segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Cromo com história: Pacheco do Futebol Clube Felgueiras vindo do Braga…

Para quem acompanha o futebol de Felgueiras há muitos anos o nome do antigo jogador Pacheco é ainda lembrado. Bem como para quem tem pelo menos conhecimento da história da bola em Felgueiras, como se diz popularmente, dos tempos do clube felgueirense original, remontado à era das primeiras subidas de divisão do histórico FC Felgueiras. Tendo Pacheco sido um dos grandes jogadores desse tempo, ao lado de Sabú, Pimenta, Cardoso, Roda, Mário, Mendes, Estebainha, Zé Maria, Rocha, Monteiro, Zé Carlos, Caiçara, Franklim, Mesquita, etc. etc.

Pacheco havia jogado no Sporting de Braga, tendo sido formado precisamente no clube bracarense. Até que depois rumou ao Felgueiras e fez parte da histórica equipa do FC Felgueiras que em 1965 subiu pela primeira vez de Divisão, tal como na época seguinte continuou e integrou o plantel Campeão da 2ª Distrital da AFP e assim voltou a subir de divisão, para a imediata 1ª Distrital da Associação de Futebol do Porto.

Ora nesses tempos Sabú, Pacheco, Pimentinha e C.ª eram admirados pelos adeptos felgueiristas, sendo mesmo ídolos das crianças do concelho de Felgueiras. Num tempo em que eram usuais as crianças e jovens, pelo menos, colecionarem cromos de jogadores de futebol, daqueles de colar em cadernetas, que vinham junto com rebuçados baratos, importando porém que fossem do agrado dos colecionadores e se possível completassem a respetiva caderneta de coleção. Acontecendo por norma que os cromos eram de imagens correspondentes a equipas de época anterior, à temporada em que eram colocados ao público. Tendo então (era aqui o autor destas lembranças ainda criança em idade escolar) chegado à minha mão um cromo que me surpreendeu, causando certa admiração, por a cara daquele jogador me ser familiar. Ficando aí a saber que afinal aquele tal Pacheco antes tinha sido do Braga, coisa que ainda nem me passara pela cabeça pois apenas conhecia por o ver jogar pelo Felgueiras.

É esse cromo que hoje aqui se recorda, em imagem pública também, desse mesmo Pacheco que em Braga era conhecido por Pacheco e Tone King, enquanto em Felgueiras era popularmente conhecido por Pacheco Careca, como era sua fisionomia já nesses idos de meio da década de sessenta. O mesmo Pacheco que muitos anos depois foi homenageado em Felgueiras na comemoração da passagem de 50 anos da primeira subida de Divisão do FCF e entretanto já faleceu, conforme foi ao tempo assinalado também neste blogue.

Armando Pinto

Nota: - Sobre o falecimento de Pacheco, em 2020, recorde-se (clicando)  em 

http://longrahistorico.blogspot.com/2020/08/noticia-do-falecimento-em-abril-do.html

AP

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domingo, 28 de agosto de 2022

Exercício de memória – Foto com alguma história… na Longra de tempos idos.

Verão de 1969, na Longra, em época de férias grandes, após meses de ausência da terra por motivo de vida estudantil desse tempo… Num tempo de brincadeiras entre companheiros de passatempos: Pose de quatro amigos, em intervalo de jogo da bola com mais colegas, de encontros de mudar aos cinco e acabar aos dez… ou mais.

A foto, desses finais da década dos idílicos anos sessenta, captou também uma fase da vivência longrina dessas eras, quando os então jovens estudantes da Longra (quer os que andavam longe, como os que estudavam mais por perto...) formaram um grupo a que deram o nome de ADEL (Associação Desportiva Estudantil da Longra). Um conjunto de amigos formado por mais que estes da fotografia, naturalmente. Cuja existência foi também aflorada entre memórias desportivas no livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”.

Armando Pinto

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sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Um caso de respeito, a propósito de seu aniversário natalício: remembrança de crónica jornalística sobre Adalberto Ferreira, um bom filho de Rande!


Por se ouvir ao longe acordes de tocata de música folclórica e por facilmente se perceber de onde vinha, também nos apercebemos que era dia de anos de um conterrâneo em cuja casa costuma ser festejado seu aniversário a seu modo, como ele gosta. Motivo que leva a uma rememoração, por isso e para o felicitar e lhe desejar muitos anos de vida. Sendo pessoa que aqui há uns anos, mais precisamente em 2016, ainda, mereceu algumas linhas de apreço numa crónica que lhe dedicamos entre a colaboração publicista ao Semanário de Felgueiras. Sem qualquer foco de interesse que não fosse e seja o respeito de admiração que merecem pessoas à maneira antiga, de honra. Porque hoje em dia já não há muitas pessoas de meter certo respeito, como noutros tempos, mas, como no caso, havendo ainda algo assim, tem de se salientar e parabenizar.

~~~ ***** ~~~

Na linha da cronologia memorial que tem evocado casos, factos e personagens dignos de apreço geral na memória coletiva, desta vez damos atenção a um conterrâneo destacável, como procuramos descrever em mais um artigo de colaboração escrita no jornal concelhio Semanário de Felgueiras. Através de cuja publicação tentamos fazer valer que o conhecimento do passado revela uma fonte de inspiração para o presente e para o futuro. Ao preservar e valorizar a memória ganha-se boa porção identificativa. Sendo que as terras valem também pelos seus habitantes.


Do mesmo artigo, publicado na edição de sexta-feira dia 28 de Outubro de 2016, juntamos assim imagem da coluna saída no mesmo jornal, acrescido do texto por extenso.

Adalberto Ferreira: Um caso particular de realce

Na andança terrena, para quem anda na terra e sente efeito telúrico derivado, relativo aos elementos respeitantes ao solo produtivo, naturalmente que chega também o Outono em fase madura da vida. Tal como no próprio tempo se depara a época das vindimas, temporada que diz muito a quem se identifica com o fruto das colheitas. Como é o caso desta vez merecedor dumas linhas de escrita, dentro da norma idealizada de memorizar algo que deva ser preservado nos arcanos da memória.

Pois então, como antigamente por estes dias do amarelecer das folhas se ouvia o chiar dos carros de bois, carregados de cestos cheios de uvas, por agora já se ouviu roncar tratores apinhados também com uvas, antes da refrega do fazer do vinho, até à chegada do desfolhar das espigas de milho, entre trabalhos hoje em dia mais simplificados. Havendo certa identificação nesses ciclos com pessoas dedicadas a tais labores. Quer por modo de vida, mas também por paixão pela manutenção de hábitos antigos e dotações a que se afeiçoaram. Como é o caso de Adalberto Ferreira, em tema que desta feita elegemos. Sendo este senhor um felgueirense que mete respeito, por assim dizer. Acontecendo ser um empreiteiro conhecido no ramo da construção civil, como profissão, mas especialmente por ao mesmo tempo ser apaixonado por vinhas, dedicando muito do seu tempo ao cultivo de videiras espalhadas pelos seus terrenos, enquanto produtor privado por gosto próprio. 


É pois este um exemplo simples em como a distinção não se reduz a heroicidades ou notabilismos. Pois que a vida é feita de pequenas coisas que podem ter algum significado, conforme se vêm e sentem, como em tudo o que dá plenitude à existência.

Assim sendo, naquele apreço de que vale a pena andar no mundo quando se faz algo de jeito, trazemos agora esta referência, em função de trabalhar a memória. Vindo ao caso mencionar o referido felgueirense, proprietário atual da Casa do Outeiro, de Rande, e como tal conservador da antiga vivenda do grande bairrista que foi José Xavier, mais de sua sucessora D. Celestina, madrinha do personagem agora lembrado.


Ora, do alto de antigos bardos e ramadas, como das atuais linhas de vinha, muita história foi escorrendo para as envasilhas. E na fidelidade ao cultivo tradicional aí está ainda Adalberto Manuel de Freitas Ferreira, já de oitenta anos feitos a 26 de Agosto, tendo nascido em 1936, no Casal, uma herdade em Rande que fazia parte do património do sr. Xavier do Outeiro. Havendo na sua juventude Adalberto Ferreira trabalhado precisamente a erguer ramadas, trabalho nesse tempo feito por artistas carpinteiros. Até que em meados dos anos 60 criou uma empresa de carpintaria fundada em nome de seu sogro, carpinteiro também como o genro. Para depois, volvidos anos, terem decidido juntar empreitadas de outros trabalhos, aventurando-se Adalberto então na construção civil, iniciado como mestre de obras a partir da edificação de raiz duma casa na Longra. De permeio com apoio da prole familiar no fabrico dos terrenos e manutenção empresarial. E a empresa cresceu, passando desde inícios dos anos 80 a ter o próprio nome junto aos dos filhos, também sócios. Contudo sem nunca descurar nos campos seu gosto pelas vinhas, a pontos de ter chegado a vindimar cerca de 100 pipas por ano. Enquanto, a par dessa atividade, porque sempre se sentiu ligado ao torrão natal, foi procurando ajudar a sua terra. Havendo entretanto, além de haver integrado a Assembleia da sua freguesia, também contribuído, por exemplo, com doação do calcetamento no adro da igreja paroquial de S. Tiago de Rande, assim como na cedência do local onde ficou ereto o Nicho de Rande.

Homens assim, que cavaram fundo os alicerces, com mérito por destaque em algo apaixonante e benefícios comunitários, merecerão apreço. Deixando voar a memória como folhas soltas das videiras, na continuidade do ciclo da vida.


Nota de Aditamento: - Feito assim um resumo escrito, qual retrato descritivo, em crónica deveras resumida por via de não alongar o texto, pelas naturais limitações das págunas de jornal noticioso, acrescentamos, para melhor completar a devida narrativa, que o sr. Adalberto, como adepto de foguetes, ficou trambém ligado à sessão de fogo de artifício lançado na festa da elevação da vila da Longra, realizada no Largo da Longra em Julho de 2003. Tendo tomado a seu encargo o respetivo peditório, como popularmente se diz da recolha pública de contribuições, para o efeito. Bem como, no seguimento de seu gosto por pirotecnia, costuma celebrar bons momentos com foguetório, sendo apreciado o fogo que manda "deitar" em dias festivos e outros acontecimentos, como é tradicional pela Páscoa na passagem do Compasso em sua casa. 

Fica assim anotado mais um caso personalizado de destaque, entre lembranças que devem ficar ao conhecimento perene. Para  evitar que no passar dos dias a lembrança das coisas possa passar ao esquecimento e deixe de haver ideia de nomes e imagens do passado. Continuando deste modo um contacto com a natureza identificativa da terra, como assim procuramos rememorar, em prosa de certa forma vincada aos sentidos temporais.

ARMANDO PINTO

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sábado, 20 de agosto de 2022

Uma Figura Felgueirense… de vez em quando: - Padre António Pacheco Barbosa Mendonça (17/7/1909 – 24/10/1986) - Fundador do Centro Social com seu nome...

Filho do Juiz Conselheiro Dr. Alexandre Barbosa Mendonça, oriundo da família Barbosa Mendonça da Casa de Rande, da freguesia do mesmo nome, o Padre António Pacheco Barbosa Mendonça nasceu em Airães, concelho de Felgueiras, na casa do Bacelo, a 17 de julho de 1909. Foi seu padrinho, junto com a esposa, o seu tio Conselheiro Dr. António Pedro de Barbosa Mendonça Pinto de Magalhães e Alpoim (mais conhecido por Conselheiro de Rande, Dr. António Mendonça), proprietário da Casa de Rande, casa-mãe da Família, e que foi presidente da Câmara do efémero concelho de Barrosas, primeiro, e depois do concelho de Felgueiras. Sua mãe, D. Teresa Pacheco, era natural de Sernande, também do concelho de Felgueiras, a qual tendo sido governanta da casa do Bacelo de Airães, casou depois com o Conselheiro Alexandre Mendonça quando seu filho António estava para ser ordenado padre.

Teve um irmão, o médico Dr. Artur Pacheco Barbosa Mendonça, médico de clínica geral e estomatologista, que foi clínico muito popular durante muitos anos no Posto Médico da Casa do Povo da Longra e de permeio teve atividade cívica como Presidente da Direção da Adega Cooperativa e da sucessora Cooperativa Agrícola de Felgueiras. Pessoa deveras sociável e animador de conversas político-sociais nos locais de convívio público na ao tempo Povoação da Longra e na então vila de Felgueiras.  Através do qual houve continuidade da família na genealogia continuadora da casa do Bacelo. Falecido em 1979, anos antes do irmão, portanto.

Como sacerdote o Padre António Mendonça foi Prefeito no Seminário de Évora, Pároco de Viana do Alentejo, Campo Maior e Vila Viçosa, no Alentejo; bem como Capelão do Sanatório de Monte Alto, da serra de S. Pedro da Cova-Gondomar (embora mais conhecido por sanatório de Valongo), e pároco de S. Pedro de Raimonda, na diocese do Porto. Faleceu a 24 de outubro de 1986.

O Padre António Barbosa Mendonça foi um dos maiores beneméritos da sua freguesia natal, tendo doado à Paróquia de Santa Maria de Airães a Quinta do Roço, por testamento destinando-a à educação de crianças, jovens e idosos, onde atualmente está instalado o Centro Social que tem o seu nome, com valência de Jardim Infantil, Centro de Dia e Lar de idosos. Em cuja quinta lhe foi dedicado um pequeno monumento, em linhas modernas, da autoria do Arq.° Fernando Coelho.

Obs.: – Por falta de conhecimento de alguma fotografia do Padre António Mendonça, não foi possível ilustrar esta crónica com imagem apropriada. Motivo porque apenas foi possível juntar imagens do pequeno monumento em sua homenagem e do Centro Social de seu nome.

Armando Pinto

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quarta-feira, 17 de agosto de 2022

A "Casa da Capela" de Sernande - a propósito duma homenagem singular ao antigo proprietário sr. Armando Pacheco

Entre diversificados temas e deambulações por existências históricas da região felgueirense, desta feita calha ser vez de se dedicar aqui um remirar memorando sobre a Casa da Capela, mansão muito antiga existente em Sernande. A propósito de recente homenagem ali prestada a um seu antepassado.

Ora, num ato significativo e pleno de merecimento  contando também ser algo deveras raro e como tal digno de se assinalar de modo especial  louvavelmente ocorreu no passado fim de semana, de meio de agosto, um caso então notável: Tendo sido colocada uma placa assinalável na Casa da Capela, em Sernande, de homenagem evocativa ao antigo proprietário da mesma mansão, Armando Pacheco, mais conhecido por senhor Armando da Capela. Cuja lápide foi descerrada no sábado dia 13 de agosto, a assinalar a data de seu nascimento, nessa data em que perfazia 106 anos que ele, António Armando Bravo Monteiro Pacheco, nasceu em 1916.

Uma elogiável iniciativa da família, digna de registo. 

= António Armando Bravo Monteiro Pacheco, o popular senhor Armando da Capela - homenageado em agosto de 2022 com uma lápide na sua casa histórica.


Dentro disto, o caso leva a que se lembre, por um merecido memorando, algo da antiguidade dessa mesma casa. 

Com efeito, a casa da Capela, em tempos idos muito distantes, foi conhecida por Casa do Burgo, quando pertenceu aos ancestrais do ramo de Borges Barreto e Velhos, vindo desse cipoal de costado (de membros originários de várias freguesias de Lousada - conf. Chancelaria da Ordem de Cristo, livro 19). Tendo no século XVII passado a ter capela com vínculo da Santíssima Trindade, instituído por um ancestral, Salvador do Couto Pereira.

= “Declaração da obrigação das missas da Capella da Santíssima Trindade sita no lugar do Burgo desta frgª de São João de Cernande”…=

Depois (em resumo) na evolução dos tempos chegou ao ramo familiar de Bravos e Monteiro Pacheco. Chegando mais tarde a era de António Bravo Pacheco, fundador da primeira escola de Sernande, que ficou ligado ao ensino local por haver sido quem fez obras numa sua propriedade do Burgo para criação da velha escola primária de Sernande, no então caminho do Burgo. O qual tinha vários irmãos todos também proprietários e com ele eram seis irmãos todos formados, dois dos quais foram professores e uma lecionou mesmo em Sernande, a ainda muito lembrada professora Juca. Até que a propriedade da casa chegara entretanto ao tempo dos pais de Armando Pacheco, com toda a evolução seguinte a chegar aos dias de hoje.

Além disso, como ligação à mesma casa, o caso faz lembrar também pessoalmente, sobre o senhor Armando:  Eramos muito amigos, ele e eu, mesmo com grande diferença de idades, obviamente. Sendo ele da idade de meu pai, com quem tinha andado na "doutrina", nas aulas da catequese e feito as comunhões, na igreja de Rande  como dizia. Tanto que ele, o senhor Armando da Capela, quando ia ao médico à Longra, quer ao antigo Posto Clínico da Casa do Povo, como depois ao sucessor Centro de Saúde da Longra, era a mim que procurava, ou seja era comigo que logo ia ter à secretaria, no atendimento público... E foi através dele, com documentação que ele me mostrou e disse que guardava, que eu soube que inicialmente a Capela da sua casa, a Capela dedicada à Santíssima Trindade, foi a Capela de Sernande, das missas e cerimónias paroquiais, aquando da criação da freguesia e paróquia de S. João de Sernande, já durante a existência do concelho do Unhão (antes portanto da edificação da igreja que ficou depois a ser paroquial). Tendo na oportunidade duma dessas nossas conversas eu tirado alguns apontamentos, com cujas notas fiquei para futuro estudo. Ao que fui juntando algumas outras anotações mais, que se foram deparando com outras pesquisas, por quanto nas buscas estudiosas surgem por vezes e assim foram aparecendo diversificadas curiosidades, por extensão. Não tendo logo usado esse material no livro "Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras" por aí o capítulo das casas históricas se reportar às da freguesia de Rande, naturalmente, mas tendo tudo aquilo ficado guardado para um outro livro, esse sobre o concelho de Felgueiras, que foi ficando e está aguardando na gaveta há muito, por falta de patrocínio.

Na capela da casa, em apreço, ficaram e estão sepultados os antigos membros fidalgos da família da inicial Casa do Burgo e posteriormente chamada da Capela – como acontecia ao tempo, anteriormente à existência do cemitério paroquial (em sinal da respetiva importância familiar, sendo que a população em geral, e mesmo fidalgos de outras casas, eram e foram sepultados em adros de igrejas da região). 

Fica pois assim aqui esta referência, em homenagem também ao senhor Armando Pacheco da Capela. Para de uma próxima oportunidade se poder lembrar outras histórias de mais existências desta região.

Armando Pinto

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segunda-feira, 15 de agosto de 2022

Nova existência de património paroquial – Bandeira da "Conferência Vicentina de S. Tiago de Rande e S. João Baptista de Sernande"

Mais um elemento patrimonial ficou a integrar o património paroquial, no caso respeitante às paróquias anexas de Rande e Sernande, com a existência agora duma bandeira representativa dum dos grupos da vida interparoquial, como sinal visível e identificativo da "Conferência Vicentina de S. Tiago de Rande e S. João Baptista de Sernande". Grupo criado em Rande, em 1995, com primeira sede na Longra, e seguidamente na Residência Paroquial de Rande, no lugar de Santiago, integrando membros residentes das duas paróquias e com fim de assistência aos paroquianos necessitados das duas comunidades.  

Com efeito foi no passado primeiro domingo de agosto apresentada a bandeira da Conferência Vicentina de S. Tiago de Rande e S. João Baptista de Sernande, em cerimónia realizada na igreja paroquial de Rande na tarde do domingo dia 7 de agosto de 2022, durante a missa celebrada em honra festiva dos idosos das duas paróquias. Cuja festa, como é habitual, teve depois epílogo num lanche de convívio no salão da Residência Paroquial. Tendo na ocasião celebrativa sido apresentada a referida bandeira que representa uma homenagem a todos quantos passaram pela vida da mesma Conferência – conforme foi referido publicamente pelo Pároco, Padre Manuel Ferreira.

Passa assim a haver representatividade física de mais um dos grupos paroquiais, à imagem como antigamente houve as bandeiras da Juventude Católica de Rande (integrando o Grupo Coral das Meninas da Juventude de Rande), no tempo do Padre Alberto Brito; mais da Cruzada Eucarística das Crianças de Rande e da Liga Eucarística dos Homens de Rande (também incluindo seu grupo coral), no tempo do Padre João Ferreira da Silva. Bandeiras que após a extinção desses grupos ficaram guardadas na Residência Paroquial em Rande. Além, obviamente, das bandeiras das antigas Associações Paroquiais, Associação de S. José e Associação do Sagrado Coração de Jesus, que integravam as procissões e enterros. Mais a bandeira de representatividade da Paróquia de S. Tiago de Rande, estandarte com figuração da imagem do Padroeiro, de oferta assinalável da Comissão da Festa de Rande em 1987. Passando agora a haver esta nova bandeira de representatividade da Conferência Vicentina local, nesta era do Padre Manuel Joaquim da Costa Ferreira.

Ora esta bandeira nova, em apreço, fica pois a existir como imagem da Conferência Vicentina criada no tempo do Padre Abílio Barbosa, através de ação da Irmã Rosa de Lurdes, uma das Irmãs de Caridade de S. Vicente de Paulo residentes no antigo convento da Misericórdia do Unhão (cujo trabalho seguidamente teve depois acompanhamento sucessivo pelas irmãs Agostinha Ramos, Vitória e Esperança da Purificação Pinto). Tendo sido fundada em 1995 na Longra e inicialmente ficado instalada como local de reuniões em casa do senhor Luís Sousa da IMO, ao tempo da primeira presidência, que calhou por eleição ao autor destas lembranças, Armando Pinto, e da segunda em que foi eleito Fernando Ribeiro, naturalmente acompanhados por todos os confrades respetivos, até que a Conferência passou a ter como sede o salão da Residência Paroquial, junto à igreja – como está historiado no livro "Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras", desde sua criação até ao ano da publicação, em 1997. Tal como estão historiadas as outras agremiações paroquiais referidas. Havendo de permeio passado pela sua caminhada diversos componentes até aos atuais, todos com a melhor das intenções, seguindo-se as sucessivas presidências e constituições que foram dando continuidade à mesma Conferência Vicentina (tendo entretando sido presidentes sucessivamente Manuel Pinto, Acácio Guimarães, Joaquina Pinto e Virgínia Silva), estando na atualidade evidente a sua vitalidade com mais este sinal existencial.

Armando Pinto

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sábado, 13 de agosto de 2022

Luar de Agosto como o de Janeiro e Amor como o primeiro...

 

Nos dias que correm, do agosto deste ano de quente Estio, até já houve por noites de luar a chamada superlua, em plena lua cheia; mas por norma em agosto é mais habitual aos olhos enamorados o típico luar de agosto, que calha bem por até saber bem estar ao relento nas horas de melhor temperatura. Ao jeito como cantava o povo quanto às ninfas ao luar, em noite de lua cheia... Tanto que

“Dizem que quando aparece o luar

Em noites de lua cheia

As ninfas do rio Douro a cantar

Dançam o vira na areia”...

(lembrando que as águas que correm por estes nossos lados, das correntes de ribeiros e riachos das nascentes do rio Sousa, desaguam no Douro...)

Ora, estando-se de momento ainda em agosto, com todas as matizes ambientais e memoriais que este período anual acalenta, quão contrariamente ao janeiro de fazer enregelar o corpo e o espírito, este mês de verão faz transpirar os sentimentos... nada melhor que espairecer o ânimo geral com uma lembrança de bons velhos tempos, passando olhos do afeto pelas leituras nas carteiras da escola antiga. Recordando-se a propósito a “lição” do Luar de Agosto, derivada do livro de leitura oficial, na pertinência desse luar ser especial, tal o das noites frias de inverno, afinal, ser idêntico em luminosidade ao do pino de verão.

Assim, junta-se dizer, como se conta popularmente, que noutra perspetiva também não há luar como o de janeiro nem amor como o primeiro – como ficou mesmo descrito num dos contos do livro "Sorrisos de Pensamento", chegado à luz pública em 2001. Contando para aqui agora, no caso, que esse amor tanto possa ser o romântico, quando somos crescidos, como o da infância, desde que começamos a ter noção da vida e nossos olhos começaram a ver e pensar ao mesmo tempo.


(...entre cujos diversificados sentidos, nesta envolvência, coloco os rostos dos meus pais em acrescento à página saudosista, qual imagem figurativa pessoal, no sentido familiar.)

Armando Pinto

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sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Imagem colorida de recordação da histórica 1.ª Subida de Divisão do Futebol Clube de Felgueiras (na época 1964/1965)

Em reflexo das lembranças e partilhas que se vão transmitindo e refletindo sobre curiosidades memorandas felgueirenses, aqui neste blogue, tem-se também, por vezes, retorno reflexivo. Como têm sido alguns exemplos, entre os quais chega agora mais um: - através de um amigo portuense com ligações afetivas e familiares a Felgueiras, o senhor Abílio Faria, também há muito conhecido cantor de música romântica com o nome artístico de Monte Cristo – o qual coloriu uma foto há tempos publicada neste blogue “Longra Histórico-Literária”, em homenagem ao FC Felgueiras, que ele também acompanhou no tempo de Sabú e restantes jogadores da histórica primeira “Subida de Divisão” do Futebol Clube de Felgueiras, em 1965. Cuja Imagem assim colorida, de recordação, aqui se publica em ilustração, conforme foi recebida com muito agrado, em atitude que naturalmente é de enaltecer.

Armando Pinto

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terça-feira, 9 de agosto de 2022

Efeméride da Missa Nova do Padre Luís Rodrigues - a 9 de Agosto de 1930 - em Rande/Felgueiras

Entre os diversos sacerdotes naturais da paróquia e freguesia de Rande, do concelho de Felgueiras, ordenados Presbíteros da Igreja católica, dois dos nascidos no século XX celebraram sua Missa Nova na paróquia natal de S. Tiago de Rande a 9 de Agosto. O mais antigo, Padre Luís de Sousa Rodrigues, em 1930; e o mais recente, Padre Marílio da Costa Faria, em 1964.

Ora sobre o Padre Marílio, tornado conhecido como pároco de Canelas e depois cumulativamente de Canelas (São Mamede), Capela (São Tiago) e Sebolido (São Paulo), no concelho de Penafiel, foi já recordado o facto no anterior artigo neste blogue pessoal “Longra Histórico-Literária”. Sendo assim, desta feita, a vez de evocar a primeira missa do célebre Padre Luís Rodrigues, mais tarde celebrado mestre de música gregoriana, compositor de cânticos de música sacra e musicólogo de renome, também famoso por suas homilias e ação pastoral como Reitor da igreja da Lapa, no Porto.

Descrevendo essa época, ficou narrada a ocorrência e factos relacionados no livro "Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras", publicado em 1997.

Como tal (agora em 2022), no 92.º aniversário da sua Missa Nova, rezada festivamente a 9 Agosto de 1930 na igreja onde foi batizado e viveu sua via paroquial, em Santiago de Rande (Felgueiras), sua terra natal, fica uma especial saudação de afinidade e pedido de bênção do Alto para todos os seus e nossos conterrâneos e amigos, bem como todos os cristãos e cidadãos que tiveram a ditosa oportunidade de o ouvir e conhecer.

Ilustrando a recordação, na data desta efeméride, presta-se mais uma homenagem por esta via a tão venerando personagem da igreja Portucalense e Portuguesa, natural de Rande-Felgueiras e de especial múnus apostólico na Lapa do Porto, com a lembrança dum “santinho” (pagela alusiva) de recordação de sua Missa Nova; mais imagens da capa e contra-capa do livro que lhe foi dedicado aquando da passagem de 25 anos de sua morte; como ainda mais amostras documentais de alguns exemplares do arquivo pessoal do autor destas remembranças.

Armando Pinto

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domingo, 7 de agosto de 2022

Uma terna e eterna recordação de há muitos anos – a Ordenação no Porto e Missa Nova em Rande do Padre Marílio – em 1964

Foi em dia de Domingo alegre, melhor dizendo nuns domingos assim, como este de 2022 em que recordo esses dias com muita ternura. Lembrando isso a meio de ambas as datas, tendo sido a 2 e 9 de Agosto esses dias inesquecíveis, em 1964. Quando fomos ao Porto, primeiro, em excursão feita pelo Padre João Ferreira da Silva, para presenciar in loco a Ordenação Sacerdotal do nosso conterrâneo Padre Marílio Faria; e, depois, volvida uma semana vivemos intensamente em Rande o dia de celebração da sua solene Missa Nova. Tinha pois aqui o autor destas linhas uns dez aninhos completados havia um mês, sensivelmente, mas tudo aquilo me ficou bem gravado na memória, com imagens bem presentes na retina dos olhos do pensamento.

= Padre Marílio, ainda quando Seminarista do Seminário Maior da Diocese do Porto (ou seja quase a concluir a formação e prestes a ser ordenado Padre).

Um ano antes havia também ido ao Porto, numa outra excursão organizada pelo Padre João, em passeio paroquial do povo de Rande e Sernande, paróquias anexas da paroquialidade exercida pelo saudoso senhor Abade residente em Rande. Num passeio que até está descrito num dos contos do livro Sorrisos de Pensamento (publicado em 2001 e logo esgotado). De cujo percurso ambiental, fixado em belas recordações, o então seminarista e já quase padre foi animador da boa disposição reinante dentro e fora da camioneta de aluguer (como ao tempo se chamava mais aos autocarros), como ainda bem me lembro. Num belo domingo também em que nós, eu e todos os passeantes excursionistas, ficamos a conhecer a Sé do Porto, além da estátua do Porto, de que tanto se falava popularmente mas de modo errado, ao tempo ainda instalada nos jardins do Palácio de Cristal, onde vimos as jaulas de animais e sobretudo o popular macaco chimpanzé “Chico do Palácio”, autêntica atração do minizinho zoo que ali havia com vista para o rio Douro. Mas também ficamos a conhecer o Monte da Virgem, do outro lado do rio e no alto de Gaia, para onde rumamos de tarde, para convívio à fresca do frondoso local circundante da ermida ali saliente. Ora, passado um ano, lá fomos todos, os passageiros fregueses desses raides excursionistas, outra vez até à cidade Invicta, dessa feita para estarmos presentes na Ordenação em apreço. E de tarde andamos pelo centro do Porto e depois ainda cedo demos um pulo até à praia portuense, para ver o mar e sentir a aragem do mar entrar pelo corpo a ferver de calor e entusiasmo. 

Remontando a esses tempos da infância do autor destas linhas… relembra-se visualmente o dia por foto que de seguida aqui se reproduz. Um retrato "tirado" na tarde desse dia da mesma excursão feita pelo nosso Padre João, para os paroquianos de Rande e Sernande assistirem de manhã na Sé do Porto à Ordenação do Padre Marílio, da Longra. Fotografia esta captada na praia do Castelo do Queijo, junto à Foz, no Porto. Lembro-me de se tirarem várias fotos lá, da parte da tarde desse domingo quente de Agosto... e eu, ainda criança também fui e fiquei em algumas dessas fotografias de rolo (tenho pena de não saber quem as tem, se ainda houver alguma guardada numa gaveta ou eventual álbum preservado em baú familiar).


Nesta foto (em que alguns aparecem descalços e de calças arregaçadas por terem ido molhar os pés...), não consigo reconhecer quem está do lado esquerdo em cima, mas depois conheço, também em cima (a partir da esquerda da imagem) em segundo o sr. Elísio da Fonte, depois (conforme me informaram pelo facebook) Laura do Enchido, a seguir o Padre João, de seguida o sr. Ferreira das padeiras da Longra e sua esposa Quininha padeira, o meu irmão Luís, a Dete (Odete) neta do sr. Paulino, depois meu irmão Quim, a seguir (segundo me informaram também pelo facebook) Gloria de São João (que agora e desde há muito reside no alto de Cimalhas da Longra), a seguir a Camilinha Rodrigues, depois seu filho Alexandre Sampaio, e por fim o sr. Manuel Sampaio (ou seja, com o sr. Alexandre no meio dos seus pais); em baixo, desde a esquerda, Docília dos Picos, Vitalina Sampaio, Fátima Sampaio Viana, Adélio Machado, Afonso Carvalho, João do Outeiro e César Ferreira. Eu andava por ali, mas não apareço nesta foto... 

Esta fotografia é mesmo dessa ocasião, como se comprova por outra foto desse dia e essa guardada pessoalmente no álbum particular, juntando algumas destas pessoas referenciadas e mais outras, sobretudo incluindo alguns elementos (sem trajes) do Rancho Folclórico adulto da Longra e da Liga Eucarística de Rande, nesse "Passeio" de 1964.


Nesta foto podem ver-se (sem ser por ordem) César Ferreira e sua irmã Luísa, Rosa Pinto, duas irmãs Mendes, o sr. Alexandre Sampaio, o Adélio Machado, o João do Outeiro, Artur Barros (pelo menos parece), o Afonso Carvalho, os Joaquim, Luís e Armando Pinto, o sr. Elísio da Fonte, e outros… (Reparando-se também que os óculos de sol então andaram a rodar, pois numa ocasião aparece um e noutra já outro, assim de olhos protegidos, entre dois amigos nesse tempo integrantes da Liga Eucarística dos Homens de Rande.)

Após isso, no regresso à terra, ainda passamos também pela paróquia de um padre amigo natural de Rande-Felgueiras, o Padre Luís Gonçalves de Matos, em Melres (freguesia de Gondomar, ribeirinha do rio Douro), onde paramos para uma curta visita a esse bom padre irmão da Fininha da Quinta (muito querida governanta daquela casa da família Teixeira, de Rande), por sinal muito amiga de meus pais, até.

Recordaram-se então tempos idos, de quando o jovem padre era ainda seminarista e enquanto ajudante do pároco Padre João convivia com padres naturais de Rande, vindos à terra natal. Sempre que vinha de férias à Longra e convivia muito com a rapaziada amiga e conhecida (andando sempre acompanhado pelos filhos do sr. Machado, os irmãos Pinto, mais os César, Basílio, João Isaías, etc.), além de ajudar ao saudoso Padre nas missas, procissões, outros atos religiosos e na catequese ainda. Sendo desses tempos a imagem (seguinte), em que se vê o seminarista jovem ao lado do pároco, na organização da representação de Rande e Sernande para a peregrinação concelhia até ao monte de Santa Quitéria, em Felgueiras.

O Padre Marílio da Costa Faria era então pessoa muito estimada  da nossa terra. Filho da Virinha da Ponte, senhora muito risonha e simpática, e do muito respeitado senhor António, um daqueles homens de antigamente, cuja presença marcava consideração e apreço geral. Não sendo de admirar que tivesse sido incluído no lote de estudantes a quem, naquele tempo, a família Sarmento Pimentel, da Casa da Torre, pagava o curso canónico. E merecesse estima das boas famílias da terra, como era acarinhado pela D. Emília, esposa do sr. Américo Martins da Metalúrgica da Longra, e no mais fosse muito querido de toda a população. E sobretudo com muito carinho entre toda essa gente conterrâea, que o foi vendo evoluir e via então como novo padre.

Houve festa na terra, por isso, no dia da sua Missa Nova. Tendo o Padre Marílio ido em procissão desde sua casa, na Longra, até à igreja paroquial, em passeio a pé, pelo Montebelo, ou seja à volta, de maneira a passar pela Casa da Torre, com acompanhamento de muita gente sua amiga e conhecida. Indo ele na frente ladeado por seus pais, que nesse dia ainda eu, criança mas já com ideia bairrista, via com olhos de admiração. Tendo eu ido também e feito questão de caminhar sempre atrás dele, muito próximo à cabeça do cortejo de acompanhamento. Com entusiasmo e, mesmo sem precisar de falar, indo ali como se ele fosse da minha família. Tal o orgulho de a minha terra ter assim um novo Padre e logo aquele senhor simpático que passava por mim e ajudou às cerimónias da minha Comunhão Solene, poucos dias antes, ainda.

Da chegada à igreja e aproximação ao altar é o instantâneo fotográfico (colocado a seguir) que tenho em meu álbum pessoal e para aqui é transposto a ilustrar tal memória de tão festivo dia.

= Captação fotográfica do dia da Missa Nova do Padre Marílio: À chegada junto ao altar da capela-mor da igreja de Rande, antecedendo a Missa …Estando o autor destas lembranças entre a mole de assistentes (logo atrás da Virinha, mãe do novo Padre), na igreja paroquial de S. Tiago de Rande. Foto do álbum pessoal do autor e incluída no livro "Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras", publicado em 1997.

Passaram muitos anos e muita água correu por baixo das pontes do rio Sousa da Longra. E foi já há muitos anos que, com alguma admiração, naquele longínquo Agosto, na cerimónia apoteótica da sua primeira Missa, beijamos as mãos perfumadas do senhor Padre Marílio, num misto tocante e conservante, por termos ali diante de nós aquele amigo que nos habituamos a ver a passar a nossa casa, indo e vindo para sua casa, sempre rodeado de amigos e saudando conhecidos. Sentindo então a dita de o saudar no fim da Missa Nova e receber o "Santinho" alusivo de sua Ordenação e seguinte Missa Nova, que guardei com estimação.


Armando Pinto
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sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Exercício de Memória Felgueirense – Foto com História… para conhecedores da História de Felgueiras

Desta vez, fazendo apelo a puxar pela memória conterrâneo-concelhia, no sentido de fazer lembrar uma ocorrência histórica e pelo menos um personagem admirado em tempos idos, neste caso, coloca-se uma imagem com história sem a identificar, desta vez – pondo uma questão para puxar pelos neurónios de conhecedores da História Felgueirense. Porque a história local e concelhia não é apenas relacionada com a evolução cronológica ao longo dos tempos, mais factos administrativos, político-sociais e galerias memorandas de personalidades e naturais ilustres, etc. e tal, mas também com outros campos, incluindo o fenómeno social-desportivo.

Assim sendo, para quem conhecer ou tiver ideia: - De que trata a ocorrência registada no cliché fotográfico em apreço (aqui publicado) e a quem se refere a captação do instantâneo da imagem?

 Como este artigo, assim colocado, fica partilhado em diversos locais, o melhor é mesmo quem souber responder o deva fazer na caixa de comentário do blogue, para não dar ideia a quem ler noutras páginas que não teve ainda solução correspondente. Se houver quem saiba, naturalmente.

Armando Pinto

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