades felgueirenses e motivos de interesse, regista-se aqui desta vez um artigo da autoria do amigo sr. Mário Pereira, publicado no jornal Semanário de Felgueiras, sobre a Capela do Monte do Senhor dos Perdidos. Um dos pontos altos do horizonte vislumbrado nos contornos paisagísticos do concelho de Felgueiras e com história que vem das brumas do tempo, entre as existências patrimoniais em terras de Felgueiras. Artigo historiador, publicado no SF Jornal, em sua edição atual de 12 de setembro, que se partilha pelo seu merecimento.



Armando Pinto

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quarta-feira, 10 de setembro de 2025

A propósito do tempo de regresso às aulas… um documento com história – meu passe de transporte…

 

Em tempo de regresso às aulas, vem a propósito algo relacionado. E como tal não podia faltar, desta vez, um exemplar do pessoal cartão de identificação de tempo escolar. No caso deitando mãos e olhos ao cartão do passe pessoal, usado de 1969 em diante e durante o “Ano Lectivo” de 1969/70. Tratando-se do passe de viagens pago antecipadamente e que assim serviu de livre-trânsito, nas viagens de camioneta de passageiros entre a Longra e Lousada e vice-versa, quando andei no Externato Eça de Queirós de Lousada. Sendo a empresa de transportes públicos a Pereira Meireles, que operava nos percursos das carreiras de Felgueiras para o Porto com passagens na Longra, nesse tempo. As então tão populares Camionetas da Lixa que eram familiares nos percursos da Lixa a Felgueiras e à Longra e Lousada (incluindo em dias de feiras de Lousada ter uma ligação de ida e volta entre a Longra a Lousada durante o dia).

Armando Pinto

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