terça-feira, 30 de março de 2021

88.º Aniversário do Padre Vítor Arantes de Oleiros, meu 1º Diretor!

 

Nesta data perfaz 88 anos o Padre Vítor de Oleiros, como era conhecido nos meus tempos de criança ainda, conforme o nome com que ele professara pelos cânones antigos, o Padre Vítor Arantes. Tendo sido o meu 1º diretor, quando entrei nos Capuchinhos, em Gondomar, nos arredores do Porto, tinha eu 11 anos e até ali nunca soubera o que era um diretor. Tendo no ato de admissão, no verão de 1965, me sido entregue, a mim e a meu pai que me acompanhava, uma lista com o enxoval para levar quando desse entrada nesse estabelecimento de formação, como aconteceu no final de setembro seguinte. Algo que ainda guardo e agora aqui partilho, como recordação desses primeiros tempos em que conheci e convivi com o simpático Padre Vítor, que foi então o diretor do meu 1º ano e único ano em que nos encontramos, no ano letivo de 1965/1966. Juntando aqui também parte dum outro documento, apenas para rever a assinatura dele nesses tempos.

Ao tempo via-o com meus olhos de criança, com seu sorriso penetrante, como pessoa que me parecia de longa vida. Vejo agora que nesses tempos em que o conheci tinha ele coisa de trinta e poucos anos. Continuando a recordá-lo com essa imagem que se perde nos confins da memória, embora comparando naturalmente às fotografias que se vislumbram na atualidade

Com um abraço de felicitações pela longevidade que mantém e vitalidade que dá aspeto de nutrir, aqui lhe remeto um abraço de parabéns, com esta mensagem que lhe deve dizer alguma coisa.

Abraço amigo de Parabéns, Padre Frei Vitor Arantes da Silva!

Armando Pinto

((( Clicar sobre as imagens )))

segunda-feira, 29 de março de 2021

Imagem do Compasso em Rande, há 100 anos...

A imagem desta vez para aqui transposta, da coleção e arquivo do autor, remete para o Compasso Pascal da paróquia de S. Tiago de Rande há já 100 anos. Foto que consta entre as imagens publicadas e descritas no livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras, publicado em 1997. Em instantâneo colhido na freguesia durante o dia de Páscoa de início dos anos 20, do século XX. Havia já passado a confusão que reinara com a Lei da separação da Igreja e do Estado, na transformação social após a implantação da República. Entre peripécias ocorridas nesses tempos.

No momento captado fotograficamente, à chegada do Compasso à Casa da Quinta, vêm-se alguns então jovens da família Teixeira, e respeitados homens da freguesia que costumavam ser elementos do Compasso (mais alguns catraios acompanhantes, na curiosidade desses tempos  como se pode notar no facto de uns estarem calçados e outros andarem descalços). Sendo pároco o Padre Augusto Correia, um padre que ao tempo, entre outras curiosidades e passagens perseverantes na memória coletiva, era e ficou também conhecido por ser artista santeiro, como escultor de imagens de santos. Tendo na paróquia havido algumas dessas imagens, conforme contavam pessoas antigas. Além de ter sido co-fundador do antigo Colégio da Longra (onde estudaram, entre outros alguns que depois foram padres, como o célebre reitor da Lapa do Porto, Padre Luís Rodrigues, e o que mais tarde foi pároco em Rande largos anos, o Padre João Ferreira da Silva).

A foto foi ofertada por um familiar da casa da Quinta a meu tio José da Costa Moreira e este, após a ter guardada muitos anos, ofereceu-a ao sobrinho que sabia que se interessava por estas coisas… há muitos anos já, também.

Armando Pinto

((( Clicar sobre a imagem )))

domingo, 28 de março de 2021

Visita ao Museu W52-FC Porto de Adriano Quintanilha

 

E uma honra para o concelho de Felgueiras estar no território felgueirense a sede social da equipa de ciclismo W52-FC Porto e igualmente, com outra visibilidade naturalmente o museu  com os testemunhos físicos de sua existência. 

Assim sendo, tendo visitado o seu espaço, é sem necessidade de muitas palavras que se juntam aqui imagens correspondentes, ilustrando algo dos momentos ali passados na tarde do sábado véspera do domingo de ramos. Em que estive no particular Museu W52-FC Porto – espaço próprio do proprietário da W52, o amigo senhor Adriano Quintanilha.  

Daqui a algum tempo alguma boa novidade poderá surgir, mais. Por ora basta dizer como gosto destas coisas… como neste caso em que isso que me diz muito é engrandecido.

Armando Pinto

((( Clicar sobre as imagens )))

 

sexta-feira, 26 de março de 2021

(Mais) Um exercício de memória: Imagem da Páscoa na Longra pelos anos 80…

Na proximidade da Páscoa, este ano que será o segundo ano consecutivo em que não poderá haver Compasso Pascal devido à pandemia que alterou e continua a implicar com a vida… recorda-se uma das ocasiões da Visita Pascal na Longra, numa fotografia do Compasso pelos inícios dos anos 80.

Armando Pinto

((( Clicar sobre a imagem )))

sábado, 20 de março de 2021

Artigo no Semanário de Felgueiras sobre um antigo ciclista felgueirense de cartaz nacional

 

Na rememoração de temas historicistas da colaboração pessoal ao jornal Semanário de Felgueiras, periódico que resiste impresso em papel no concelho de Felgueiras, desta feita foi evocado um antigo desportista felgueirense que correu de bicicleta pelo país fora, um antigo ás dos pedais do tempo de amadorismo simples – Adalberto Soares. Ciclista que faz parte de tempos de outrora do ciclismo nacional e naturalmente das pedaladas iniciais dentro de seu clube de longa duração, o FC Porto.


Ao artigo, para efeito de ilustração, junta-se aqui uma foto coeva do mesmo antigo ciclista, numa imagem retirada d' O Porto de há uns bons anos já, embora algo desbotada pela erosão do tempo no papel de jornal antigo.

Assim, em artigo próprio do signatário e autor destas linhas e deste blogue, também, é de tal modo dado a conhecer às gerações mais recentes algo sobre esse atleta do ciclismo de competição que consta dos registos ancestrais das corridas de bicicletas em Portugal. Ainda que de maneira resumida, como artigo jornalístico, a dar um ar do que um dia poderá ser mais desenvolvido (quando houver possibilidades de descrever em livro a história do ciclismo do FC Porto, antes e depois da atual boa realidade da parceria W52-FC Porto).  

Eis então o que está publicado no Semanário de Felgueiras, em sua edição de 19 de março, sobre esse antigo ciclista do FC Porto, nascido a 4 de junho de 1890, na Lixa-Felgueiras, felgueirense e portista merecedor de memorização destacável. 

Armando Pinto

((( Clicar sobre as imagens )))

sexta-feira, 19 de março de 2021

No Dia do Pai, em Dia de S. José - Dia de meu Pai (Joaquim Pinto)

19 de março, anualmente dia dedicado aos pais, é Dia do Pai. Sendo mais um dia para recordar o meu pai. Pois, como meu eterno herói,... não há pai como o meu pai, para mim !

  

Assim hoje é Dia do Pai. Tradicionalmente evento comemorado no dia 19 de Março entre nós, em Portugal. Celebrando-se no dia de São José, santo popular da Igreja católica e pai de Jesus na terra, como esposo de Maria, mãe de Jesus Cristo. Cuja elebração nesta data é comum a diversos países, variando contudo de uns para outros. 

Sendo o autor também já pai e avô… não esqueço meu pai. Recordando, a propósito, aqui e agora, sua fisionomia em diversas fases da vida, desde jovem até uma época em que nossa vida não chegara ainda ao tempo dos pensamentos profundos e tudo parecia ir durar sempre. Tal a ideia das ilustrações expostas, em cuja rememoração subjacente dedicamos agora as faces dum género de cartão alusivo, com que ilustramos esta especial missiva.

  
Importa então, para o caso, em dia de S. José e do Pai, que esta data é dedicada a homenagear os pais, pois, como diz o povo, falando em nome de todos e de cada um: não há pai pró meu pai…! Pai só há um. E o meu, desaparecido fisicamente desde 2006, continua sempre presente. Como quando viveu, nos seus quase noventa anos de vida, é sempre o meu herói. 

   

Numa singela mas sentida homenagem a meu pai, lembrando como ele gostava de ver as fotografias antigas e documentos que eu conseguia descobrir e divisar, aqui arranjo maneira de mostrar uma - acima - como recordação, do local da “fábrica nova”, a Metalúrgica, na Arrancada da Longra (sabendo-se que a "velha" era a inicial, respetiva, do largo da Longra), onde ele inventou e construiu a sirene que era ouvida a grandes distâncias; e, sendo coisa rara à época e mais com aquela potência, sempre foi tida como referência da Metalúrgica da Longra… numa das suas facetas que lhe valeram, a Joaquim Pinto, meu pai, o Prémio da Associação Industrial Portuense. 

Enquanto isto ainda permanece na retina, por fim, votamos ao além uma deposição dum texto, qual ramo florido lançado aos ares da saudade, através do qual relembramos algo que em nossa meninice nos sensibilizou na leitura do livro de ensino primário. Sempre com nosso pai no sentido… Como ele sabia e continuará a saber, nos insondáveis mistérios da eternidade!

  
  


Armando Pinto 

»»»»» Clicar sobre as digitalizações «««««

quinta-feira, 18 de março de 2021

Fotos com História - Alunos, Professora e Benfeitor da antiga Escola da Longra

Longra – Anos 30 – Século XX. Alunos da antiga Escola Primária da Longra, em pose de conjunto com sua professora e um benemérito, no espaço do recreio da escola (edifício de pedra no caminho de ligação ao cruzamento das quatro barrocas, caminho esse que hoje tem o nome de Rua das Alminhas). Em dia de festa pela visita do Benfeitor sr. Alberto Baltazar Portela, que sempre que vinha do Brasil visitava a escola que cumulava com sua ação de bem-fazer bairrista. Para quem conheceu o local, ao tempo da captação fotográfica estava ajardinado em canteiros rústicos, algo que depois se modificou, sendo onde mais tarde os rapazes jogavam à bola.

Foto constante dos livros “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, publicado em 1997; “Elevação da Longra a Vila”, pub. em 2003; e “Luís de Sousa Gonçalves – o Senhor Sousa da IMO”, pub. em 2019.

Armando Pinto

((( Clicar sobre a imagem )))

terça-feira, 16 de março de 2021

Felgueiras nas camisolas da W52-FC Porto

Felgueiras, concelho do interior do distrito do Porto onde se situa atualmente a sede social da equipa profissional de ciclismo W52-FC Porto, está como tal associada à camisola oficial da mesma equipa para esta época de 2021. Como se pode vislumbrar num pormenor, que se adianta, da camisola que com muito gosto já faz parte das preciosidades aqui do “ego” autor destas linhas.

Naturalmente não se publica aqui e agora a totalidade da visão da camisola, para não adiantarmos mais, ou seja como se diz popularmente para não pôr o carro à frente… neste caso das bicicletas. Mas não resisto a referir desde já este caso, pelo orgulho felgueirense, mediante o que tem acontecido da comunicação social teimar em olvidar o facto, sabendo-se que (além da parceria com o FC Porto e natural ligação ao universo do Dragão) desde a época passada, inclusive, a sede da mesma equipa é em Felgueiras – como foi anunciado publicamente, por acaso, até em março de 2020 na apresentação do livro “Ciclistas de Felgueiras”.

Ora, tal orgulho e grande apreço, por tudo junto, é acrescido na grande valia da equipa que tem dominado o ciclismo português. A pontos de ser constantemente atacada por diversos meios e feitios, pois a superioridade não agrada a muita gente de diversos setores, como ocorre presentemente com o propalado caso da falta do "passaporte biológico" de Alarcón, que teve permissão de correr assim até 2018 e só quando em 2019 teve uma lesão provocada por queda aparatosa que o obrigou a tomar medicação, o tomaram de ponta… Mas (além de não poderem em verdade referir nada de doping, mas falha no boletim do passaporte biológico...), curiosamente, sem que nada esteja ainda definido, incluindo ele ter direito a recorrer para a justiça, como fará, já não falta quem se adiante a riscar seu nome indevidamente de certas listas. Enfim…

Mas, mesmo sem listas, por via da necessidade de colocação da publicidade dos diversos promotores, a camisola azul avança… (como diz no poema Aleluia e se acrescenta): Azul, com letras brancas… indomável, imortal… a dar nome a Portugal!

Armando Pinto

((( Clicar sobre as imagens )))


segunda-feira, 15 de março de 2021

Recordando Existências Antigas: O Colégio da Longra

 

Colégio da Longra (como era conhecido, por ser na então povoação da Longra, mas oficialmente chamado Colégio de Rande). Criado pelo Pároco de Rande, à época, Padre Augusto Correia, mais pelo Tenente João Malheiro, da casa de Valdomar de Baixo, também de Rande, após a extinção do colégio de Santa Quitéria, em Felgueiras, e existente até aos anos 30. 

Entre seus alunos, teve alguns que mais tarde foram figuras salientes, entre os quais o Padre Luís Rodrigues, celebre Reitor da igreja da Lapa do Porto e musicólogo compositor de música sacra. Funcionava em regime de internato, semi-internato e externato – conforme consta da brochura do Regulamento do mesmo, contendo as indicações referentes (da qual se dá imagem da capa)

Gravura constante do livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, publicado em 1997.

Armando Pinto

((( Clicar sobre as imagens )))

domingo, 14 de março de 2021

Foto com História - Páscoa em Rande /1916

 


Páscoa em Rande – 1916: - Compasso Pascal na visita à Casa de Rande, da freguesia do mesmo nome. Com a Banda de Música de Felgueiras no terreiro fronteiro ao solar, a acompanhar o Compasso Pascal, em 1916 (como era costume nesse tempo, em respeito ao Conselheiro de Rande) - foto constante do livro "Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras", publicado em 1997. E datada em cima assim: Paschoa - 23 - IV – 1916 (conforme constava no álbum da casa, feito pelo Conselheiro Dr. António Barbosa Mendonça). 

Era Pároco de Rande, à época, o Padre Augusto Correia - conforme está também historiado no referido livro Memorial da região. 

Nessa época estava já retomada a tradição do Compasso, que esteve interrompida a partir de 1911, após a lei da separação da Igreja e do Estado, e que em Felgueiras teve também contornos impopulares, inclusive com afastamento e prisão de alguns padres da região, enquanto outros se mantiveram nas paróquias, conforme está registado no jornal Vida Nova, do Padre Albino Magalhães (do Unhão, mas que à época residia na Aparecida, onde teve uma das sedes do jornal).

A “Banda do Aniceto”, como era popularmente conhecida a Banda de Felgueiras (que o povo dizia do “senhor Anicetrinho”) era para o efeito “rogada” pelo Conselheiro de Rande, que  pagava a vinda da mesma Filarmónica para acompanhamento do Compasso durante o dia na freguesia. Porém esse compromisso dos músicos chegou a ser mesmo por respeito ao Conselheiro, incluindo casos em que havia outros compromissos mas nunca faltavam a vir a Rande, ainda que por vezes com menos elementos, sem deixar de cumprir com o Dr. Barbosa Mendonça de Rande.

Armando Pinto

((( Clicar sobre a imagem )))

sexta-feira, 12 de março de 2021

Recordando Personalidades da Região da Longra: – Padre Joaquim Barroso, um simpático sacerdote de memórias anciãs…

Um destes dias, correspondendo a pedido de um amigo historiador dum concelho vizinho, pedindo informações sobre um antigo sacerdote que foi pároco duma freguesia aqui desta região, conhecida à distância como da Longra, e tendo podido corresponder com algo a jeito através duma pagela guardada há uns anos, isso fez lembrar quão interessante será recordar aqui o mesmo – o Padre Joaquim Nunes Barroso. O tão estimado “Padre velhinho da Pedreira”, como era carinhosamente referido popularmente em seus últimos anos da longa vida, que passou pelo apreço de muitas gerações desta área geográfica.  

Natural de Modelos (concelho de Paços de Ferreira), onde nasceu a 23 de março de 1890, passou enquanto jovem por diversas paróquias (Esmoriz, Valbom-Gondomar, Real-Vila Meã/Amarante, S. Martinho de Recezinhos-Penafiel), até ter passado também de modo marcante pelo concelho de Lousada, como pároco da Aparecida (S. Fins do Torno), antes de vir para a Pedreira (Felgueiras). Sendo falado entre seus contemporâneos que, em sinal de como era apreciado na Cúria Diocesana, teve percurso de vontade comum dele e de seu Prelado, o Bispo do Porto da época, o lousadense D. António de Castro Meireles, que lhe deu a escolher a paróquia aquando duma visita pastoral à região.

Ora o senhor Padre Joaquim Barroso, tão conhecido e acarinhado de quem o conheceu, ele que viveu até idade avançada, naturalmente já não é do conhecimento dos mais jovens. Sendo como tal pertinente evocar sua marcante passagem pelo concelho de Felgueiras, tendo sido pároco da Pedreira desde 1940 até à sua morte, com quase 92 anos, em 1982 (falecido a 1 de janeiro desse ano); além de, ao mesmo tempo, também ter sido pároco de Airães entre 1941 a 1950. Conforme se comprova pelo que ficou impresso na pagela distribuída aquando de seu funeral. 

Ficou na memória geral o quanto ele prezava cumprir todas as cerimónias e ritos tradicionais, mesmo já quase sem poder, tendo sido dos párocos da região que foram sempre, sem nunca faltar, à peregrinação concelhia da Imaculada Conceição, ao Monte de Santa Quitéria, incluindo quando num ano houve uma espécie de tentativa de acabar com a mesma peregrinação, e então ele foi dos poucos que fez finca-pé mantendo sua presença. Bem como fez questão de presidir ao Compasso na Pedreira todos os anos, mesmo já quando ancião, autenticamente, chegando a ser levado quase ao colo pelos membros da Visita Pascal que o acompanhavam, em sítios de mais difícil acesso. Como faz parte das recordações aqui do autor destas linhas… Pois no ano em que fui paroquiano da Pedreira ele foi com o Compasso a minha casa, já quase à noite desse dia de Páscoa.

Desse tempo guardo ainda, com gosto, algo que tem sua assinatura. Sim, porque durante alguns meses, em 1978, também residi na paróquia e freguesia de Santa Marinha da Pedreira, motivo porque tenho um cartão escrito por ele aquando do batizado de meu filho, feito em S. Tiago de Rande. Devidamente timbrado com o carimbo branco da paróquia respetiva (como se consegue vislumbrar, dentro do possível, ampliando a parte da assinatura).


Sobre o Padre Barroso já em tempos escrevi um artigo que foi publicado no Semanário de Felgueiras há alguns anos, cuja crónica será também motivo para outro artigo destes aqui neste espaço de memorização.

Armando Pinto

((( Clicar sobre as imagens )))

quinta-feira, 11 de março de 2021

(Mais) Uma notícia e Achegas à questão das Freguesias…

No Jornal de Notícias, edição de quinta-feira dia 11 de março (curiosamente data por acaso com história na História portuguesa), é dada alguma atenção ao tema que tem estado esquecido de muitos responsáveis – sobre o caso da maior barbaridade acontecida em pleno século XXI, perante a extinção de freguesias históricas, com muitos séculos de existência, apenas por interesses particulares dos que em 2012 e 2013 tinham responsabilidades governamentais e autárquicas concelhias / locais e foram culpados. Com a cumplicidade de governantes nacionais e autarcas atuais, que não têm feito tudo o que pode levar à reparação do (s) erro (s).

Espera-se que ainda haja bom senso e interesses particulares e políticos se não sobreponham aos comunitários.


Armando Pinto

((( Clicar sobre as imagens )))

segunda-feira, 8 de março de 2021

No Dia Internacional da Mulher: (Mais) Uma evocação de Guilhermina Mendonça, a popular "Menina de Rande"

No dia em que se assinala o Dia Internacional da Mulher, tendo nos sentimentos as nossas mulheres, mas olhando ao sentido do historicismo que norteia este espaço, é ocasião de uma visão por alguém que toca muito nossa sensibilidade. Num tema que será abrangente. Porque pessoalmente tenho as minhas mulheres sempre presentes, sendo a minha mãe e a minha avozinha Júlia constantes recordações saudosas, e a minha esposa e a minha filha partes de meu ser ainda físico, desta feita espraia-se a evocação por alguém que nem chegou a ser conhecida das gerações atuais, mas faz parte das afinidades da memória coletiva.

Então, em mais um exercício de memória, evocamos aqui e agora, nesta data, a figura terna e admirada popularmente da “Menina de Rande”, como sempre e para sempre é conhecida Maria Guilhermina Mendonça.  Uma Mulher que muito viveu em prol dos outros e morreu com aura santificada. 

Era a Menina Guilhermina filha do Conselheiro de Rande, o Dr. António de Barbosa Mendonça, famoso político local de seu tempo e homem de letras, além de muito respeitado cidadão, um dos obreiros da chegada do antigo Comboio do Vale do Sousa às terras felgueirenses, com estações na Longra, Felgueiras e Lixa, dentro do território concelhio, dessa Linha Férrea de Penafiel à Lixa e Entre os Rios; além de ter doado terrenos seus para a sede da antiga Associação Pró-Longra e posterior Casa do Povo da Longra; mais para a primeira cabine elétrica da Longra; bem como foi Presidente de Câmara do antigo e efémero concelho de Barrosas e depois da Câmara Municipal de Felgueiras; e ainda mais ficou celebrizado como proprietário principal e diretor do jornal Semana de Felgueiras e dos jornais Povo da Longra e Defeza da Longra. Em cujo ambiente a filha era uma pessoa do povo de Rande e região envolvente, a ponto de quando faleceu, muito jovem ainda, ter logo sobrevivido com autêntica auréola na devoção popular.

Recorde-se que Maria Guilhermina de Barbosa Mendonça nasceu a 16 de Outubro de 1889, na Casa de Rande, da freguesia do mesmo nome, e morreu em 2 de Setembro de 1912, sendo sepultada em jazigo de sua família, no cemitério paroquial de Rande, concelho de Felgueiras. 

Em homenagem a essa Mulher de nossa devota admiração, recordamos o que sobre ela deixamos no livro "Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras", publicado em 1997.

  

 
   

Armando Pinto

»»» Clicar sobre as páginas e imagens digitalizadas, para ampliar «««  

quinta-feira, 4 de março de 2021

(Mais) Um exercício de memória: tempos inesquecíveis do Centro de Saúde da Longra

Apenas como remembranças, por entre episódios dos muitos anos de trabalho no antigo Posto Médico da Casa do Povo da Longra e sucessor Centro de Saúde da Longra, ficaram algumas fotografias a fazer parte do álbum pessoal. Como no caso de convívios, com sucessivas gerações de funcionários administrativos, auxiliares, pessoal médico e de enfermagem. Tal o exemplo da visualização que se recorda, sem outras caras (senão teriam de ser muitas fotos), mas tomando a parte pelo todo.

Armando Pinto

((( Clicar sobre as imagens)

 

segunda-feira, 1 de março de 2021

Navegador Nicolau Coelho, um dos personagens da estatuária do Padrão dos Descobrimentos em Lisboa

Devido à recente celeuma, perpetrada por um deputado político contrário à memória nacional, como é do conhecimento da opinião pública, veio à baila a existência do monumental Padrão dos Descobrimentos, que se ergue em Lisboa junto ao Tejo, diante do conjunto da zona de Belém e em frente ao mosteiro dos Jerónimos. Ora, por via disso, diversos textos têm trazido a público também assuntos relacionados. Vindo assim a calhar reproduzir matéria de interesse felgueirense, também.

Armando Pinto

= Posto isto, eis o que apraz partilhar - da página "Nova Portugalidade":



« Os Rostos do Padrão – Nicolau Coelho

Nicolau Coelho nasceu por volta de 1460, provavelmente em Felgueiras, filho de Pedro Coelho e de sua mulher Luísa de Góis. Muito pouco é conhecido relativamente aos seus primeiros anos.

Dotado de grande bravura e com experiência na navegação, Nicolau Coelho acompanharia Vasco da Gama, em 1497, na viagem em que seria descoberto o caminho marítimo para a Índia. A seu cargo estava o comando da caravela Bérrio, pilotada por Pêro Escobar, o mais leve e rápido navio da frota.

Foi o primeiro dos capitães da Armada a alcançar Moçambique, estabelecendo o contacto inicial com o Sultão de Quíloa. No regresso a Portugal, a Bérrio seria a primeira embarcação a chegar a Lisboa, entrando no Tejo a 10 de julho de 1499. Nicolau Coelho seria assim o capitão com a honra de dar a feliz notícia ao Rei D. Manuel I, que o recebeu com grande pompa e circunstância, cumulando-o de honras. Em carta régia de 24 de fevereiro de 1500, conceder-lhe-ia uma vasta tença anual de 50 000 reais e algumas propriedades. Nicolau Coelho dotar-se-ia ainda de um novo brasão de armas e seria feito Cavaleiro da Casa Real.

A 9 de março de 1500, Coelho acompanharia Pedro Álvares Cabral na nova Armada que rumava à Índia e que acabaria por descobrir o Brasil, capitaneando uma das naus da frota de 13 navios. De acordo com o relato redigido por Pero Vaz de Caminha, Nicolau Coelho desembarcou no Brasil no primeiro batel, estabelecendo contacto com os habitantes e participando na primeira visita realizada pelos indígenas à nau capitânia.

Após retornar a Lisboa, Nicolau Coelho tornaria a deixar Portugal a 14 de abril de 1503 como capitão da nau Faial, integrada na nova Armada liderada por Afonso de Albuquerque.

Nicolau Coelho viria a falecer na viagem de regresso a Portugal, em janeiro de 1504, juntamente com Francisco de Albuquerque, primo de Afonso, quando a nau Faial naufragou devido a uma tempestade perto das águas rasas de São Lázaro, atual Ilha das Quirimbas, em Moçambique.

A bravura que demonstrou em todas as suas viagens fez com que a sua figura se encontre representada no Lado Nascente do Padrão dos Descobrimentos.

Miguel Louro »

((( Clicar sobre as imagens )))