segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Uma entrevista esclarecedora de Francisco Sarmento Pimentel, em 1979

Estando-se em período comemorativo da passagem do 90º aniversário da 1ª Travessia Aérea Portugal-Índia, realizada em novembro de 1930 pelo piloto-aviador Francisco Sarmento Pimentel, felgueirense que foi acompanhado pelo seu amigo e compadre transmontano Capitão Moreira Cardoso, a navegador, vem a talhe vislumbrar uma entrevista dada por Francisco Pimentel a um jornal, em que passados muitos anos recordava o facto e esclarecia situações.

Com efeito, em entrevista publicada no jornal Diário de Lisboa, em agosto de 1979, aquando de uma sua vinda a Portugal, então para receber a condecoração da Ordem da Liberdade com que justamente foi reconhecido, o heroico aviador, respondendo à curiosidade do entrevistador desse jornal então existente em Lisboa, deu largas à sua memória, ele que estava nesse tempo com 84 anos, mas muito lúcido e em boa forma física, ainda.

Isso passou-se então ainda durante sua longa vida e longos anos de exílio político fora do país, cerca de uma década antes de Francisco Pimentel falecer.

Assim, por essa conversa transcrita naquele diário lisboeta, além de se relembrar as peripécias da arrojada viagem no pequeno avião denominado “Marão”, o piloto autor da longa rota pelo ar, desde o extremo ocidental da Europa até ao Oriente, esclareceu como não recebeu nada do Governo português desse tempo e mesmo assim ainda ofereceu depois o aviãozinho (género avioneta) ao Estado Português da Índia. Havendo apenas tido ajuda de um grupo de amigos que “cobriram o empréstimo bancário” que ele tinha feito para a compra do aparelho… Algo que se pode discernir pelo facto de ambos os tripulantes do Marão não serem apoiantes do Estado Novo, que vigorava e fez com que essa viagem fosse esquecida de compêndios oficiais desse período de censura emanada do sistema reinol.

Armando Pinto

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sábado, 28 de novembro de 2020

Rui Ferreira, conhecido comentador do Porto Canal e antigo futebolista de várias equipas nacionais, é o novo Treinador do FC Felgueiras 1932

Rui Ferreira, até agora conhecido como cara do painel de comentadores do Porto Canal, canal gerido pelo FC Porto e único canal televisvo português de fora de Lisboa, tendo anteriormente sido futebolista  do Salgueiros Vitória de Guimarães, Belenenses e Portimonense (clubes que o tornaram mais conhecido, além de ter jogado noutros, como Mirense, Oliveirense, Lourosa, Lamas, Gil Vicente,  Espinho e Santa Clara), como entretanto treinou a equipa de sub-23 do Feirense,  é o novo treinador da equipa principal do Futebol Clube de Felgueiras 1932. A notícia chegou ao público este sábado, em nota noticiosa do espaço informático jornal Semanário de Felgueiras. 

Como o clube felgueirense, o mais representativo do concelho de Felgueiras, estava a fazer uma época (no Campeonato de Portugal) muito aquém dos anseios e sobretudo das expetativas geradas em torno da coletividade, não admira esta mudança operada.

Ora, sendo que naturalmente terá espaço sexta-feira na próxima edição do formato tradicional em papel do mesmo jornal (único também atualmente existente em Felgueiras nesse meio físico), a informação  avançada, pelo referido órgão de comunicação concelhio, chega assim já ao apreço felgueirense - de cujo interesse se partilha a mesma novidade. Como notícia de fresco, ainda, que fará com que futuramente se deixe ou não de ver o Rui Ferreira a comentar nos programas portistas, como gostavamos de o ouvir, para lá de ver, obviamente.

Armando Pinto

* Crédito fotográfico do Semanário de Felgueiras.

A notícia via SF:


Rui Ferreira é o novo treinador do FC Felgueiras

O novo treinador terá Pintassilgo, como Adjunto, e Dimas, como Treinador de Guarda Redes.

Nuno Andrade que, por acordo com o clube, deixou o cargo, estava desde o início do ano no comando técnico.

O Felgueiras recebe este domingo o Pevidem em jogo do Campeonato de Portugal.

Rui Ferreira tem 47 anos e treinou os sub-23 do Feirense.

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Retalhos Felgueirenses de tempos idos… em pedaços memoriais duma festa religiosa e do futebol em 1935/1936

 

Na proximidade do Natal, agora que devido ao maldito vírus da Covid-19 está tudo ainda indefinido, apraz registar a recordação de uma antiga festa religiosa que havia na vila de Felgueiras de outros tempos, a Festa do Menino Deus, como celebração especial em Dia de Natal, merecendo missa cantada, mais sermão e Banda de Música nas celebrações. Como se pode ver por recorte d’ O Jornal de Felgueiras, de seu número de aproximação ao Natal de 1936.

Serve ainda essa mesma edição do referido jornal (de 19-12-1936), à boleia da chamada de atenção natalícia, para se rever como então a vida do Futebol Clube de Felgueiras estava encaminhada, conforme notícia duma deslocação à Lixa para um jogo oficial. Em que o FC Felgueiras venceu por 2-1, sendo um dos golos felgueirenses marcado pelo jogador-fundador do clube, Abílio - como era conhecido Verdial Horácio de Moura, popularmente assim chamado então no ambiente da antiga vila, pelo nome de seu pai.

No transporte ainda desses retalhos de interesse local, recorda-se também uma notícia anterior, de relação do Natal do ano também anterior, dando nota dumas festas natalícias de 1935, conforme foi registado no início de 1936 n’ O Jornal de Felgueiras, em seu número de 22-02-1936. Respeitando à publicação da receita e das despesas com o Espetáculo de Natal e Ano Novo a favor do clube de futebol local, com curiosidades afins.

Repare-se nos pormenores que se ficam a conhecer, de tais pedaços da nossa história coletiva felgueirense.

Armando Pinto

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terça-feira, 24 de novembro de 2020

122º Aniversário dos Bombeiros de Felgueiras


24 de Novembro de 1898 – 24 de novembro de 2020 = 122 anos de vida!

A 24 de novembro de 1898, após trâmites que passaram por recusas e correções várias, o Governador Civil do Porto aprovou os estatutos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Felgueiras. Tendo então passado a respetiva certidão, com carimbo e selos devidos. Ficando exarado nos Estatutos aprovados seus nobres intuitos: “Esta associação tem por fim socorrer os habitantes do concelho de Felgueiras nos casos d’incendio ou de outras calamidades.”

Assinalando mais este aniversário, saúda-se a instituição, por meio de lembranças históricas (constantes do arquivo pessoal do autor): lembrando por imagens digitalizadas a original publicação dos correspondentes Estatutos e Regulamento, através da respetiva capa, e do interior algumas páginas, sensivelmente do meio e final, com um comprovativo de cota; mais algumas imagens fotográficas do desfile do seu centenário, em 1998.

Parabéns Bombeiros Voluntários de Felgueiras !

Armando Pinto

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segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Publicação no Semanário de Felgueiras

Na edição de sexta-feira 20 de novembro no jornal Semanário de Felgueiras

Armando Pinto

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domingo, 22 de novembro de 2020

23º Aniversário da publicação do livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”

Pois é. Passaram já 23 anos desse esse tempo em que, depois de longos anos de elaboração e uns quantos mais de espera (quase como os anos do pastor Jacob do célebre soneto Camoniano), foi possível publicar então, finalmente o “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”. Perfazendo 23 anos mesmo que a 21 de novembro de 1997 foi apresentado publicamente esse livro, em sessão pública na Casa do Povo da Longra.

Depois disso alguns mais foram sendo publicados, sobre diversos temas, mas tal como não há luar como o de janeiro nem amor como o primeiro, esse ficou e está bem presente, como o maior – não só pelo seu volume de páginas e sobretudo de informação junta, mas também por toda a sua envolvência. Tornado que foi realidade graças à edição patrocinada pelo jornal Semanário de Felgueiras, em ação inesquecível do Dr. Manuel Faria.   

De tal ocorrência, melhor que quaisquer outras palavras a tentar descrever e recordar o facto, relembra-se  isso por alguns recortes jornalísticos da ocasião, a reportar o caso.



Armando Pinto

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sábado, 21 de novembro de 2020

Falecimento do Dr. José de Barros

 

Faleceu o Dr. José de Barros, antigo notário, presidente da Câmara, vereador municipal e figura pública da vida da antiga vila e atual cidade de Felgueiras. Notícia chegada ao conhecimento público na tarde de sexta-feira, com natural consternação. Sendo que notícias destas colhem a comunidade de surpresa, mesmo que, como no caso, contasse já uma idade bonita, como se diz popularmente – contando 89 anos de vida. Acrescido do facto de ser personagem detentor de apreço.

Advogado e antigo presidente da Câmara Municipal de Felgueiras, José de Barros era conhecido causídico da cidade, ex-Notário e assessor jurídico da Câmara de Felgueiras, sendo ainda presidente da Assembleia Geral dos Bombeiros de Felgueiras.

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Quando se soube que ia ser o novo presidente do Município de Felgueiras, O Jornal de Felgueiras deu nota do facto em sua edição de 9 de novembro de 1968:

Natural da freguesia de Ribeiros, do concelho de Fafe, o Dr. José de Barros veio para Felgueiras em 1962 como Notário e em Felgueiras ficou para sempre. Foi Presidente da CMF de finais de 1968 até à primavera de 1971.

Tomou posse em dezembro de 1968, como ficou reportado n' O Jornal de Felgueiras de 7 desse mês:

Ao seu ato de posse esteve presente o então Governador Civil do Distrito do Porto, Dr. Jorge da Fonseca Jorge (que na imagem seguinte se vê do lado esquerdo a aplaudir, estando do outro lado o antecessor na Câmara Dr. José Dias de Sousa Ribeiro e o pároco de Margaride Padre Urbano de Castro, popularmente conhecido por “Padre 90”):

A sua presidência municipal de início revestiu-se de interessantes novidades, por ter enveredado por um género de presidência aberta com visitas oficiais a todas as freguesias, no sentido de conhecer as realidades locais. Cujo périplo concelhio teve em cada freguesia autênticas receções entusiásticas, em esperanças que advinham também de certo ambiente de abertura da primavera marcelista prometedora, como ao tempo pairou.

Disso mesmo ficou registado nos jornais felgueirenses desse tempo algo de tais ocorrências, como se recorda por recortes d’ O Jornal de Felgueiras e do Notícias de Felgueiras.

Mais tarde, ainda foi candidato à Presidência da Câmara Municipal de Felgueiras em 1982, tendo sido eleito Vereador, cargo que exerceu de 1983 a 1985.

Como cidadão do ambiente urbano felgueirense era famoso pelo seu humor apurado e durante muito tempo frequentador de locais de convivência pública. Antes ainda do 25 de abril de 1974, e também depois, fazia parte de popular tertúlia que tinha mesa usual no Café Jardim, a conhecida mesa dos doutores (embora nem todos o fossem), contando advogados, médicos e amigos. Sendo esse grupo muito apreciado por sua boa disposição, mais também por conversas públicas de jeito que muitos dos outros fregueses gostavam de ouvir…

Será sempre recordado, como pessoa simpática e atenta a tudo o que era coisa pública.

Atualmente tinha residência em São Paio de Vizela e fica sepultado no cemitério de Varziela, em Felgueiras.

Descanse em paz.

Armando Pinto

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sexta-feira, 20 de novembro de 2020

90 Anos da 1ª Travessia Aérea Portugal-Índia


As andorinhas, que parecem trazer a primavera em asas de esperança, já fugiram rumando a lugares de estado primaveril. Restando por aqui anual ambiente outonal, agora acabrunhado pelo confinamento pandémico atual. Enquanto se anseia por regresso a tempo risonho. Como outrora alguém sonhou um alto voo, em asas metálicas até paragens distantes. Algo que nos leva a recordar cá de baixo, voando rasteiro nas asas da evocação.

 

Passaram largos anos, desde então. Já lá vão 90 anos. Quando pequeno avião atravessou o ar em direção à Índia, coisa antes apenas acontecida por terra e mar. Conta a perfazer em novembro deste ano, a partir que em 1930 o felgueirense Francisco Sarmento Pimentel se meteu a isso num só avião (enquanto anteriores exemplos tiveram mais que um aparelho a concretizar as travessias). Realizando então tal grande ligação da primeira viagem aérea de Portugal à Índia. Numa distância recordista de mais de 11.800 quilómetros que valeu reconhecimento oficial estrangeiro com troféu da placa da Liga Internacional dos Aviadores.

 

Esse foi mesmo um grande voo pioneiro. Iniciado a 1 de Novembro e durado dez dias úteis até alcançar espaço aéreo do Estado Português da Índia, com onze de tempo real à última etapa (fora alguns de espera até ter sido possível substituição de peça que se partira), havendo chegado à Índia Portuguesa, fazendo escala em Diu, no dia 18 do mesmo mês; embora a conclusão do itinerário tenha sido, depois, com aterragem final em Goa no seguinte dia 19.


 

Escusamos de refazer descrição do roteiro de viagem, elevada de aflições, desde tempestade surgida quase logo no início, vencido o ar pelas asas à força de hélice forrada a tela, mais contratempo de avaria mecânica surgida, a penosa duração das horas levadas a sobrevoar o deserto da Síria, enfim, até ao campo de aviação de Mormugão onde pousou por fim o “Marão” pilotado pelo então Tenente Sarmento Pimentel, acompanhado na navegação pelo seu amigo Capitão Moreira Cardoso. Pequeno avião que o aviador Pimentel adquirira a expensas próprias, enquanto o companheiro conseguiu soma para a deslocação, sem qualquer apoio governamental. Acontecimento, que na época mereceu atenções concelhias, segundo relatos de imprensa desse tempo, esse então denominado Raid Aéreo Lisboa-Diu-Goa, concretizado mais precisamente desde a Base Aérea Militar da Amadora até ao Indostão Lusitano. Viagem pioneira cuja autoria recebeu efusivas comemorações conterrâneas e inclusive homenagens municipais, incluindo colocação duma lápide alusiva na Casa da Torre onde nasceu, em Rande-Felgueiras, além naturalmente do reconhecimento a nível nacional e internacional. Perante disparos de flashes de magnésio das máquinas de retratos dos jornalistas. Pois tudo isso e mais, incluindo referências da imprensa nacional e estrangeira, está registado entre o material dedicado ao “Raid” da Amadora a Goa e seu autor no livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”. Contudo, pela importância que deve ter para o orgulho felgueirense, é de relembrar esse feito assinalado na ala dos pioneiros do Museu do Ar, em Alverca.

 

São do conhecimento público os motivos políticos que fizeram com que tal façanha fosse menosprezada na época e olvidada anos a fio. Apesar da repercussão havida, a ponto da Liga Internacional dos Aviadores haver distinguido o autor da travessia com alusivo galardão. Passando-se muitos anos até ter sido reconhecido de permeio o depois Coronel Piloto-Aviador Francisco Pimentel (ainda em vida) mesmo com a Ordem da Liberdade. Na linha da autoria que, inclusive, nos alvores de trinta, apesar de tudo valeu condecorações, com medalha de Comportamento Exemplar, mais a de Bons Serviços, e especialmente as insígnias da Ordem de Avis e da Ordem Militar da Torre e Espada de Valor, Lealdade e Mérito!


Foi há 90 anos. Por ares nunca antes voados, transposta ação admirável. Aterrando agora na memória desse conterrâneo, falecido com 93 anos em 1988, o felgueirense mais condecorado.


ARMANDO PINTO

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segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Curiosidades sobre a Misericórdia do Unhão

Faz este ano já 105 anos que, em 1915, foi aprovado o projeto de obras para ampliação e remodelação do edifício que foi antigo palácio dos Condes e depois sede da Misericórdia de Nossa Senhora do Rosário do Unhão. Cujo plano foi desenhado por Luís Gonçalves, arquiteto que nesse tempo fez muitos dos desenhos de engenharia civil para importantes obras realizadas na região felgueirense. Tendo depois as obras do palacete, onde foi instalado em finais do século XIX o antigo Hospital do Unhão, tido início de grande remodelação em 1916, após o mesmo projeto ter estado em exposição pública – como está historiado no livro “Luís Gonçalves: Amanuense-Engenheiro da Casa das Torres”, publicado em 2014 e apresentado na apalaçada Casa das Torres, em Felgueiras.

Sendo que atualmente, desde que as Irmãs de Caridade da Ordem Vicentina deixaram de ter convento no Unhão, e a partir de então com o Externato criado pelas mesmas a ter passado para diferente gestão, está o edifício mais voltado à parte social. Englobando a sede da Misericórdia do Unhão, além de ter espaços alugados para o referido estabelecimento de ensino.

Esse edifício não foi sempre a sede da mesma Misericórdia e isso leva por vezes a certas confusões, atendendo a que a Misericórdia do Unhão existe desde o século XVII – fundada que foi em 1630 e entretanto teve sede administrativa com sala de reuniões na casa do abade da freguesia e depois em local anexo à própria igreja, além de também em Lordelo quando a igreja do Unhão ameaçava ruína e inclusive perdeu a sineira original – é de assinalar que o antigo palácio dos Condes passou para a Misericórdia por fim em 1868, e no ano seguinte se deu a mudança efetiva, sendo assim 1869 o ano da instalação dessa instituição naquele prédio histórico (onde em 1871 foi instalado o Hospital). Como está bem explícito no trabalho historiador do Padre Casimiro da Mata, publicado em fascículos no jornal Notícias de Felgueiras nos anos 60 e está também no livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, publicado em 1997.

Alguns factos de interesse da região, entre lembranças de vez em quando… !

Armando Pinto

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domingo, 15 de novembro de 2020

Lembrando Américo Martins, fundador da grande Metalúrgica da Longra - entre lembranças de vez em quando...

Da página de facebook do Município de Felgueiras:

SABER 📜 | Sabia que... em 1920, Américo Teixeira Martins, oficializou a sociedade Martins & Irmão dando origem, no futuro, à fundação da Metalúrgica da Longra?

Fonte: O Notícias de Felgueiras, 21 de Abril de 1979, acessível na Biblioteca Municipal de Felgueiras.

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Esse foi realmente o primeiro passo para a seguinte firma industrial criada em 1922, com um outro passo mais decisivo em 1924, até seguintes fases da mesma empresa.

A propósito... a ocasião propicia mesmo um rememorar evocativo da figura do senhor Américo Teixeira Martins, através de um artigo escrito também no Notícias de Felgueiras na aproximação da passagem de seu centenário. 


Observação / explicação: Foram riscados e colocados alguns cortes e correções no artigo, em anotações pessoais posteriores à publicação, já no artigo (neste caso), por terem sido gralhas de impressão surgidas na tipografia.

Ao tempo o artigo era escrito à máquina (antigas máquinas mecânicas de escrever), e enviado assim datilografado. Depois na tipografia do jornal aquilo era copiado e colocado em letras através das quais faziam a composição manual, ou seja, a colocação dos tipos lado a lado para formar os textos, seguindo-se a impressão mecanizada. Acontecendo por vezes trocas de letras e mesmo de partes de uns textos para outros. Como era então ainda na tipografia do Notícias de Felgueiras, sita no edifício por trás dos Paços do Concelho…

Explicação necessária agora que tudo é diferente, como se sabe, com os meios informáticos.

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Imagens - Publicação comemorativa (em forma de pequeno livro e revista de luxo), aquando de homenagem prestada em 1958 ao fundador da MIT / Metalúrgica da Longra. Mais uma fotografia de conjunto do pessoal da fábrica, de imagem do interior da revista:



Armando Pinto

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sexta-feira, 13 de novembro de 2020

A equipa da minha primeira visão duma equipa de futebol…!

Pois foi, isso no tempo em que eu, pequeno mas já entusiasta pela bola, só conhecia ainda jogadores e equipas pelos jornais e gravuras de livros e revistas, acompanhando o futebol pelos relatos radiofónicos das equipas nacionais, enquanto o futebol era mais o jogo da bola dos recreios da escola primária. Até que, saindo da Longra em tardes domingueiras, passei a ir ver jogos a Felgueiras. Admirando então tudo aquilo, ali colado junto aos ferros de separação do campo da Rebela. Não era ainda o Porto que via, como queria ver em carne e osso o Américo, o Pinto e Cª… mas era já o Felgueiras, no tempo do Sabú, do Pimenta, Zé Manel Estebainha, Mário, Mendes, Cardoso, César Roda (conhecido por Rodas), mais Pacheco, Zé Maria, Rocha, Monteiro, Zé Carlos, etc.)

Foi pois esta equipa da minha primeira visão duma equipa de futebol a sério, a histórica equipa do Futebol Clube de Felgueiras que pela primeira vez subiu de divisão. A minha primeira equipa que vi, ao vivo. E como se viviam esses tempos... e tudo tinha encanto!

= Foto colorida pelo amigo Abílio Faria, portuense com raízes felgueirenses e popular cantor Monte Cristo (sendo a foto original, a preto e branco, do material que tenho em meu arquivo pessoal).

Armando Pinto

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Evocação da 1.ª Travessia Aérea Portugal-Índia, em Novembro de 1930, no avião "Marão" - pelo felgueirense Francisco Sarmento Pimentel = Homenagens em Felgueiras

Após a conclusão da viagem pioneira à Índia, em Novembro de 1930, no regresso os aviadores receberam diversas homenagens, sobretudo em Lisboa entre oficiais aviadores e na Amadora e em Queluz (onde residia o navegador Moreira Cardoso, natural de Alijó - Trás-os-Montes), seguindo-se no Nordeste Transmontano por Mirandela (onde tinha vivido algum tempo o piloto aviador Francisco Sarmento Pimentel (natural de Felgueiras, do Douto Litoral), e também Alijó, terra do companheiro. Incluse na imprensa davam os dois como transmontanos, nos habituais enganos de reportagens feitas à pressa e que depois pegam por estaca...


Por fim, antes de chegarem ao Porto, vieram os dois heroicos aviadores a Felgueiras.

Disso ficam alguns exemplos do noticiátio à época publicado, ao longo de algum tempo.