quinta-feira, 29 de setembro de 2022
Cântico "Louvado sejas" EM LEMBRANÇA AO CÔRO DE RANDE DE HÁ 45 ANOS...
segunda-feira, 26 de setembro de 2022
Poesias de versos locais…
Poesias de temas locais através de versos e versadores locais… também:
Armando Pinto
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sábado, 24 de setembro de 2022
Santuário de Santa Quitéria / Felgueiras – na passagem das Jornadas Europeias do Património
Estando-se em pleno fim de semana em que as Jornadas
Europeias do Património são assinaladas com visitas de reconhecimento público
por monumentos e edifícios públicos de cariz social, religioso e histórico,
juntam-se aqui algumas imagens do Santuário de Santa Quitéria à luz da tarde soalheira
deste sábado de entrada no outono de 2022. Detendo atenções apenas no
enquadramento em torno do próprio santuário, deixando as imagens falar por si
sobre o pulmão de matizes ambientais e sentimentais felgueirenses.
Armando Pinto
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terça-feira, 20 de setembro de 2022
Caminhada da União de freguesias de Pedreira, Rande e Sernande – II
No passado domingo, dia 18 deste mês, decorreu uma “Caminhada”
coletiva de pessoas da atual união de freguesias da área da Longra, com ideia
de, além do convívio resultante, avivar conhecimentos de “Tradições e cultura”,
conforme o mote dessa caminhada organizada pela Junta de Freguesia das
freguesias de Pedreira, Rande e Sernande.
A caminhada, com início pelas 8 h 00, no Largo da Igreja de
S. Tiago de Rande, atravessou as 3 freguesias da União, por Rande, Sernande e Pedreira.
Tendo alguns locais com especial significado cultural e das tradições da
comunidade feito parte do percurso, num total de 12 km que os caminhantes percorreram
com grau de dificuldade médio, em dia de manhã soalheira. (Segundo as previsões
e confirmações, visto o autor não ter participado presencialmente, por motivo
de falta de saúde, mas havendo colaborado dentro do possível com o que foi
solicitado pessoalmente, enquanto como sempre se tentou manter informado… de
modo a também a ocorrência poder ser registada em letra de forma historiadora.)
Itinerário: Após concentração em frente à igreja de Rande, e
primeiras impressões de convívio junto às Alminhas da Renda (criadas pela Confraria das Almas, conforme já constava nas Memórias Paroquiais de 1758), iniciou-se a
caminhada na Rua de São Tiago, continuando por Rua do Cruzeiro, Rua General
Sarmento Pimentel, Travessa da Calçada (caminho medieval de pequeno troço da passagem dos Caminhos de Santiago para Compostela, na região), Rua Verdial Horácio de Moura, até meio,
em Rande; seguindo a Sernande por Rua do Carvalhal, Rua de Quintela, Rua do
Enchido, Rua 25 de Abril, Rua de São João, Rua da Espadilha (passando pelo Penedo das Pegadadinhas de São Gonçalo, nos limites de Sernande com Varziela), Viela Senhor da
Piedade (e paragem em frente à capelinha desse sítio), Rua Senhor da Piedade, Travessa Senhor da Piedade, Rua 25 de Abril;
voltando a passar em Rande por Rua de Cimalhas, Rua Dr. António Castro, Rua da
Sobreira, Avenida da Longra; indo pela Pedreira por Caminhos sem designação, Rua
de Tarrio (onde, na quinta de Tarrio, houve lugar a uma pausa para ser servido lanche, oferecido pelos donos da quinta; proporcionando momentos de lazer), Rua do Vinheiro, Rua de Santa Marinha, Rua do Outeirinho, Rua Santa
Marinha, Travessa do Souto, Viela de Fonte Mige, Rua da Igreja, Calçada da
Seara (com paragem em frente à capela do Senhor do Horto), Rua Santa Marinha, Rua do Ribeirinho, até, regressando a Rande, à Rua da
Casa do Povo. Enquanto ao longo de todo o trajeto a organização prestou assistência, incluindo distribuição de fruta e água.
Durante o mesmo roteiro em certos locais houve trechos alegóricos encenados de reconstituição ambiental e humana, pela arte cénica das jovens Maria Sampaio e Sandra Ribeiro, bem como pelas mesmas foram lidos poemas de poetas da região e em determinados sítios houve explicações elucidativas.
Havendo colaborado também o mestre das caminhadas da região, o amigo sr.
Miguel Sousa, mais o arqueólogo felgueirense e também amigo Dr. José Ribeiro. Bem como houve acompanhamento apreciável na participação do grupo de amigos Horse Team -
GF da Quinta da Golfareira, que valorizaram o rumo da caminhada. Cujo percurso acabou
então no edifício da Associação Casa do Povo, em que decorreu por fim mais um
momento cultural, com leitura de partes da história da Casa do Povo, seguido do
almoço.
Esta foi, pois, a I Caminhada da União sob lema de cultura e
tradições, em tempo de existência da ainda atual união de freguesias. Antes
havia sido realizada uma outra, em 2013, no 10.º aniversário da Vila da Longra,
apenas como junção das freguesias da área da Vila (ainda antes de ter passado a existir a união de
freguesias imposta a regra e esquadro por quem não defendeu os interesses da
memória local, em 2012/2013). Bem como também chegou a ser realizada uma
caminhada solidária, de angariação de verbas para um fim beneficente, há alguns
anos. Havendo agora esta caminhada através da Junta da União das freguesias da
zona, tido este sucesso.
No final a Presidente da Junta, Lúcia Ribeiro, publicou na
sua página:
«Realizamos hoje a caminhada onde tivemos a oportunidade de
passar pelas três freguesias que compõem esta União, dando a conhecer alguns dos
trilhos possíveis onde os participantes puderam conhecer a história, o culto,
bem como assistir a representações encenadas ao longo do percurso.
Gostaríamos de agradecer a presença de todos os que fizeram
questão de estar presentes neste evento, tornando este dia memorável que
reforçou os laços de convívio e amizade. Esperamos que tenham gostado e que
continuem a apoiar e participar nos nossos eventos.
Agradecimento a Câmara Municipal na presença e participação
da Dra. Ana Medeiros, Vereadora da Cultura.
Agradecemos o apoio, a sabedoria e o conhecimento
transmitido do Dr. José Ribeiro.
Agradecemos o apoio incansável do Sr. Miguel Sousa do Sentir
Património.
Agradecemos o apoio, a disponibilidade e gosto com que nos
receberam na sua Quinta de Tarrio-Pedreira, do Cláudio Coelho e seus pais.
Agradecemos a Associação da Casa do Povo da Longra, pela
forma como colaboraram connosco.»
Passado o dia, a mesma Presidente confidenciou-nos:
«… Ontém ao fazer a reflexão do dia estava
feliz, com a certeza que foi bom, mas ainda há tanta coisa para dar a conhecer!
A aprendizagem, o saber, o valorizar as nossas gentes e o nosso passado, pode
não ter um valor quantitativo, mas tenho a certeza que ontem fiquei mais rica,
a verdadeira riqueza são os momentos e valores adquiridos que o dinheiro não pode comprar e ninguém
nos pode tirar. (Lúcia Ribeiro)»
Fica assim aqui anotado mais este belo pedaço memorando acontecido
na nossa região. Algo que se regista à posteridade, por este meio, visto (além de
casos particulares) nos últimos anos, pelo menos de há coisa de 15 anos a esta
parte… ter deixado de haver publicação de crónicas enfeixadas em livros contadores
de histórias da terra e suas existências vivas. História que aqui se continua a alongar, a preservar a memória coletiva.
Dixit
Armando Pinto
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segunda-feira, 19 de setembro de 2022
Caminhada da União das freguesias de Pedreira, Rande e Sernande - I
Este passado domingo, dia 18, teve lugar uma realização
comunitária noticiada na comunicação social como Caminhada da área da Longra. Com
um percurso de 12 km e organização da Junta de Freguesia da união de Pedreira,
Rande e Sernande.
Sob ideia de pugnar pelos locais temas de “Tradições e cultura”, tal foi o mote da caminhada que a Junta Freguesia da união das freguesias de Pedreira, Rande e Sernande concretizou, decorreu a mesma durante a manhã do domingo de meio de setembro, a atravessar as 3 freguesias da união oficialmente vigente desde 2013 com a chamada lei Relvas. Algo que agora está de volta à mesa das atenções e discussões, na possibilidade da “DESAGREGAÇÃO DE FREGUESIAS”. Pois, segundo o que retorna à baila e está para ser possibilitado, as freguesias podem, até ao final deste ano de 2022, iniciar o processo de reversão das agregações da reforma administrativa de 2012/2013. Estando em curso um regime especial e transitório estabelecendo os procedimentos para reverter a anterior fusão das freguesias, algo que decorre até ao final de 2022. Sendo, segundo as informações que correm, as Juntas de Freguesia os órgãos competentes para tomar esta decisão – através dos representantes políticos locais e do concelho, mais Assembleias de Freguesia e Municipal, incluindo vontades sob gerência da Câmara Municipal, naturalmente.
Ora, obviamente o autor destas anotações, que nunca esteve de acordo nem entendeu o que foi imposto à revelia da vontade de todos, defende a autodeterminação para se voltar ao modelo original e historicamente genuíno das freguesias estabelecidas desde tempos remotos.
A caminhada em apreço foi entretanto um ato comunitário,
portanto. A cuja realização aqui neste blogue será dedicada próxima crónica, a
registar à posteridade essa interessante ocorrência.
Armando Pinto
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quarta-feira, 14 de setembro de 2022
Crachá pessoal de Felgueiras na Expo'98
Em 1998 realizou-se em Lisboa um grande acontecimento internacional, sob a designação de EXPO'98 - Exposição Mundial de 1998, ou, oficialmente, Exposição Internacional de Lisboa de 1998. Cujo tema foi "Os oceanos: um património para o futuro". Tendo tido lugar em Lisboa, por decisão governamental, como mais um evento dos que por norma têm privilegiado Lisboa. No caso ainda com mais ênfase por ter dado origem a avultados desenvolvimentos, através de grande investimento de verbas, numa zona da capital até então desocupada, quando pelo país muitas zonas, onde faltava muita coisa, mereciam ter beneficiado desses fundos. Exposição de grande vulto, essa, que se realizou então em Lisboa, de 22 de maio a 30 de setembro de 1998, com o propósito subjacente de comemorar os 500 anos dos Descobrimentos Portugueses. Havendo sido escolhida, para albergar o recinto respetivo, a zona do limite oriental da cidade junto ao rio Tejo, onde foram construídos diversos pavilhões, alguns dos quais ainda permanecem ao serviço dos habitantes e visitantes, integrados no agora designado Parque das Nações.
Ora na EXPO'98, que atraiu cerca de 11 milhões de visitantes, houve ao
longo do tempo inúmeros eventos paralelos e extensivos, espalhados por motivos de todos os países com representaçãos no certame e outros motes, incluindo um dia
dedicado a cada concelho de Portugal. Tendo Felgueiras tido seu Dia em dia quente
de verão, durante o mês de Julho, a 23, com a presença de entidades oficiais e
convidados. Havendo-se deslocado para o efeito uma embaixada de felgueirenses
em autocarros fretados pela Câmara Municipal, com políticos eleitos e agentes
culturais e desportivos do concelho. Tendo na ocasião o autor destas lembranças
também recebido convite (e por isso estive presente), como presidente da Associação
Casa do Povo da Longra, acompanhado da esposa, no caso como duo fundador do Rancho
da casa, também. Tal como também foram representantes do Grupo de Teatro da Casa
do Povo da Longra e da Junta de Freguesia de Rande, além de idênticos convidados
mandatários e representantes de outras freguesias, naturalmente. Entre o quais
e entre toda a gente presente se usou um crachá identificativo, sem nome mas como
insígnia honorífica presa ao peito.
É desse crachá a imagem, da insígnia guardada como
recordação pessoal.
Armando Pinto
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segunda-feira, 12 de setembro de 2022
“Coisas” de estimação memorável do sentimento de Longra – Rande
Tudo passa, tudo passará, como diz uma velha cantiga, mas
não passa o verdadeiro sentimento do que faz que a vida ainda tenha sentido.
Podendo dizer-se que felizes serão os que têm raízes, pois sem princípios de
seiva de estirpe morre a natureza da vida. Podendo esses princípios originais
brotarem de pés diversificados, incluindo no caso telúrico a afeição ao que
identifica e representa uma coletividade, no caso da terra natal ou afetiva. Tal
o que se passou em tempos com a existência do antigo Futebol Clube da Longra, derivado
de anteriores experiências e concretizado em 1969, cuja duração teve pilhas
humanas até aos finais dos anos 90, mais precisamente por volta de 1997.
Obviamente que hoje em dia será mais difícil a reedição
dessa e outras antigas existências, nomeadamente porque devido à infeliz
criação da incompreensível união de freguesias houve generalizada perda de
interesse por assuntos coletivos e praticamente deixou de haver apelos de
sentimentos bairristas. Ficando assim a memória, para quem tem memória, ao menos.
De modo que havendo memorização poderá um dia, quem sabe, ressuscitar o antigo
apego ao que é da própria terra.
Como tal, como lembrança pessoal, ao correr dos olhos pelas “coisas”
de estimação, recorda-se algo que relaciona os sentidos com o antigo Futebol
Clube da Longra, desde a flâmula que, em jeito de pequeno galhardete, representava
o clubismo local, mais uma camisola ainda guardada do clube e um diploma que
remete memórias a uma organização da coletividade, dum sábado com asas de vento…
Armando Pinto
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sábado, 10 de setembro de 2022
Falecimento de D. Madalena Silva - figura pública da política, comércio e indústria de Felgueiras
Faleceu este sábado, dia 10 de setembro, a conhecida
empresária e ex-presidente do CDS de Felgueiras, D. Madalena Jesus Silva, com 84 anos, residente
na sua casa de Ermeiro, no Unhão.
A D. Madalena, sócia gerente da Longratex,
era mãe da também gerente D. Sofia Ferreira e sogra do Dr. José Carlos Sousa, gerente da empresa Sotubo.
Inicialmente Madalena Silva, então conhecida por professora Madalena, foi professora de ensino primário, havendo tido início desse magistério na escola da Longra, ainda no edifício conhecido por escola velha da Longra. Tendo depois continuado sua carreira por outras escolas da região, com maior incidência na escola da Pedreira, até que enveredou pela profissão de empresária.
Passou então a D. Madalena Silva a ser figura pública no concelho de Felgueiras e particularmente em toda a região da
área da Longra, onde inclusive tinha diversas propriedades na zona central da vila
da Longra. Tendo sido casada com o saudoso senhor Artur Pedro Ferreira, e como tal
sido da família do grande Longrino e antigo Regedor de Rande senhor António
Cândido Alves Ferreira. Pessoas gradas da localidade, como estão devidamente
registadas em descrições alusivas no livro “Memorial Histórico de Rande e
Alfozes de Felgueiras”, publicado em 1997. Havendo o mesmo sr. Artur Pedro e a
esposa D. Madalena ficado à frente do negócio da antiga loja de ferragens e mercearia
do Sr. António Cândido, quando o patriarca adoeceu. Célebre estabelecimento esse
onde existia a primeira agência do Totobola na então povoação da Longra, que
foi também pioneira no concelho junto com a primeira da ao tempo vila de Felgueiras.
Após o que os mesmos transformaram essa antiga loja no seguinte Centro Comercial da Longra,
depois passado ao sr. António Magalhães. Para entretanto o sr. Artur Pedro,
junto com os irmãos Guimarães Freitas (da Barbearia da Longra) ter criado na
Longra a fábrica de metalurgia Sotubo e mais tarde ele e a esposa a fábrica de têxteis
Longratex, também com sede de fundação na Longra. Empresas mais tarde
transferidas para outras zonas do concelho.
A D. Madalena foi ativista política no concelho de
Felgueiras, como militante e líder do partido CDS local, bem como apoiante
também de outras candidaturas, conforme aconteceu com a lista do PSD na
primeira eleição do Dr. Inácio Ribeiro. Tendo patrocinado por diversas vezes
alguns jornais de âmbito eleitoral e mesmo alguns periódicos de duração
episódica.
Além de sua vida pública, a mesma D. Madalena Silva teve também alguns momentos particulares de realce. Como foi em 2008 na comemoração dos 90 anos de seu pai, João Cunha e Silva, em cuja cerimónia, na presença de irmãos e familiares, mais entidades oficiais e amigos, como filha mais velha do homenageado proferiu o discurso de honra familiar, descrevendo o percurso do progenitor e extensivamente industrial felgueirense de sucesso. E em 2016 teve uma pública homenagem, decorrente no Restaurante Juventude da Longra, onde, através duma comissão formada para o efeito, em associação com a Concelhia do CDS-PP de Felgueiras, foi então alvo de apreciado preito como conhecida empresária, benemérita e política do concelho, numa iniciativa que contou com a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, do presidente da distrital do Porto, Álvaro Castello-Branco, entre outros dirigentes nacionais, distritais e concelhios. Bem como de diversos amigos de Felgueiras. Na oportunidade, a Arq.ª Carla Carvalho, ao tempo líder da Comissão Política Concelhia do CDS-PP Felgueiras, considerou que o encontro de militantes e dirigentes extravasou o caráter político e foi uma festa de homenagem à “pessoa, à mãe, à avó, à mulher de família, à empresária, à benemérita e à política”. Também em 2019, Madalena Silva foi homenageada pelo Rotary Club de Felgueiras, em reconhecimento de seu papel como empresária multifacetada e de sua atividade cívica.
As cerimónias fúnebres tiveram já este sábado início, durante a tarde, com uma cerimónia privada na capela da sua casa de Ermeiro; e terão continuidade amanhã, domingo 11, com o funeral a ter lugar na Pedreira, sua terra natal.
À família enlutada, apresenta o autor sentidas condolências
pessoais.
Armando Pinto
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