terça-feira, 31 de maio de 2022

Crónica sobre a apresentação duma obra de autor felgueirense – reportando a apresentação do livro de José Melo “A Arte e o Sagrado na Escultura de Ilídio Fontes”

 

Na colaboração pessoal ao jornal Semanário de Felgueiras, desta vez aconteceu ser com uma reportagem sobre a apresentação em Felgueiras do livro do felgueirense e amigo Dr. José Melo. Cronicazinha essa, pequena para não abusar do espaço do jornal, na qual foi anotado o essencial, a registar essa ocorrência merecedora de boa nota.

Armando Pinto

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domingo, 29 de maio de 2022

Longra nas Novenas a Santa Quitéria / 2022

Mais uma vez e na boa sequência de anos anteriores, neste domingo último de maio houve uma participação de elementos do Rancho Infantil e Juvenil da Casa do Povo da Longra nas Novenas a Santa Quitéria. Com apoio da Junta da União de Freguesias de Pedreira, Rande e Sernande, que acompanharam o grupo.

Com efeito, na comemoração anual da festa concelhia de Santa Quitéria, que tem dia próprio a 22 de maio, este ano a mesma foi assinalada festivamente no domingo seguinte, a 29/05/2022. E como de costume começando com a tradicional realização das Novenas a Santa Quitéria, antigamente de iniciativas privadas e caminhadas populares, mas agora, desde finais dos anos noventa do século XX, em organização municipal. A cuja tradição a região da Longra tem sido representada pelo Rancho Infantil e Juvenil da Casa do Povo da Longra, fundado a 5 de maio de 1994, também colaborante com tal realização a partir que passou a haver essa recriação oficial das Novenas, em 1999.  

Assim sendo, desta representatividade mais recente regista-se o facto com duas imagens, da saída da cidade de Felgueiras e chegada ao santuário no cimo do monte de Santa Quitéria, do grupo de jovens atuais do Rancho da Casa do Povo da Longra nas Novenas de 2022.


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Como retrospetiva e enquadramento histórico, acrescenta-se um remirar pela mesma tradição concelhia, com alguns laivos memorandos dessa ancestral tradição.

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Em boa hora houve ideia de recriar (em Maio de 1999) as antigas tradições das novenas a Santa Quitéria, numa iniciativa tendente a recuperar essa ancestral manifestação de cunho religioso popular. Realidade com que outrora eram “pagas” promessas e que nos tempos de agora é trazida a público em revivalismo sadio, de reconhecimento devido ao interesse com que já vão sendo tidas lembranças de tempos idos, como integrantes da memória colectiva.

Essas práticas de exercício devoto seguiam pisadas das antigas peregrinações, de que ainda vão sucedendo algumas, provindas de gentes de paragens vizinhas e sítios distantes em demanda de Felgueiras, através de longas caminhadas comunitárias. Remanescentes como réstia de folclore religioso, que em tempos de antanho era exercido com danças e bailados litúrgicos, de culto externo durante a Idade Média, algo ocorrido nos templos religiosos nalgumas ocasiões de festividades, mas interditado entretanto. Essa influência religiosa cedeu assim parcelas sentimentais ao espírito popular, na senda de que a parte espiritual sempre atraiu a imaginação e a crença, reflectindo na poesia singela a ambiência vivida. Antigamente, quando havia qualquer aflição, pestes e outras doenças, tal como para livrar um mancebo da tropa ou outro motivo de força maior, pedia-se o milagre ansiado a um santo ou santa da devoção particular, a quem se apegava a pessoa suplicante na sua fé, ao que em contrapartida, fundamentada em esperança de atendimento, era feita promessa de acção de graças. Entre essas promessas estavam caminhadas, desde a casa de quem tinha a promessa a cumprir até à ermida ou igreja onde se destinava, levando grupo de pessoas a cantarem clamores em agradecimento, conforme o prometido. Se o rancho de gente era de seis componentes chamava-se Serão, ao passo que de nove era Novena. Caso a prece fosse por uma menina normalmente a promessa era de levar nove meninas a cantarem, se fosse por um menino era costume um serão de meninos, e se fosse por pessoa adulta tanto iam só moças adultas como uma mistura de meninas e raparigas espigadas, até mulheres casadas por vezes. Acompanhadas atrás pelas pessoas pagadoras da graça: aquela por quem fora feito o voto, que por vezes ia amortalhada ou levava uma vela de cera do seu tamanho; e a que prometera, indo esta nesse cumprimento, levava então à cabeça cesta ou açafate com farnel para fortalecer o rancho durante o caminho. No fim, ao regressarem a casa, era dado a todo o conjunto de pessoas intervenientes um almoço de recompensa, que por norma consistia de arroz de feijão branco, servido em companhia de bolinhos de bacalhau.

Na região de Felgueiras esses destinos eram vários, percorridos com ajuda de cânticos entoados ao longo dos percursos da satisfação das promessas. Havia serões e novenas conforme as proximidades das terras dos santos mais invocados, mas também de mais distantes paragens, podendo ser a Santa Quitéria, ao monte de seu nome, como à Senhora da Saúde ou ao S. Cristóvão, a Lordelo, à Senhora do Alívio, na Serrinha, bem como a santos e santas de devoção mais local, como aos padroeiros das freguesias, ou ainda fora do concelho à Senhora da Livração, ao S. Bento das Pêras, à Senhora da Lapinha, entre diversos rumos. Como ainda, muito mais longe, ao Senhor da Pedra, para lá do Porto e na área de Gaia, conforme ficou nos cantares populares uma dança da rusga desse nome.

Porém as novenas mais usuais por esta zona eram, com efeito, as direccionadas ao Monte de Santa Quitéria, em especial na ocasião da romaria antigamente feita em sua honra. Exprimindo, as novenas à Santa, uma componente etnográfica significativa da diversidade etnográfica, através da riqueza dos produtos musicais ligados à vida campesina, em derivado arreigo religioso profundo.

Já no início do século XX o Padre Henrique Machado registava, no seu volume sobre Santa Quitéria, alguns versos dessas novenas, de feição clássica e cariz religioso:

«Vamos com todo o fervor

E ardente devoção

Consagrar a Quitéria

Nossa humilde oração.

 (...)»

E João Sarmento Pimentel, nas suas “Memórias do Capitão”, relembrava entre algumas festadas e rusgas ouvidas na sua infância por estes sítios, trazendo à memória célebre grupo da terra: «...Nas novenas a Santa Quitéria era um encanto a suave harmonia do conjunto or­feónico onde a Quina de Merouços, ainda garotinha, botava o alto, uma beleza de fé ingénua daquelas lindas e esbeltas raparigas da aldeia:

Senhora Santa Quitéria

Vinde abaixo, dai-me a mão,

Eu sou a mais pequenina

Abafo do coração. (...)»

Ora as novenas a Santa Quitéria, embora se realizassem ao longo de todo o ano, eram mais frequentes no Domingo mais próximo do seu dia, celebrado a 22 de Maio. Sendo a Santa advogada de enfermidades malignas, era associada nas orações com pedidos contra a raiva e o cancro, doenças incuráveis em diferentes épocas (segundo conhecimentos das preces atendidas nos primeiros tempos da devoção, de cuja época foi referida por Frei Bento da Ascensão uma certidão do século XVIII.)

Perduram na transmissão oral algumas estrofes bem conhecidas, entre as muitas cantadas na ida das novenas antigas:

«Santa Quitéria bendita                       

Nós p´ra lá imos agora.

Deitai-nos a vossa bênção

Ao sair da porta fora.

Senhora Santa Quitéria

Eu daqui a estou a ver

Com dois olhinhos na cara

parece o sol a nascer.

Senhora Santa Quitéria

Deitadinha na barquinha

Nós aqui vamos a cantar

Ela lá descansadinha.

Santa Quitéria bendita

Lindo milagre fizeste

Aqui vem o penitente

A quem vós a vida deste.

Santa Quitéria bendita

Vem voando numa pomba

vem abençoar este povo

da linda terra da Longra.

Senhora Santa Quitéria

Protectora e mensageira

acompanha o nosso rancho

Pela nossa vida inteira.

Santa Quitéria bendita

No altar de cravos brancos

Onde o Padre diz a missa

Domingos e Dias Santos.

Senhora Santa Quitéria

Varrei do caminho as areias,

Já trago as chinelas rotas

Não posso romper as meias.

Senhora Santa Quitéria

Nós cá estamos a chegar.

Botai-nos a vossa bênção

Lá de cima do altar.

(E no regresso eram acrescentadas mais algumas apropriadas, tais como:)

Senhora Santa Quitéria

Nós cá nos imos embora.

Deitai-nos a vossa bênção

Ó sair da porta fora.

 (...)»



= Representação do Rancho da Casa do Povo da Longra nas Novenas de Santa Quitéria em maio de 2001 =

Pois estas manifestações devotas haviam caído durante anos no esquecimento, deixando de ser usual verem-se tais grupos em caminhada conjunta. Acontecimento que a partir de 1999 voltou a ser referência, por meio de participação anual de grupos representativos de Associações, Ranchos Folclóricos e outros agrupamentos das freguesias do concelho de Felgueiras. Que, de bom grado, vão monte acima num acto de conservação simbólica e recordação etnológica, sem misturar nem confundir recreação com devoção, revivendo a consagração que o povo de Felgueiras desde distantes eras dedica à sua Santa.

Armando Pinto

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quinta-feira, 26 de maio de 2022

Entre livros, revistas e catálogos… de vez em quando: Um estudo sobre “Iluminuras de Dom Lucas Teixeira”

 

Armando Teixeira (nascido em 1918 na freguesia de Varziela, concelho de Felgueiras e falecido em 2013 no Brasil) foi um ilustre felgueirense que se distinguiu sobremaneira na arte iluminurista, como mestre de iluminuras, além de exímio poeta com alguns livros publicados. Foi conhecido por Frei Lucas Teixeira, de sua profissão religiosa, ao tempo em que passou a ser conhecido por sua arte e nome com que foi e está homenageado na toponímia da cidade de Felgueiras, com a Rua Frei Lucas Teixeira. Rua essa onde se situa a conhecida escola pública de ensino pré-primário e primário, conhecida por seu nome também.

Sobre o artista e poeta Lucas Teixeira já por diversas vezes foram feitas referências neste blogue, além de artigos no jornal Semanário de Felgueiras, da lavra do autor destas lembranças. Tendo mesmo preparado um estudo para possível livro que ainda não viu a luz pública por falta de resposta oficial, até agora. Tal como biografias de outros felgueirenses de relevo. Bem como  em sua honra houve uma Exposição pública na Biblioteca Municipal de Felgueiras, no ano da passagem de seu centenário.

Ora, do mesmo artista felgueirense consta também algum material no arquivo e biblioteca particular aqui do autor. Sendo sobre ele um livrinho, publicado em 1954 no Porto, intitulado ”Iluminuras de Dom Lucas Teixeira”, com apreciações sobre exposições antes realizadas em 1949 em Lisboa, em Santo Tirso no ano de 1951, em Braga em 1952, tal como no Porto em 1952 também, e servindo de catálogo a Exposição em São Paulo-Brasil, nesse ano de 1954. Do qual se ilustra esta recordação com imagem da capa.

Armando Pinto

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quarta-feira, 25 de maio de 2022

Entre livros e revistas... de vez em quando: Boletim da DGSU de 1958-1960 com o edifício da Câmara Municipal de Felgueiras na capa

Desta vez é vez de relembrar, do tempo da inauguração e era inicial do edifício da Câmara Municipal de Felgueiras, o caso do mesmo ter sido imagem de capa do Boletim da "Direcção-Geral dos Serviços de Urbanização", do "Ministério das Obras Públicas" - " BOLETIM: 1958 / 1960, volume 2º ". Com referência mesmo na página 2 em legenda: "NA CAPA – Edifícios dos Paços do Concelho de Felgueiras".

Boletim, em forma de livro, com 168 páginas, que faz parte também do acervo da biblioteca particular aqui do autor deste blogue.

Armando Pinto

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domingo, 22 de maio de 2022

A minha avozinha Júlia de Jesus Pinto – Lembro como sempre… e a propósito relembro à chegada do dia de seu aniversário!

 

Tenho nas memórias mais antigas, das primeiras imagens da vida, a minha avozinha. A minha avó Júlia. Deitada na sua cama, onde estava há anos paralisada, mas sempre bem-disposta, com cara sorridente, dum modo santificadamente marcante. Ficara assim desde que sofreu algo que popularmente diziam ter sido um “ataque”, estando comigo ao colo, tinha eu coisa de quatro meses apenas. A partir dali fui crescendo a querer estar junto a ela e ela a gostar de me ter à sua beira. Ouvindo-a contar-me histórias de fazer sonhar. Lembrando-me bem de suas mãos branquinhas e enrugadas, de pele muito macia, de palavras ternas como réstia duma vida cheia de histórias. Quão me vem à memória que me embalava, com um cordel preso ao berço, conforme soube mais tarde como depois fazia ao meu irmão mais novo. E nós os dois, os rapa-caçoilas da família, ali andávamos junto à sua cama, a querer ouvi-la, entre umas vezes ou outras das vezes em que rezava ou ouvia o terço e as missas no rádio que o meu pai lhe colocara na mesinha de cabeceira. Sempre com muita calma a gerir dentro do possível as brincadeiras dos netos. Era como se no seu regaço eu descansasse desses tempos de infância, dum modo que pela vida adiante sei que me acompanha. Como naquela noite dum conto que conto no meu livro Sorrisos de Pensamento. E tenho bem presente como fazendo parte de minha alma, como sinto num fechar de olhos de pensamentos.

A minha avozinha, nascida em 1884, faleceu em 1969. Em cujos 85 anos seus eu ainda a pude ter comigo alguns anos da minha vida, que então ia em 14 primaveras. Embora na época de seu falecimento eu estivesse deveras longe, por via do percurso estudantil, episodicamente ausente em período formativo num estabelecimento interno nos arredores do Porto. Como também anotei na narrativa do conto daquele livro de descritivas histórias particulares. Lembrando coisas e loisas que me apeteceu contar. Embora pudesse ter contado mais, que não calhou. Como mais tarde calhou, mas aí de viva voz, na confirmação da casa onde nasceu o célebre mestre de música sacra Padre Luís Rodrigues, porque foi na mesma casa onde anos antes ela também nascera, como contava – na Casa da Fonte, do alto de Rande, onde sua mãe fora empregada nesses tempos que se perdem na penumbra das memórias. E está registado, conforme consta na narrativa oficial do seu registo de nascimento, do qual tenho prova na Certidão de Nascimento que guardo.

Assim, como no calor duma vela acesa da lembrança que me vem à ideia, lembro a minha avozinha, ao calhar da passagem do dia de seu nascimento, na passagem da data de seu aniversário natalício. Como que sentindo tê-la à minha beira, a proteger-me, na ternura da infância que quero fazer perdurar no colo de sua recordação.  

A minha avozinha - quando ainda andava a pé...

ARMANDO PINTO
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- Nota de curiosidade: Na fotografia antiga, com marca d' água sobreposta, vê-se por fundo visual a original fábrica MIT do Largo da Longra, estando à esquerda da imagem fotográfica o popular barracão onde funcionavam as oficinas da "fábrica velha" que deu origem à Mit/Metalúrgica da Longra. Cuja extremidade ia até à árvore grande que, após a construção da casa do sr. Verdial e fixação de seu negócio histórico, ficou conhecida por Carvalha da Padaria. (Foto que, de anteriores artigos publicados neste blogue, em 2014 e 2017, foi depois copiada para o livro "Felgueiras: 500 anos de Concelho", à página 150... mas sem a respetiva marca, por certo retirada em arranjo gráfico).

A. P. 

sexta-feira, 20 de maio de 2022

Entre livros e revistas… de vez em quando: exemplares das antigas normas de instituições felgueirenses históricas

As raridades destes três exemplares falam por si, através das imagens que se partilham como exemplos. Tratando-se de publicações de Estatutos, Regulamentos e Relatórios de instituições, como os Estatutos e Regulamento dos Bombeiros Voluntários de Felgueiras, as Disposições Regulamentares do Colégio de Rande / Longra-Felgueiras e o Relatório e Contas da Associação Pró-Longra.

Do primeiro caso junta-se a primeira comprovação física, em formato literário. Sendo que a Associação dos Bombeiros Voluntários de Felgueiras, cuja fundação remonta a 1898, teve aprovação pelo Governo Civil do Porto a 24 de Novembro desse ano, como consta da publicação de seus Estatutos, impressos pela primeira vez em 1904 – a que se reporta imagem do exemplar original a atestar as primeiras normas desta Associação que existe e resiste em Felgueiras, ainda e sempre felizmente.

Depois recorda-se o antigo Colégio da Longra, como era mais conhecido e popularmente referido esse que oficialmente era chamado Colégio de Rande, existente desde proximidades de 1918 até finais da década dos anos 1930. Ficando-se com ideia de sua funcionalidade pelo livrinho de apresentação de suas Disposições Regulamentares.

E também, ainda, pelo anual Relatório e Contas da popular Associação Pró-Longra, relativo ao seu 1º Exercício, findo em novembro de 1932, dessa Associação criada em 1928 e antecedente da Casa do Povo da Longra, para a qual contribuiu com cedência do edifício-sede e organização aquando da criação da Casa do Povo, em Despacho Ministerial de 1939, por disposição do Governo da Nação no tempo do chamado Estado Novo.

Destas três realidades, quer a ainda existente Corporação dos Bombeiros Voluntários de Felgueiras, como do desaparecido Colégio da Longra e, por fim, a outra ainda existente na sucessora Casa do Povo da Longra, fazem testemunho visível e legível os documentos impressos em formato de pequenas revistas, constantes da biblioteca particular e pessoal do autor destas lembranças.

Instituições estas e essas das quais constam referências memorandas no livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, publicado em 1997.

Armando Pinto

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quarta-feira, 18 de maio de 2022

Entre livros... de vez em quando: Brochura de Homenagem ao fundador da MIT / Metalúrgica da Longra - no LXV Aniversário de Américo Teixeira Martins em 1958

Este livrinho já por algumas vezes foi relembrado nalguns artigos deste blogue, a propósito de diversos temas relacionados com a fábrica grande da Longra, com o seu pessoal ou com o fundador. Bem como está lembrado no livro "Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras", publicado em 1997. Desta vez, porém, vem à lembrança mais diante da sua existência, por via da publicação respetiva com que em 1958 foi registada a realização da homenagem prestada ao grande industrial. Através dessa edição tendente a demonstrar o apreço de quantos trabalhavam na MIT e com a mesma empresa, diante da figura de Américo Teixeira Martins.

É esse o tema da recordação desta feita em equação, relembrando tal brochura, em jeito de livrinho, que faz parte das raridades da bibliografia local de temática Felgueirense e Longrina. Um exemplar histórico e memorando que integra a biblioteca pessoal aqui do autor destas lembranças. De cujo conteúdo se ilustra a narrativa com imagens de algumas páginas, apenas como demonstração, por meio de captações fotográficas alusivas.

Armando Pinto

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sexta-feira, 13 de maio de 2022

Mais fotos históricas do FC Felgueiras

Na sequência e pelas mesmas razões apontadas em anteriores apontamentos, aqui, regista-se algo mais de fotografias históricas do histórico Futebol Clube de Felgueiras, na continuidade de memórias partilhadas aos cibos da recordação.

= Equipa de juniores do FC Felgueiras da Época 1968/1969.

Em cima, a partir da esquerda - Rogério Veloso (Dirigente/delegado), José Carlos (treinador), Guerra, Rocha, “Venâncio” (Carlos Faria), Freitas, Faria, Carlos Lusquiños, Ribeiro, José Luís e Manuel Cunha (Dirigentes); em baixo, pela mesma ordem – Carvalho Guerra (massagista) Jorge, Ribeiro, Toninho, Jorge Lemos, Manuel e Casimiro (conforme legenda manuscrita no verso da foto original). Não estando identificado o rapaz (criança).


= Imagem de calendário de bolso do ano de 1986, com indicação promocional (no verso) da firma patrocinadora da equipa principal do FC Felgueiras (Séniores).

Armando Pinto

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quarta-feira, 11 de maio de 2022

Efeméride da "Subida" do FC Felgueiras à Divisão de Honra, em 1992

A época futebolística de 1991/92 ficou nos anais felgueirenses entre os momentos grandiosos do histórico Futebol Clube de Felgueiras. Tendo o FCF assegurado a subida de Divisão ainda em maio, a várias jornadas do fim do Campeonato (que terminava em junho).

Passando agora a efeméride dessa ocorrência, regista-se e relembra-se o caso. Tanto que perfaz 30 anos que o FC Felgueiras então ascendeu à antiga Divisão de Honra, no culminar dessa temporada.

De tal feito recorda-se o mesmo por imagens, da equipa dessa época e da 1ª página do suplemento do jornal O Jogo, comemorativo dessa subida de Divisão, da II Divisão B- Zona Norte à Divisão de Honra, então existente a nível nacional.

Armando Pinto

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terça-feira, 10 de maio de 2022

Lembranças pessoais de Lousada!

Um destes dias andando a passear pelo centro da vila de Lousada, em soalheita tarde destes dias quentes da Primavera de 2022, indo a pensar com os meus botões da memória, dei com os olhos na montra duma loja comercial onde em tempos passei muitas horas de manhazinha cedo, ao tempo uma padaria que era dum simpático senhor António, venerando personagem da vila de Lousada daquelas tempos. Isso porque eu ali ficava a fazer tempo, até à aproximação da hora do começo das aulas no Externato de Lousada, naqueles períodos de finais dos anos 60, em dias de aulas, aos princípios dos 70; pois como eu ia muito cedo para Lousada, na única carreira da camioneta da Pereira Meireles da Lixa que passava à Longra em horário anterior ao início das aulas, para não ficar ao frio e a pequena padaria era bem quente, eu para ali ia e ficava a conversar com o senhor Antoninho, que muito gostava de falar comigo de tudo e mais alguma coisa. Eu do lado de fora do balcão, obviamente, e ele dentro, falando entre a chegada e saída da clientela que ia buscar bejus para o pequeno almoço. Ora eu que sempre fui de falar pouco, mas com gente de que gosto e dá oportunidade até gosto de falar, conversava bem com esse meu amigo, como era o caso. 

Lembro-me bem desse senhor Antoninho, muito boa pessoa. Como tenho sempre na memória o Senhor Sousa, o porteiro do Externato, para onde eu ia logo que o via passar na sua bicicleta, para abrir a porta daquele histórico colégio de ensino externo. Entre tanta coisa passada e vivida quando por ali andei a estudar, andando eu também de livros debaixo do braço com colegas amigos, ao tempo de frequência no Externato Eça de Queirós. 

Hoje a loja naturalmente está mudada e o negócio mudado de ramo. Tal como o Externato há muito que nem existe. Mas permanece a lembrança, apesar de depois disso nem frequentar muito Lousada, por não calhar, de modo que já poucas pessoas conheço hoje em dia dessas de meus tempos estudantis lousadenses. Mas sempre com um lugar especial daquela vila em mim. 


É uma honra, mesmo, estar na história do Colégio-Externato Eça de Queirós, de Lousada.  Constando no importante livro “Uma História da Educação em Lousada", da autoria do Prof. Luís Ângelo Fernandes. Sendo por isso interessante constar naquele livro da História do ensino em Lousada, através duma foto também histórica. Uma honra, não só, mas também, porque esse antigo colégio foi uma referência no panorama da educação da região, incluindo-se então entre seus alunos, além dos naturais e residentes de Lousada, também jovens estudantes de Felgueiras, Paredes e Paços de Ferreira.


(Externato de Lousada - Foto da página de facebook do Externato Eça de Queirós)

Tempos em que o histórico colégio era deveras familiar no ambiente da terra através de figuras carismáticas, como o "Contínuo" Senhor Sousa, a secretária sempre prestável (senhora muito simpática, da qual me estava já a falhar o nome, mas recordando seu sorriso me vem à ideia como era tratada carinhosamente) a Chiquinha, assim como professores como o tão apreciado Padre Meireles de História, o Padre Campos do Português, Padre Mota de Francês, o Padre Jorge de Inglês e do célebre carro antigo, Professora Orísia de Ciências, etc. etc. Andando o tão afável sr. Sousa de cigarro de mortalha sempre na boca, além de ser conhecido nas suas andanças de bicicleta a atravessar a vila no itinerário profissional. Lembrando que comíamos barato na casa de pasto do sr. Freitas, típica mistura de tasco e restaurantezinho antigo, por trás dos Bombeiros. Ao passo que no centro da mesma vila comprávamos o jornal na loja de papelaria da Geninha, enquanto esperávamos a camioneta de carreira em frente à loja do Rega, rindo-nos com a sua useira conversa de engalhar os clientes.

(Imagem de "Postal" de finais dos anos sessenta)

Sendo do curso liceal de bons amigos como Zé Vieira, mais tarde advogado de renome e dirigente apreciado dos Bombeiros; tal como também o Jorge Magalhães, volvidos anos tornado Presidente da Câmara de Lousada; Zé Alberto; o Teles de Santa Margarida, o Costa de Silvares, o Sousa do Unhão, Reis, Graça, Raquel, Maria José, Goreti, entre outros. Além de colegas mais novos, amigos e companheiros de outros anos.

(Fotos do álbum  pessoal - em cima com parte da minha turma de Letras; e em baixo com colegas, mais o Senhor Sousa.)

Depois seguiria eu pela vida adiante, de permeio ainda com passagem pelo Colégio de Vila Meã e depois disso ficara entretanto à espera de incorporação no serviço militar, até ter acontecido o 25 de Abril, etc. e tal…

Lousada está pois aqui no coração. Diz-se de Felgueiras que quem beber da água da fonte de Santa Quitéria jamais deixa Felgueiras; enquanto eu nem precisei disso, gostando muito como sempre gostei, como felgueirense de gema a partir da água que bebi desde criança do fontanário da Longra. Mas gosto também de outros sítios, de modo diversificado. Sendo afeiçoado à cidade do Porto, por exemplo. Tanto que de modo especial onde me sinto melhor a passar algumas horas é em Fátima e no estádio do Dragão. E Lousada faz parte de minhas ternas lembranças.

Armando Pinto
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quarta-feira, 4 de maio de 2022

Apresentação do livro “ARTE E SAGRADO na Obra de Ilídio Fontes”, da autoria do felgueirense Dr. José Melo - Sábado Dia 21, às 17 horas – Convite à população em geral

 


Alteração do dia da apresentação – Por motivo do autor do livro ter sido vítima recente de dença subita, mas passageira, e como tal estar afastado por alguns dias do convívio público, teve de haver mudança do dia da apresentação do livro em apreço. Tendo o dia respetivo ficado remarcado para 21 de Maio. No mesmo local e à mesma hora (17 horas do sábado dia 21). 

- Dia 21 de maio, pelas 17 horas, na Casa do Cruzeiro da Paróquia de Margaride-Felgueiras, será apresentado em sessão pública o livro “ARTE E SAGRADO na Obra de Ilídio Fontes”, com a presença do autor do livro, José Melo, felgueirense de naturalidade, e do Mestre escultor Ilídio Fontes. Livro que será apresentado com o apoio do pároco Padre Benjamim e terá um momento musical e diversas intervenções explicativas do seu conteúdo, que inclui também uma análise estética à igreja de Nossa Senhora de Fátima de Lagares, terra à qual o autor está ligado por fortes laços familiares.



Armando Pinto

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terça-feira, 3 de maio de 2022

Arruada de Bombos do transporte da chave de S. Pedro em Felgueiras

Está ganha a tradição da arruada de bombos, da chave de S. Pedro, na noite do primeiro dia da Feira de Maio, para colocação da Chave de S. Pedro diante da Câmara Municipal, em Felgueiras – a marcar o início da programação da seguinte Festa do Concelho, dedicada a S. Pedro. Como aconteceu na sexta-feira 30 de abril, véspera do 1º de maio. Tendo sido num mar de gente, quer a desfilar e a tocar bombos, como a assistir e marcar presença. 

Desta vez também a assinalar em Felgueiras o regresso das festas, após a pandemia. Envolvendo a população nesse primeiro grande momento da programação da Feira do Maio e marca do arranque das festas de S. Pedro. Cujo inicio da Festa do concelho ocorre desde há alguns anos com a entrega da Chave em frente aos Paços do Concelho.

Armando Pinto

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domingo, 1 de maio de 2022

Dia da Mãe !

1º Domingo de maio – Dia da Mãe: - Mais um dia dos dias de sempre lembrar minha Mãe !!!


Armando Pinto