Estava a chegar ao fim o Campeonato Nacional da 1.ª divisão
de 1938-39. E (sendo necessário um apontamento a enquadrar o tema, acrescenta-se) o FC Porto
fez deslocar a sua equipa principal de futebol para longe do Porto, vindo estagiar
numa pensão no ambiente da então pacata vila da Lixa, no concelho de
Felgueiras, antes do jogo que poderia atribuir a vitória no campeonato. Disso
se tomando melhor conhecimento por uma série de fotografias constantes do
álbum pessoal feito pelo guarda-redes portista dessa era, o 1.º guarda-redes internacional do FC Porto, Manuel Soares dos
Reis, titular da baliza do clube azul e branco há alguns anos também.
segunda-feira, 18 de novembro de 2024
Quando a equipa do FC Porto estagiou na Lixa antes do decisivo Porto-Benfica para o Título Nacional de futebol de 1938/39...!
sábado, 16 de novembro de 2024
Lembrança da inauguração da sala da Associação de Cicloturismo de Felgueiras na Casa do Povo da Longra, com a presença do ex-ciclista Cândido Barbosa (agora presidente da F.P.C.)
O antigo ciclista profissional Cândido
Barbosa foi eleito presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, em eleição
decorrida neste sábado (16/11/2024) da época de São Martinho. Embora atualmente a modalidade
das bicicletas de corrida tenha perdido muito interesse, será sempre uma
referência nas recordações de tempos idos, da grande popularidade que teve na
era das equipas de clubes. E enquanto outros interesses se não misturaram e
alteraram o ambiente. Como tal, dando os Parabéns ao novo presidente da FPC,
recorda-se um encontro com ele aqui na Longra, quando ele veio ao concelho de
Felgueiras associar-se à inauguração da sala-sede do Clube de Cicloturismo de
Felgueiras, aquando da instalação do grupo no edifício-sede da Associação Casa
do Povo da Longra, em dezembro de 2005. Ficando da ocasião uma pose pessoal, com ele, sendo eu na época o presidente da Casa do Povo da Longra.
Armando Pinto
sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Notícias do FC Felgueiras por épocas de 1934 e 35… na revista "Stadium" de Lisboa!
Umas curiosidades soltas, surgidas dos confins das memórias do futebol no concelho de Felgueiras, sobre as primeiras épocas de jogos disputados… Um Felgueiras-Lixa em 1934/35 e a constituição da equipa do Felgueiras num Felgueiras-Freamunde, bem como goleadores locais dum Felgueiras-Fontinha do Porto em 1935/36!
Entre curiosidades e preciosidades memorandas, um dia destes chegou-me uma interessante comunicação, sobre umas ocorrências antigas, relacionadas com o futebol felgueirense. Não sendo assim minha esta descoberta, mas conhecida e obtida através de um amigo colecionador de jornais e revistas de matérias desportivas, o meu amigo Paulo Jorge Oliveira, do Porto. Que viu, leu e logo me remeteu imagens da revista “Stadium”, uma referente a um jogo entre o FC Felgueiras e o FC Lixa, disputado no âmbito do Campeonato da 2.ª Divisão da Associação de Futebol do Porto, em finais de 1934 – visto a respetiva edição dessa revista de Lisboa ser do início de 1935, mais propriamente de 2 de janeiro de 1935. Outra já de início da época seguinte, na edição de 9 de outubro de 1935 da mesma revista, tratando-se duma caixa referente ao jogo Felgueiras-Freamunde, com a curiosidade de conter informação de um dos primeiros onzes do histórico Foot-ball Clube de Felgueiras. E, acrescendo ainda de finais do mesmo mês, com data de 30 de outubro, outra com algo mais sobre um Felgueiras-SC Fontinha, do Porto.
Eis então essas interessantes notas de reportagem, saídas a público na revista Stadium, e que assim se juntam em imagens de recortes. Dando conta do dérbi regional Felgueiras-Lixa, nesse tempo. Com crónica assinada por C, numa visão geral do encontro (com a curiosidade de referir um jogador que entretanto já havia também sido referenciado num artigo aqui no blogue “Longra Histórico-Literária”, por exemplo). E a outra mais simples, mas contendo a informação dos nomes, incluindo também o do jogador-fundador, Verdial. Mais uma com nomes dos goleadores, como se pode ver. Mas o melhor é ler e apreciar esses testemunhos antigos, comprovativos da existência oficial do Futebol em Felgueiras nesses idos dos anos 30 e tal, do século XX. A comprovar que o que foi escrito no livro “Futebol de Felgueiras-Nas Fintas do tempo 1932/2007” obviamente sempre teve razão de ser.
Armando Pinto
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sábado, 9 de novembro de 2024
A antiga e famosa (felgueirense) sirene da Metalúrgica da Longra ainda a ecoar no jornal O Louzadense…
Perpassa na memória do tempo a aura popular da célebre
fábrica grande Metalúrgica da Longra. Como em sua vivência perdura a famosa serventia
da sua antiga Sirene, cujo toque era ouvido a longas distâncias e fazia parte
dos hábitos costumeiros da região, entre os “toques de pegar e largar o
trabalho”. Disso mesmo ainda recentemente fez eco o jornal “O Louzadense”, na
transmissão que chega ainda até ao conhecimento do vizinho concelho de Lousada.
Conforme se pode ler nas páginas desse jornal cativante de atenções por
assuntos nele registados. Quão ressalta até neste caso, a propósito dos toques
da sirene da lousadense “Famo”, de ligações históricas à felgueirense “Metalúrgica
da Longra” de tempos idos e interligação à famosa sirene que esteve na origem
de outras, como no caso da Famo de Lousada (e até da Ferfor da Serrinha, acrescente-se),
em cuja sonoridade memoranda brada na memória o seu autor, Joaquim Pinto.
Disso tudo ficou registada uma interessante crónica nesse
jornal admirável de temática cultural, que se partilha aqui (repartida em imagens
de duas partes, para possibilitar melhor leitura). Agradecendo ao autor da bela
peça jornalística, José Carlos Carvalheiras, o conhecimento dado, bem como as
palavras dedicadas ao correr da escrita. Enquanto aqui se ilustra o tema com
imagens de duas peças de estimação pessoal, como é um molde de bobinagem para
material metalúrgico desses tempos, de uso do meu pai; e um metálico cinzeiro
antigo com o logotipo da Metalúrgica da Longra…
Armando Pinto
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sábado, 2 de novembro de 2024
Lembrança da biblioteca itinerante da Gulbenkian que parava na Longra…
Pelos idos anos da década de 60 e ainda durante algum tempo
dos anos 70, foi deveras apreciada a vinda da camioneta dos livros, como chamávamos
à carrinha do Serviço de Bibliotecas Itinerantes da Fundação Calouste
Gulbenkian. Contendo muitos e bons livros em estantes no interior das
carrinhas. Cujo serviço havia sido criado em 1958, como biblioteca-circulante, através
de diversos veículos preparados para o efeito e espalhados pelo país, na ideia
de promover e desenvolver o gosto pela leitura e elevar o nível cultural dos
cidadãos, possibilitando a todos os interessados livre acesso às estantes,
empréstimo para leitura domiciliária e gratuitidade do serviço.
Não será necessário explicar ou recordar em pormenor o caso,
por ainda estar certamente na memória de toda a gente desses tempos.
Não havendo fotografia desse tempo alusiva ao tema, para
ilustração, junta-se uma imagem duma dessas carrinhas, conforme consta de
algumas publicações.
Ora um desses veículos, que percorria a região aqui de Felgueiras
e terras de concelhos circunvizinhos, passava e parava então na Longra.
Primeiro junto à Casa do Povo e depois entre a casa do senhor Castro Africano e
a Farmácia Abreu (hoje entre a casa da família do sr. Luís Sousa e a fabrica
IMO). Tendo ficado na lembrança essa utilidade e derivadas recordações, desde o
condutor, um senhor novo, e o bibliotecário, um senhor idoso, até à praxe de
requisitar os livros com a apresentação dum cartão próprio, etc.
Pois disso mesmo ainda tenho o meu cartão. Não o primeiro,
que tive ainda no tempo da escola primária, pelo menos aí desde
1961,sensivelmente, quando comecei a aprender a ler, e ia lá buscar livros de
bonequinhos, para ver e ir lendo. E depois quando comecei a ler livros de
histórias infantis, mais livros sem imagens, posteriormente. Ou seja no tempo
da escola primária e depois. Até que mais tarde, quando vinha de férias,
estando ausente da terra por via dos estudos, mas regressava para passar
temporadas, voltei a ir buscar livros à mesma carrinha, quando parava por cá,
sendo desse tempo o meu segundo cartão, passado quando tinha 15 anos. Este aqui
partilhado em imagem, estando ainda guardado como recordação pessoal.
Armando Pinto
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quinta-feira, 24 de outubro de 2024
A propósito do Falecimento do popular cantor Marco Paulo: Lembrando... Quando ele veio à Casa do Povo da Longra em 1973
Faleceu na madrugada desta quinta-feira, dia 24 de outubro, o conhecido cantor de música ligeira Marco Paulo, como era o pseudónimo e nome artístico de João Simão da Silva. Desde há algum tempo a sofrer de doença prolongada que agora o levou do mundo dos vivos, falecido aos 79 anos, esse que se tornou popularíssimo como cançonetista de canções da também chamada música pop. Sobre o qual é escusado repetir quaisquer referências biográficas ou curriculares, por estar a ser divulgado tudo praticamente sobre ele, depois que esta manhã chegou a notícia de seu falecimento. Contudo naturalmente não é referido nos meios de comunicação nacional algo sobre suas ligações mais restritas a certas terras, por exemplo. Como no caso que apraz aqui recordar, de sua vinda à Longra quando ainda era pouco conhecido. Tendo então cantado no palco da Casa do Povo da Longra, no concelho de Felgueiras.
Com efeito, corria o Outono de 1973 quando Marco Paulo veio
à Longra, para atuar num espetáculo de variedades realizado no salão de espetáculos
da Casa do Povo da Longra, numa tarde de domingo. No âmbito de atividades da
então FNAT (agora INATEL), a que a Casa do Povo da Longra estava então já associada.
Tendo aí, após atuação de diversos artistas da área do Porto, como Aurélio
Perry, Lenita Onofre, Rosita, Natércia Maria, etc. sido ele a encerrar o
evento, com atuação maior do cartaz. Ao tempo ele era ainda pouco divulgado a
nível nacional, embora tendo participado num Festival da Canção/RTP, mas quase
despercebido. Sendo então mais conhecido de quem ouvia muito as emissoras de
rádio regionais. E, apesar de alentejano, era um cantor com carreira pelo país
fora, porém em espetáculos menos mediáticos. Só mais tarde, começou a ser muito
popular com o aparecimento de suas canções mais ouvidas. Até por fim ter ficado
a ser dos artistas mais famosos.
Ao tempo da sua vinda à Longra tinha uma canção deveras
apreciada, intitulada “Tu és mulher, não és uma santa”. Cantiga que havia sido
lançada um ano antes e era conhecida das ouvintes radiofónicas. Com a qual encerrou
em apoteose o espetáculo. Para no fim ter sido visitado, nos camarins (debaixo
do palco à época) por algumas das raparigas que costumavam ouvir suas cantigas
na rádio.
Naquele tempo ainda não se antevia a fama que ele veio a ter,
depois. Mas eu recordo-me, tendo lá estado na primeira fila do balcão, com um
bilhete para esse lugar arranjado por um amigo que in illo tempore pertencia
aos quadros da instituição. E esta heem?!
Marco Paulo –Tu És Mulher Não És Uma Santa
Formato: | Disco Vinil, 7", 45 RPM, EP |
---|---|
País : | Portugal |
Lançado : | 1972 |
Gênero : | Pop |
Estilo : Canção |
Armando Pinto
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terça-feira, 15 de outubro de 2024
Foral de Felgueiras - na efeméride da outorga da Carta Régia de D, Manuel I às terras do antigo Alfoz felgueirense
Salvé 15 de Outubro !
~~~ *+* ~~~
Transposta a fase das vindimas, ao chegar a faina das desfolhadas pode também, por analogia figurativa, desfolhar-se algumas folhas de história coletiva.
É que é nessa época que efetivamente, em pleno Outubro, entrado já o Outono no dia-a-dia, ocorre o aniversário da outorga do Foral Manuelino a Felgueiras, carta régia concedida por D. Manuel I a 15 de Outubro de 1514. Uma significativa numeração na simbologia local, apesar de essa vetusta alforria não abarcar ao tempo toda a região que, séculos mais tarde, se irmanou em concelho.
Desde os primórdios da História Portuguesa, após as conquistas de terras, que o poder real concedia cartas de foral a estabelecer direitos e deveres dos habitantes dessas terras, englobando condições nas concessões de propriedades, para atrair moradores e servidores em vista ao desenvolvimento local e, mais tarde, para definir posições bem como obrigações dos proprietários dos prédios reguengos.
Na tradição, segundo alguns textos escritos, parece ter havido possibilidade de antigas concessões a Felgueiras de cartas régias, porém sem fundo documental comprovativo desses factos. Certezas há quanto ao foral quinhentista, concedido pelo monarca venturoso dos Descobrimentos.
Os forais novos, como o de Felgueiras, eram cartas régias que passaram a ser documentos de reconhecimento de usos antigos de uma circunscrição, confirmando anteriores ordenações, ancestrais costumes bons, direitos e liberdades, incluindo os bens pagos aos senhores das terras, que de orais ficavam lavrados por escrito. Forais que eram assim atribuídos a oficializar categoria jurisdicional e a ordenar de vez segundo a lei do tempo, legitimando as formas de organização social dessa era.
No caso, reportava-se a concessão do rei venturoso, naquela época medieval, apenas a 21 freguesias englobadas no concelho, cujo tombo portanto não continha ainda as freguesias a sul de Margaride, ou seja as terras do Julgado do Unhão - as quais aliás foram também atombadas de seguida, volvidos cinco meses na régia reforma então empreendida. Sendo o território do Julgado do Unhão também dotado com reconhecimento através de foral, que determinou nova categoria administrativa local, por meio evolutivo da passagem do aludido Julgado ao coevo concelho do Unhão, criado pela Carta de Foral de 20 de Março de 1515 (que teve primeiro estudo no “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, como vem transcrito aliás no referido volume).
Ora, verificadas ao longo dos tempos diversas transformações administrativas nas áreas dos antigos concelhos de Felgueiras e Unhão, mais dos longínquos Alfozes dos Coutos de Pombeiro e Caramos, um Couto do lugar de Brolhães, que daria depois vez à freguesia de Aião, além do muito posterior e fugaz concelho de Barrosas, como depois todas essas partes foram reunidas em torno de um só concelho, composto nesse tempo de trinta e três freguesias, é de significado amplo a atribuição de 15 de Outubro à terra que se tornou sede de toda a zona, de confirmação de direitos e deveres antigos.
= Oficial postal comemorativo
A data em apreço chegou, inclusive, a ser pensada para ser Dia do Concelho. Porém porque a partir de determinada altura, verificando-se que as populações não se reviam totalmente nesta efeméride, pela dispersão antiga das diversas divisões administrativas, como se aflorou, foi mais tarde decidido que passasse a ser o dia de S. Pedro, a 29 de Junho, derivado a ser o da festa mais antiga realizada na área. Evento que ainda é, no mesmo sentido, referência comum às atuais freguesias da presente unidade concelhia, mais as recentes uniões impostas a régua e esquadro… nos gabinetes políticos, contra a vontade das populações.
(Artigo em tempos publicado no Semanário de Felgueiras, há uns anos já, com excertos dum outro texto, da mesma autoria, aqui do autor deste blogue...)
ARMANDO PINTO
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domingo, 13 de outubro de 2024
Esclarecimento – para não haver confusões (sobre o grupo de facebook dos "ANTIGOS ALUNOS DA ESCOLA VELHA DA LONGRA")
Este Grupo, criado com esta página, foi originariamente concebido para partilha de memórias comuns, da chamada memória coletiva. E por acréscimo, atendendo ao desejo de alguns amigos, também como espécie de motor de arranque para um grupo de convívio que resultasse num almoço ou jantar de amigos e conhecidos. Mas como ninguém se predispôs, a isso, essa intenção subjacente foi ficando de lado e permaneceu apenas a partilha de memórias, normalmente através de publicações do autor e administrador. Entretanto houve conhecimento dum almoço que anteriormente já havia sido realizado, em 2019, de alguns amigos, a maior parte dos quais não pertencentes ao grupo desta página. Entre os quais eu (Armando Pinto) não estava incluído, pois também não tivera conhecimento nem tinha sido convidado. Grupo esse que entretanto não havia tido continuidade por via do período de confinamento social derivado do Covid. Este ano, porque alguns dos amigos do primeiro almoço foram sendo adicionados a este grupo, passou a haver conhecimento do caso e houve o almoço já realizado em setembro, deste ano de 2024, com convites extensivos a quem os da organização conseguiram contactar. Mas, frise-se, sem eu estar na organização. Tendo participado como convidado, com muito gosto. Agora, para futuro, passei a fazer parte da próxima dupla encarregada da realização do almoço agendado para 2025. E naturalmente criou-se um grupo de WhatsApp, que é um meio mais rápido de contacto por ser direto pela via de telemóvel. Assim sendo (não haja confusões!) este grupo mantém-se como era e está, com vias de acesso pela Internet chegada ao telemóvel ou computador; e o outro apenas de telemóvel. Um completando o outro, embora havendo membros que estão num e não no outro. Mas que, todos, podem estar, se assim o desejarem, como já foi explicado em anteriores notas informativas publicadas no blogue "Longra Histórico-Literária" e que aqui aparecem no grupo.
Nota: A foto é apenas de e para ilustração, surgida dum instantâneo ocorrido já há alguns meses entre alguns amigos, de cá e não só. Mas sem nada ter a ver com o caso presente. Apenas, na ocasião, se falava de anseios e promessas, entretanto ainda em espera... e que foram lembradas nas conversas durante o recente convívio de amigos de cá.
Armando Pinto
segunda-feira, 7 de outubro de 2024
Memórias de tempos idos… comuns a muito boa gente… entre bons amigos feitos na convivência da Longra!
Por estes dias esteve presente, no quotidiano de quem tem
filhos e netos nas escolas, sobretudo, as greves de professores e funcionários dos
estabelecimentos públicos de ensino. A dar algumas folgas às crianças e jovens,
quão mais se fez sentir, fora o resto que pode ou não resultar. Ora, essa
realidade atual fez disparar algumas recordações de antigamente, remontando
mais ao tempo da escola primária, quando nós, alunos da escola em tempos idos, estávamos
à espera de ver se a nossa professora não aparecia, mas por motivos mais a ver com o que era
usual por esses tempos, nas idas eras da escolaridade de antigamente.
Pois então, para quem andou na escola pelos anos das décadas de cinquenta e sessenta, pelo menos, sabe-se que na escola primária desses tempos o ambiente era tudo menos atrativo, sendo uma obrigação algo desoladora. A pontos que os alunos, fossem bons ou não, geralmente levavam pela mesma medida, como se diz. E normalmente “levavam”, como se dizia de apanharem os chamados bolos nas mãos, de reguadas, além de canadas, com canas na cabeça, quando não de outros modos, de qualquer forma, ou nuns dias ou noutros, numas situações ou noutras. E quem ia ao quadro, como se dizia de ir à frente e ficar em pé junto ao quadro de ardósia, cravado na parede, e correspondendo ao chamamento ter de fazer com o giz à frente de toda a gente os problemas (contas de aritmética – pois ainda se não falava nem era conhecida a palavra matemática!) ou responder a perguntas orais, por exemplo, era certo e sabido que se levava que contar de qualquer jeito. Como ainda todos lembramos e se pode contar. Assim sendo não admira que por norma ninguém gostasse do tempo que se passava na escola. No meu caso eu gostava das perguntas de história e das redações que se faziam e cópias por textos de português. Além de desenho (tendo ficado na memória o caso da professora ter querido que eu fizesse os desenhos nas provas de todos os colegas, no exame final da Quarta, como se fazia a decorar o cimo de cada folha em provas oficiais...). Mas não gostava das contas e quanto ao resto, durante o tempo normal, pouco ficou nas boas memórias, fora as brincadeiras no recreio, especialmente a jogar à bola. E logo pela manhã, quando se chegava à escola, enquanto se esperava pela chegada da professora, havia certo nervosismo miudinho perante o que se podia esperar. Daí que enquanto a professora não chegava havia ansiedade, mas depois logo que se sabia que não vinha era um alívio. Mas, ao invés, quando chegava era uma desilusão. Então quando se ouvia alguém a dizer “dentro”, para todos entrarem… Mas, claro que dependendo de certas ”coisas”. Como durante a minha 1.ª Classe, com a D. Candidinha, era e foi um regalo. Então eu gostei bem de ir e estar na escola. Mas depois, a partir da 2ª Classe, eu e todos, com a professora que se seguiu na sala de aula dos rapazes (que foi a realidade que conheci melhor, naturalmente…) já foi diferente. Recordo-me que quando ela demorava mais um pouco, íamos até ao Largo da Longra, porque ela vinha de cima do lado da vila de Felgueiras, e não tirávamos os olhos desses lados, na esperança dela não aparecer…
Obviamente que também ficaram boas ou ao menos curiosas memórias. Como ainda no
encontro de amigos, recentemente efetuado, houve oportunidade de recordar. Tendo
um lembrado uma palavra que a D. Fernanda dizia aos alunos mais velhos, os da
4.ª Classe, quando eu e colegas da mesma igualha ainda estávamos na 2.ª e olhávamos
os outros com os olhos dessas idades. Assim como todos ficamos a olhar uns para
os outros quando ela, enquanto se enervava, começou a chamar a alguns de “imbecis”…
coisa que nunca tínhamos ouvido e nem sabíamos o que ela queria dizer, qual o seu significado.
Pudera, ainda nem tínhamos dicionário…!
Outros tempos. Que não voltam, mas também não esquecem.
Armando Pinto
sábado, 28 de setembro de 2024
Encontro de colegas de escola e amigos / 2024
Sábado, dia 28 de setembro de 2024 foi dia de encontros e
reencontros de colegas de longa data e amigos, uns que andaram na escola da
Longra e outros que ficaram de alguma forma ligados à Longra. Em suma, e com bom sumo, um grupo
de companheiros de infância e juventude que fizeram vida pela Longra, durante
os anos 60, pelo menos. Num belo encontro proporcionado em tempo de vindimas,
no caso pisado por fim à mesa, em interessantes momentos de convívio de eternos
jovens de Rande, Sernande e Varziela, ligados por afinidades relacionadas com
vivências na Longra. Todos amigos e conhecidos, de tempos idos e para sempre. Num
feliz encontro desta vez possibilitado com a presença de alguns, entre quem foi
possível juntar e se espera em próxima oportunidade alargar.
Assim sendo, ficou já agendado um próximo encontro para o
segundo sábado do próximo mês de Maio, ou seja a 10 de MAIO de 2025.
Como tal ficam desde já avisados do facto os amigos que
desta vez não puderam ir, ou que não tiveram conhecimento, por dificuldades de
contactos ou quaisquer outros motivos, bem como todos os interessados num
convívio assim, para nos encontrarmos mais, de modo a convivermos e recordarmos
momentos que fazem parte das memórias que nos unem, também.
Proximamente será criado um grupo de WhatsApp para haver
mais outro meio de contacto.
Então há que marcar na agenda e assinalar entre as
preferências afetivas, o encontro do próximo dia 10 de maio de 2025. Para o
efeito, pode-se contactar com Armando Pinto e Pedro Celestino Teixeira ou
com algum dos outros amigos que estiveram presentes desta vez e ficaram na pose
fotográfica do grupo, neste sábado de vindimas de antigas e boas amizades.
AP
~~~ ***** ~~~
Recordando... para a posteridade:
= Grupo do 1.º encontro, em 2019
(tendo entretanto se intrometido depois o tempo do Covid... )
= Grupo do 2.º encontro, em 2024
Obs.: Já foi criado, entretanto, o grupo deWhatsApp "Colegas de Escola e Amigos". Como para adicionar membros é preciso o nº de telemóvel, de cada qual, e apesar de termos contactos de Facebook podemos não ter os respetivos números, naturalmente de amigos e colegas, será de interesse haver contactos para o efeito.
AP
sexta-feira, 27 de setembro de 2024
“Ecos” da famosa antiga Sirene da fábrica Metalúrgica da Longra no jornal “O Louzadense” – em “SONS EM VIAS DE EXTINÇÃO os toques de pegar e largar o trabalho”... !
Como ressalta do título, a antiga função da Sirene da Metalúrgica da Longra, que fez parte das habituações diárias na região do concelho de Felgueiras, mas também por terras vizinhas, pelo que significava o seu toque e quanto ele estava ligado ao dia a dia popular, continua a fazer parte da história da região, pelo menos. Sabendo-se como seu toque chegava até localidades de concelhos vizinhos, como havia testemunhos de então ser ouvido por Lousada, por um lado, e por outro até freguesias de Celorico de Basto, por exemplo. Algo que ficou na memória coletiva regional. Como agora se verifica pelo que é publicado no jornal “O Louzadense”, periódico informativo do vizinho concelho de Lousada. Em cuja edição desta semana, em seu número de quinta-feira 26 de setembro de 2024, vem num artigo, inserto da respetiva página 5, uma narrativa historiadora de enquadramento a toda a envolvência dos antigos toques de entrada e saída nas fábricas, incluindo a ligação à sirene da Metalúrgica da Longra e ao seu autor, Joaquim Pinto. Na linha saída da Longra para o que veio a ser e é a famosa FAMO de Lousada, da família Moura, com ligações conhecidas à Longra e à eterna Metalúrgica da Longra.
Mas melhor que mais explicações é
ler o que está bem expresso na referida crónica, da lavra do laborioso investigador
e escritor Lousadense José Carlos Carvalheiras. A quem aqui o autor destas
linhas agradece reconhecido a amabilidade das referências, também.
Armando Pinto
((( Clicar sobre a imagem da página )))
[Em modo telemóvel,clicando sobre a imagem final, pode-se aumentar, ampliando. Em modo de computador pode-se ir ao zoom e aumentar, conforme interessar. Bem como há a possibilidade de adquirir a edição de papel do jornal, à venda em Lousada, para haver ainda melhor leitura.]
quarta-feira, 25 de setembro de 2024
Uma recordação…de vez em quando: o caso dos pequenos Rx de rastreio feitos em carrinha do Estado.…
Ainda faz parte das memórias comuns as passagens pela região da Longra de uma carrinha que de vez em quando vinha e parava para fazer exames gratuitos de rastreio à população, em camioneta do Estado, como se dizia. Dentro da qual havia máquina de radiografia onde se fazia o exame, através de pequenos Raios X (Rx) ao peito, para diagnóstico rápido sobre o tórax, para prevenção quanto a possíveis doenças relacionadas com tuberculose. Derivado a antigas sequelas dessa doença, havendo então tal género de profilaxia por meio desse meio de diagnóstico móvel. Pois com a evolução e irradicação da maioria dos casos da doença, houve cuidados adjacentes, como no caso da campanha de vacinação e de permeio esses exames rádio-fotográficos a crianças das escolas e trabalhadores adultos, sobretudo. Tendo durante o tempo de escola também eu ido a essas carrinhas, como todos os colegas, conforme eramos enviados a mando das professoras, quando algum dessses espécies de furgões parava junto à Casa do Povo da Longra, o local tradicional de todas as ações preventivas e curativas nesses tempos. Ocorrência que se prolongou no tempo e, do que ressalta nas lembranças, durou até aos anos setentas. Como já mais tarde fui em adulto, como tanta gente. Sendo que o último caso desses que me lembro de ter visto, assistido e até também participado, mais uma vez, foi em 1976, precisamente no mesmo mês em que entrei no meu emprego, ao tempo na Secretaria da Casa do Povo e Posto Clínico da Longra. Onde dessa vez parou a dita camioneta de Rx passageiro, como de costume junto ao edifício dessa mesma instituição. De cuja prova guardei a pequena película do mini-Rx, que aqui recordo. Com o resultado de "Normal" estampado, como relatório, no pequeno envelope da "chapa", como também se dizia. Algo que assim dá para partilhar mais um caso de memórias comuns de tempos idos, da memória coletiva da região.
Armando Pinto
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domingo, 22 de setembro de 2024
Exercício de memória: Algumas datas interessantes da história recente da Longra…
Exercício de memória: Algumas datas interessantes da
história recente da Longra, desde o início do processo da criação da vila da
Longra até à extinção da freguesia de Rande…
- Julho de 2002 – Início do processo para apresentação da
proposta para a elevação da Longra a vila.
- Agosto de 2002 – Tribunal deu razão a Rande, confirmando
que é da freguesia de Rande o Monte de Santana, após processo judicial entre as
Juntas de Freguesia de Rande e Idães (sendo autor principal o proprietário do
terreno onde se incluem as capelas mais o respetivo cruzeiro e ré a JF Idães).
- Dezembro de 2002 – Mudança do antigo Posto Médico da Casa
do Povo (criado em 1941) e entretanto passado a Centro de Saúde da Longra,
saído então do edifício da Casa do Povo para instalações provisórias no terreno
do antigo campo de futebol da Longra.
- Janeiro de 2003 – Entrada na Assembleia da República da
proposta para o Projeto de Lei para a elevação da Longra a Vila
- 06-03-2003: Início das obras para colocação de passeios de
cimento para peões na parte central da Longra, com sua conclusão a partir de
Maio, nas antigas bermas das estradas da então ainda povoação.
- 07 /3/2003 – Abertura da caixa de Multibanco na Casa do
Povo da Longra.
- 04/5/2003 – Inauguração e bênção do Nicho de Rande, Monumento
dedicado a Nossa Senhora de Fátima.
- 01/7/2003 – Elevação da Longra a vila, com aprovação na
Assembleia da República.
- Dezembro de 2003 – arranjo do fontanário do Largo da
Longra.
- Setembro de 2004 – Inicio do funcionamento do Posto
Médico/ Centro de Saúde da Longra nas novas instalações (posteriormente com inauguração
oficial, de colocação de placa e corte de fita, politicamente, em janeiro
de 2005).
- 07/11/2004 – Primeira realização da nova Feira da Longra,
organizada pela Direção da Casa do Povo da Longra e apoio da Junta de Freguesia
de Rande (cuja organização depois passou a ser em conjunto pelas duas
entidades).
- Dezembro de 2004 – Aprovação pelo Executivo Municipal da
Toponímia de Rande, alterando primeira proposta duma comissão da freguesia e
criando outra disposição com aprovação da Junta e Assembleia de Freguesia de Rande, através duma comissão final (aproveitando algumas das propostas iniciais mas
mudando outras, quanto aos nomes para as ruas e vielas).
- Março e Abril de 2005 – colocação de passeios na parte
restante da área urbana da Longra.
- 17 e 18/1/2006 – Inauguração e abertura da autoestrada que
passa em Rande, com acesso também desde a Longra.
(- Outubro de 2006 – saí da presidência da Casa do Povo da
Longra e da responsabilidade do Rancho que fundei em maio de 1994.)
- Julho de 2007 a maio de 2008 – Realização de Cursos de
Novas Oportunidades na sede da Junta de Freguesia de Rande.
- 18/5/2008 – Inaugurada a Casa Mortuária de Rande, Capela
da Ressurreição Paroquial de S. Tiago de Rande.
- Maio de 2011 – Fecho da Estação do Correio da Longra
(substituído por um Posto no edifício da Junta de Freguesia de Rande).
- Maio de 2012 – colocação dos railes de proteção em frente
ao cruzeiro de Rande, na estrada de ligação entre o cruzeiro e o cemitério.
- Maio e junho de 2012 – Feito o parque de merendas da
Longra, entre o antigo lugar das Cortes Novas e a zona dos campos da Misarela (mais tarde deixado ao abandono durante o mandato da primeira Junta da União de Freguesias que se seguiu... estando-se ainda à espera de sua recuperação, por ora.)
- Abril de 2013 – Rande deixou de ser freguesia, passando a
ser incorporada na União de Freguesias de Pedreira, Rande e Sernande, contra a
vontade popular, mas sem que os responsáveis autárquicos e membros dos partidos
políticos locais se manifestassem nem opusessem… na ocasião.
(Apenas algumas datas, como exemplos de que a memória
perdura…)
Armando Pinto
quinta-feira, 12 de setembro de 2024
Em tempo de início de novo ano escolar: folhas soltas de memórias pessoais
Setembro de 2024. Num voo de memória a pousar por tempos
outonais de 1960 e 1961… Agora com os dias algo mais pequenos e a natureza a
começar a perder folhagem de vivacidade, esvoaçando na paisagem. Enquanto a meio de setembro volta o
tempo de início das aulas para a juventude. Vendo agora os netos a irem para as
suas escolas continuarem o percurso estudantil. Tal como muitos anos antes eu comecei
e andei. Quão me lembro ainda até dos primeiros dias. Embora diluindo-se já no
tempo o meu primeiro dia de aulas, a sério, salvo raros pormenores. Nesse tempo
em que as aulas começavam pelos inícios de outubro, já com o frio a fazer-se
sentir, por entre a curiosidade e ansiedade dos primeiros dias de escola.
As aulas eram então na escola velha da Longra, edifício antigo todo em pedra, de grandes janelões e com duas amplas salas de aulas, uma para rapazes e outra para as raparigas, em ambos os sexos juntando por diferentes carreiras de carteiras as diversas classes. As carteiras, de madeira grossa, largas para duas crianças, juntas, tinham à frente dois tinteiros, metidos na madeira, um de cada lado, ao cimo, para molhar as penas com que se escrevia. Além de se escrever também com ponteiros nas lousas. Entre os diversos apetrechos e adereços próprios desse tempo nas escolas primárias.
Lembro-me que, tinha eu seis anos e mais alguns meses de vida, quando, acompanhado da minha mãe, entrei pela primeira vez na escola da Longra. Mas sem ficar logo inscrito. Tendo na altura esses meus seis anos, e se deparou a situação de não poder ficar matriculado, visto então ser só possível fazê-lo com sete anos, oficialmente. Segundo informou a professora com todas as classes, incluindo a primeira, nesse ano, E assim fiquei unicamente a assistir às aulas dos outros. Vendo diversos amigos de brincadeiras, mais velhos poucos meses, a começarem a aprender a ler e escrever, e os mais velhos já a fazer contas e falarem de histórias, etc. e tal, enquanto eu e mais dois colegas, dos que aparecemos por lá na mesma situação, ficamos de fora apenas como assistentes, numas carteiras ao fundo da sala. Daí que passados alguns dias deixamos de aparecer por lá, fartos de estar ali sem fazer nada, nem sequer poder brincar. Também por de permeio me ter apercebido que havia três amigos da mesma idade que, mesmo só com seis anos, tinham entrado, admitidos com matrícula feita. Enfim... Por isso, só no ano seguinte passei a estar matriculado e inserido mesmo nas aulas. Num ano que me ficou bem nos sentidos, nesse belo tempo em que tive como primeira professora, verdadeira, a saudosamente eterna Dona Candidinha Sousa, senhora amiga que me influenciou deveras a gostar de ler e escrever. Seguindo depois, pelos anos adiante, normal trajeto, sempre a passar de classe, já com outra professora, a D. Fernanda, desde a 2.ª à 4ª Classe. E de seguida decorreu todo o percurso de vida, que leva agora a estar a escrever estas remembranças de tempos idos.
Como o tempo passa!
Armando Pinto
terça-feira, 10 de setembro de 2024
FALECIMENTO DO CONSULTOR VAZ-OSÓRIO DA NÓBREGA – autor do livro “PEDRAS DE ARMAS E BRASÕES TUMULARES DO CONCELHO DE FELGUEIRAS”.
Faleceu hoje, 10 de setembro de 2024, o Consultor Artur
Vaz-Osório da Nóbrega Ribeiro, uma das personalidades mais insignes da História
recente de Lousada, que iria completar 100 anos de idade a 13 de novembro.
Consultor oficial de Heráldica e Genealogia, desenvolveu,
durante várias décadas, um vasto trabalho de investigação histórica, incluindo
“Pedras de Armas do Concelho de Lousada” (1959) e “A Heráldica de Família do
Concelho de Lousada” (1999).
Distinguiu-se também como poeta e escritor, publicando
muitos poemas e folhetins no “Jornal de Lousada”, concelho onde residiu durante
muitos anos, na Casa dos Casais (Vilar do Torno), de que era senhor, sendo
agraciado em 1999 com a Medalha de Prata de Mérito Municipal de Lousada.
Vai a sepultar no dia 11 de setembro, pelas 10h30, no
cemitério do Bonfim, no Porto.»
(Informação noticiosa transmitida pelo amigo sr. Prof. Luís
Ângelo Fernandes, historiador lousadense)
Artur Vaz-Osório da Nóbrega escreveu também o livro “PEDRAS
DE ARMAS E BRASÕES TUMULARES DO CONCELHO DE FELGUEIRAS”, publicado em 1997 em
edição da Câmara Municipal de Felgueiras, que incluiu algumas referências
da Casa de Rande e Casa da Torre, ambas da freguesia de Rande, de material dos
originais fotocopiados do meu trabalho para o livro “Memorial Histórico de
Rande e Alfozes de Felgueiras”, nesse mesmo ano também publicado. Cujas páginas
datilografadas entretanto haviam ficado na Câmara Municipal de Felgueiras, quando
esteve em equação o patrocínio municipal para esse livro, depois ficado sem
efeito no tempo da Vereação da Cultura a cargo da Dr.ª Fátima Felgueiras (e
mais tarde publicado, em novembro de 1997, com patrocínio do jornal Semanário
de Felgueiras).
Sobre Artur Vaz-Osório da Nóbrega é no jornal TVS acrescentado ainda: «Formado em Ciências Heráldico-Genealógicas, foi consultor oficial de Heráldica e Genealogia, desenvolvendo, durante várias décadas, um vasto trabalho de investigação histórica, com projeção em vários países europeus, Rússia e Brasil, salientando-se os levantamentos heráldico-genealógicos nos concelhos de Lousada, Felgueiras, Braga, Santo Tirso, Póvoa de Varzim, Matosinhos, Terras de Bouro, Amares, Vieira do Minho, Póvoa de Lanhoso, Barcelos e Esposende, e mais estudos ligados à heráldica, genealogia, bibliografia e documentação histórica. Publicou, nomeadamente, “Pedras de Armas do Concelho de Lousada”, “A Heráldica de Família do Concelho de Lousada”, “Valles Peixotos de Villas-Bôas da Casa de Carvalho de Arca” e “Pedras de Armas e Brasões Tumulares do Concelho de Felgueiras”, além de muitos artigos, inclusivamente no jornal TVS.»
Armando Pinto
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quinta-feira, 5 de setembro de 2024
Só por acaso ou porquê…?!
O antigo Comboio do Vale do Sousa, conhecido por Comboio de Penafiel à Lixa e Entre-Os-Rios, chegou pela primeira vez ao concelho de Felgueiras em MAIO DE 1914. Como se pode reparar pela imagem de cartaz, desse dia festivo à saída de Penafiel com destino à Longra… com a locomotiva engalada a preceito. Então o que não bate certo com o que consta do mesmo cartaz e da comemoração em causa… agora, em SETEMBRO, fora de tempo e do espaço devido?!
Apenas um reparo – quanto ao que aqui é reproduzido do original (publicado em locais públicos). Ou como se diz na linguagem regional popularucha: é só pra “môrde” (mor de…)!
Armando Pinto
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quarta-feira, 21 de agosto de 2024
Memórias pessoais e coletivas duma "Excursão do Pessoal da Casa do Povo da Longra" para sempre recordar...
O tempo passa mas as boas memórias permanecem. Como no caso da Excursão realizada em 2004, corria o sábado 21 de agosto, quando com a organização e concretização de um grande passeio de toda a gente que pertencia às atividades da Casa do Povo da Longra, em dois autocarros grandes, fizemos um Passeio com destimo ao alto do Santuário da Senhora da Peneda, nas serranias das terras de Arcos de Valdevez e proximidade de Soajo, Lindoso e Melgaço, em plena região do parque nacional da Peneda-Gerês.
Tal o exemplo dessa inesquecível realização ocorrida em 2004, ainda na gerência aqui do autor destas linhas à frente dos destinos da Casa do Povo do Povo da Longra. Tendo a excursão sido uma entre várias realizadas ao longo da dúzia de anos em que pertenci à Direção da histórica Associação, mas com especial enfoque nas lembranças por ter sido uma bela jornada de convívio, desde o percurso em bom ambiente nos autocarros, até à passagem do dia naquele alto da Gavieira.
Vem o caso a talhe na passagem da efeméride desse dia. Quão ocorreu então a 21 de agosto de 2004, entre realizações decorridas no âmbito dos convívios proporcionados pelo ambiente vivido naquele tempo. Recordando-se tal grande “Passeio” de toda a gente que se incluía e andava então nas atividades da Associação Casa do Povo da Longra. Como então fomos desde a Longra, passando por Guimarães, Arcos de Valdevez e Soajo, até ao santuário montanhoso da Senhora da Peneda, no cimo do parque natural da Peneda-Gerês, regressando ao fim do dia pelo Lindoso e daí, com a noite cerrada mas alegre na satisfação estampada nos rostos, chegamos à Longra satisfeitos.
Na ocasião foram 2 grandes autocarros cheios de passageiros de pessoal afeto à Associação Casa do Povo da Longra, indo todo o mundo devidamente esclarecido da essência de tal realização, conforme estava explicado no desdobrável panfleto escrito pelo presidente da instituição e que foi distribuído por todos os excursionistas logo à entrada nos autocarros, à saída da Casa do Povo da Longra.
Ocorrência essa que bem permanece nas boas recordações de muita e boa gente, quão faz parte da história da instituição Casa do Povo da Longra e das suas anexas seções, sendo que foi então toda a gente dos diversos departamentos que ao tempo existiam na casa, ou seja, os Grupos do Rancho, dos Cavaquinhos, do Teatro e dos Fados, cujos elementos, mais os diretores, à época, bem como antigos dirigentes e patrocinadores convidados, incluindo os associados que se quiseram associar, puderam assim confraternizar num dia pleno de convivência cultural e ambiental.
De tal dia, além de tudo o mais, ficaram as recordações impressas nas fotografias que cada um captou, como as que estão guardadas nos álbuns particulares do autor. Com a lembrança de alguns que já partiram deste mundo, permanecendo contudo sua ligação à terra no Além que nos une pela eternidade até aos confins dos tempos.
Armando Pinto
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