Uma virtude de haver certos dias dedicados a algo importante, é o facto de através dessas datas lembratórias se proporcionarem tais lembretes. Tal como hoje, que é dia dos avós.
Neste dia, o dia institucionalizado dos avós, calha assim bem evocar os meus. Dos quais lembro de modo especial minha avozinha
Júlia, com quem passei minha infância, junto à sua cama, sentado junto ao leito em que estava paralisada
santificadamente, após ter sofrido um “ataque” quando estava comigo ao colo,
tinha eu coisa duns 4 meses, segundo me contava minha mãe. A “Vózinha”, com a
qual me habituei a gostar de histórias, ao ouvi-la contar-me enternecedoras peripécias
de outros tempos e loas de antigamente… A minha avozinha que tenho sempre comigo,
em todos os meus pensamentos, como está registado num dos contos do meu livro “Sorrisos
de Pensamento”!
A minha avó materna não conheci, pois faleceu ainda antes de
eu nascer, mas tenho dela linda ideia pelo que minha mãe dela contava. Já de meu avô materno lembro-me bem, apesar de ser ainda criança quando
faleceu, tendo ainda uns poucos de alguns dos livros que ele gostava de ler e
ter, numa característica que sei bem de onde me vem… também.
Mas também de minha avó Júlia tenho recordações mesmo
físicas, como, entre outras coisas, até um livro antigo sobre Santa Quitéria de
Felgueiras e uma caixinha com seu escapulário de Nossa Senhora do Carmo,
guardado religiosamente.
Ora, com orgulho e saudades
deles, lembro esses meus antecessores, quais antecedentes ao meu ser !
AP
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