sexta-feira, 29 de maio de 2020

Viagem de visita do andor de Nossa Senhora em Rande (imagens na Longra)


Ao final do dia e princípio da noite da última quinta-feira do Mês de Maria, decorreu diia 28 a anunciada passagem da imagem de Nossa Senhora em andor-automóvel a percorrer ruas e caminhos de Rande, passando diante e junto das casas dos paroquianos.


De tão cativante e mesmo emocionante acontecimento, a marcar a atualidade devido às condicionantes da pandemia, se conseguiu registar alguns instantâneos da respetiva passagem junto ao habitat do autor destas linhas. Como por certo noutros locais devem ter sido captadas outras imagens.  


Assim fica aqui algo desta feliz iniciativa, que entusiasmou a população. De cuja realidade ficam então algumas imagens, da passagem do andor de Nossa Senhora, em jipe em que ia o Pároco Padre Manuel Joaquim Ferreira, também, junto à chamada Carvalha da Padaria da Longra.


Armando Pinto
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quinta-feira, 28 de maio de 2020

Recordando: Efeméride da histórica passagem do FC Felgueiras à 1ª Divisão Nacional – Dia do jogo decisivo, da "subida" (nos 25 anos dessa alegria felgueirense)!


Neste dia, desta data, dia 28 de Maio, em 1995, o FC Felgueiras venceu o Estoril no derradeiro jogo da época, no mítico Estádio Dr. Machado de Matos, por 1-0 (golo de Kristic, a cujo instantâneo histórico se reporta a foto cimeira) e assim "o Felgueiras" alcançou a subida de divisão ao escalão máximo do futebol português, atingindo entrada no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, como ao tempo era chamada a prova maior, atual Liga principal.

Com esse resultado, a meio da tarde desse domingo de sol radioso, era dado o melhor início aos festejos públicos que se seguiram, em dia de festa, que depois acabou por sair do estádio e estender-se às ruas da cidade e estradas do concelho de Felgueiras.


Na mesma tarde o FC Porto sagrara-se Campeão Nacional da 1ª Divisão, com festa da consagração no estádio das Antas em jogo de veia goleadora diante do Tirsense, perante dilatado 4-0. Daí que no dia seguinte, na segunda-feira dia 29, os jornais dividissem atenções e inclusive o jornal O Jogo até repartiu a sua 1ª página com o Campeão maior e o novo primodivisionário, na época.


Efetivamente os jornais diários e os periódicos desportivos na segunda-feira depressa esgotaram em Felgueiras, então, sendo dia que em Felgueiras sempre houve tradição de ser de ir à feira de manhã, além de ser como era acotiado dia do sapateiro, mas dessa vez também dia de recuperação da festa do dia e noite anterior. Tendo os jornais mais lidos dado natural destaque à façanha do futebol do Felgueiras. Como tal, dando para guardar, de modo a ficar como recordações documentais.


Dias depois seriam os jornais locais a guardar nas suas páginas o acontecimento. Mas como os periódicos felgueirenses saíram na sexta-feira posterior, vêm mais ao caso desta efeméride os desportivos nacionais, primeiro lidos e guardados.


Assim sendo, ilustra-se a efeméride através de imagens (em recortes) de dois dos jornais do dia imediato, quer d’ O Norte Desportivo, existente nesse tempo, assim como d’ O Jogo, já existente à época.


Isso tudo e mais consta do livro historiador do futebol em Felgueiras, ao tempoo em que o clube histórico foi preservado com a criação do CAF - Clube Académico de Felgueiras, depois rebatizado de FC Felgueiras 1932, em homenagem ao ano da fundação original.


ARMANDO PINTO
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quinta-feira, 21 de maio de 2020

Périplo da imagem de Nossa Senhora pelas ruas de Sernande e Rande - Dias 27 e 28


No âmbito do Mês de Maria e do atual estado de precaução pública devido à pandemia, estando em curso a campanha de procissões automóveis com imagem de Nossa Senhora de Fátima em espécie de visita pelas ruas das localidades, de modo a passar pelas portas dos paroquianos, também em Rande e Sernande vai acontecer, sob lema “Dia a Dia com Maria”.


Assim, dentro do calendário do pároco Padre Manuel Ferreira, que das freguesias da vila da Longra tem as paróquias de S. Tiago de Rande e S. João de Sernande, será nos dias 27 e 28 do corrente mês que irá andar e passará o andor em apreço. No dia 27 em Sernande e ainda numa parte de Rande  e dia 28 em Rande – nos horários e itinerários indicados, conforme os respetivos anúncios em cartazes entretanto publicados.


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quarta-feira, 20 de maio de 2020

Cafés e lojas mistas entre marcas ambientais felgueirenses de 60 para 70, no século XX.


Assim como há sinais que refletem indicações relacionadas com a evolução de determinada época e marcas que delimitam e distinguem alguma relação derivada, houve certos estabelecimentos de convívio público que assinalaram um tempo e modo na sua marca existencial. Como foi com os chamados cafés, que por estes lados do território felgueirense se associam a tempos de transformação social, revezando hábitos que provinham de antigas tascas e lojas de comes e bebes, ao jeito de lojas mistas. 

= Exemplo de ancestrais valências em Felgueiras: - Um aspeto do hospital Agostinho Ribeiro, do lado de trás duma das enfermarias... (Foto do livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, publicado em 1997)

Ora, num tempo como o atual, em que também a época do confinamento provocado pela pandemia do Coronavírus/Covid-19 marca diferenças de hábitos e feições, tendo-se feito sentir a diferença de convivência e comunicação no episódico encerramento dos cafés… e agora que começa a haver algum desconfinamento com a retoma que reabre esses e outros locais públicos… vem a talhe uma rememoração evocativa também sobre esses mesmos estabelecimentos de cafetaria, alguns dos quais ficaram na memória histórica como elementos de progresso social, quais substitutos das antigas lojas de serviços diversificados.

= Imagem do exterior do café Jardim, já em inícios do século XXI e antes da última remodelação (de fotos que circulam na Internet).

Recuando aos anos de transição dos anos sessenta para setenta, quando mais se fez sentir uma rápida evolução em muitos setores sociais, e naturalmente incidindo no que o autor conheceu e se recorda (o que não invalida outros casos, dos quais quem se lembrar e conheça pode também narrar por sua vez e autoria), havia na então vila de Felgueiras o Café Albano como principal referência (existente já desde uns bons anos antes), quase a par com o Café Belém, em cada caso com clientela especial; e depois apareceu o Café Popular, que como o nome indicava passou a ser frequentado pelo pessoal mais diverso. Assim como depois ainda o café Cari, com o nome do prédio em que se inseria. Ainda os cafés eram sítios de homens apenas, não sendo habitual e muito menos normal ver mulheres casadas e raparigas solteiras a acompanharem maridos e namorados. Algo que mudou depois com o surgimento da Moderna, como era chamado o café da Pastelaria Moderna, na rua de entrada (e mais tarde conhecida por rua velha, após o rasgamento da avenida nova…). E especialmente houve um café mais especial, para a rapaziada nova e juventude estudantil, como depois ficou também a ser frequentado por gente mais seleta, por assim dizer, que foi o Staminé, do Doutor Hermínio.

= Aspeto interior do Staminé. Foto de postal da época (em cujo verso constava a legenda anexa).

Era a então vila de Felgueiras um ponto de passagem nos itinerários do interior do Douro Litoral, mas sem nada de especial a fazer paragem aos viajantes. Num limbo de simplicidade e ainda antiguidade, como se notava em edifícios com marcas temporais, por exemplo.

= Um aspeto de algo característico da vila de Felgueiras de inícios dos anos 70: Quartel antigo da GNR, em frente aos Bombeiros, ao tempo de chefia do sr. Cabo Pinto.

Enquanto isso, na Longra abria também o Café Longra, junto ao Largo da Longra. Obra do sr. “Manuel das Mobílias”, como era localmente conhecido o amigo sr. Manuel Marinho Silva. Sendo de notar que nesse tempo na estrada nacional de ligação de Lousada para Felgueiras, por exemplo, dentro do espaço concelhio de Felgueiras apenas havia algumas tabernas a beirar a estrada, bem como lojas de mercearia com serviço também de tasquinhas, as populares “vendas” de vinhos e petiscos. Havendo na Longra, já na estrada para Caíde mas logo a seguir ao Largo, a Casa do Povo desde 1939 com seu bar (mais sala de espetáculos e cinema, além do Posto Médico), funcionando ali de noite e em horas de espetáculos um centro de convívio ao jeito de café, que até ao final dos anos da década de 60 era único sítio do género nas redondezas. 

= Imagens duma loja de venda diversificada na Longra, que em tempos também serviu de taberna, mas por fim, com o último “vendeiro”, o sr. Fernando Machado, se dedicou à especialidade de mercearia (Fotos do livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, publicado em 1997).

Deparando-se então em inícios de 1970 a mudança com a abertura do café da Longra (inicialmente aberto em finais de 1969, e definitivamente ao início de 1970).

= Imagem de tempo inicial do Café Longra, com aspeto clássico de seu interior à época da fundação, em 1969/1970. (Foto do livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, publicado em 1997).

Pois também em 1970 abriu o Sataminé em Felgueiras. De nome oficial Staminé Relax-Bar, era então uma espécie de salão de chá, com serviço de restaurante “snack-bar”, funcionando também como discoteca. Uma casa que orgulhava Felgueiras, ao tempo uma pacata vila quase desconhecida do Norte, na fronteira do Distrito do Porto com as províncias vizinhas, que com aquela porta aberta passou a ser visitada por pessoas de vilas e cidades das redondezas, à vista da iniciativa do Dr. Hermínio Martins (farmacêutico e também professor do Ciclo Preparatório em Felgueiras, bem como tido por pessoa muito culta, como alguém avançado para a época no ambiente felgueirense).

= Imagem com o “Spot” publicitário da casa, constante das bases de copos (colocadas nas mesas para proteção e embelezamento), à época.

Entretanto pelo concelho depressa foram alastrando novos cafés, que entretanto ganharam estatuto e ainda fazem parte da memória de muitas localidades e suas gentes.

 = Panorâmica do Largo da Longra nos últimos tempos da “Loja da Ramadinha” (Foto do livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, publicado em 1997).

Claro que continuava e bem o Café Albano, nome popular do Café Jardim, mais a Pensão Albano com serviço de restaurante e cave com tradicionais petiscos, a marcar sua presença na sede concelhia. Sendo aliás o Café Jardim o mais emblemático da cabeça do concelho, desde que foi criado em 1948 pelo famoso senhor Albano, Albano Costa e Sousa (ao qual o autor destas linhas dedicou um artigo no Semanário de Felgueiras, há alguns anos já, cuja narrativa também foi partilhada neste blogue). Tudo em ambiente social de permeio reforçado com os restantes cafés. Como depois foi aumentando a chamada concorrência, na expansão que ao longo dos anos foi ampliando os locais de convívio.

= Sequência de imagens com o Café Longra em tempos diferentes (Fotos do livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, publicado em 1997).

Passado já meio século (quando se escreve isto) são muitas as diferenças daqueles tempos de transição social e ambiental. Algo a merecer atenção, nas marcas do tempo.

Armando Pinto
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sexta-feira, 15 de maio de 2020

Mário Sampaio Castro: desportista felgueirense de dimensão nacional


Mário Castro, como inicialmente era mais conhecido, e depois Engenheiro Mário Sampaio Castro, foi e é um nome com marca registada na História do FC Porto e no desporto português. Um daqueles nomes cuja ligação clubista é do conhecimento do acompanhamento da vida desportiva desde os anos da década de trinta/quarenta, até aos anos setenta, pelo menos. Tendo sido um andebolista saliente, bem como até um desportista multifacetado, além de dirigente, também.

Pois, assim sendo, este é mais um caso a merecer atenção, no avivar necessário da memória felgueirista e desportiva.

= Ao centro, Henrique Fabião e Mário de Castro, dois dos grandes nomes do andebol do FC Porto, ladeados por Carlos Bastos e Teófilo Tuna.

De nome completo Mário Osório Pinto de Sampaio e Castro, era natural do concelho de Felgueiras, mas desde muito jovem residiu na cidade do Porto, para onde foi estudar e se arreigou. Oriundo da família Sampaio e Castro, com raízes nas freguesias de Rande e do Unhão, do concelho de Felgueiras. Sendo filho de António Pinto de Sampaio e Castro, antigo Conservador do Registo Civil e Administrador do Concelho de Felgueiras, além de político Republicano famoso, que viveu em Rande, na Casa da Leira, sobranceira à então povoação e hoje vila da Longra, onde tem uma rua com seu nome. Bem como neto dum personagem célebre localmente como era o famoso “Doutor de Munhos”, médico do povo, conforme ficou descrito o Dr. Castro de Moinhos, da casa de Moinhos, do Unhão, no livro “Memórias do Capitão” de João Sarmento Pimentel. Sendo que os antecedentes familiares eram das casas abastadas de Moinhos e do Raposo, de Unhão e Lordelo respetivamente; e alguns dos seus filhos foram viver para a Longra, enquanto outros  rumaram para diversos lados (como, por exemplo, Porto e Matosinhos, de onde descende o atual político Manuel Pizarro Sampaio Castro, entretanto também deputado nacional na Assembleia da República, Eurodeputado da CEE, vereador municipal da Câmara do Porto e membro do Conselho Superior do FC Porto, familiar do Eng.º Mário Sampaio Castro). 
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O Dr. António Pinto de Sampaio e Castro (do qual se junta aqui sua foto oficial de finalista, como nesse e outros tempos era da praxe estudantil posar à posteridade, com capa e pasta com as correspondentes fitas), foi famoso Administrador do Concelho de Felgueiras nos inícios da Primeira República e mesmo após a derrota da Monarquia do Norte e consequente reimplantação da República. Administrador do Concelho entre 1910 a 1912, depois de 1915 a 1917 e em 1919. Sendo aí personagem da vida concelhia nas primeiras décadas do século XX, que a par de sua ação de administração político-local, foi também Conservador do Registo Civil de Felgueiras  de modo que sua assinatura consta dos registos de nascimentos, casamentos, óbitos e outros documentos e comprovativos civis desses tempos.


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Ora, Mário Castro enquanto estudante na Invicta começou a praticar desporto e cedo passou a ser jogador de Andebol no Nun´Alvares, assim como de Basquetebol do FC Porto. Tendo depois optado pelo Andebol e então se transferiu do Nun´Álvares para o Andebol do FC Porto, onde se tornou figura destacável. De modo que chegou a internacional, sendo selecionado sempre que houve jogos entre seleções de Andebol de Onze em seu tempo. Sabendo-se que nessas eras o Andebol de Onze era a seguir ao futebol a modalidade de maior popularidade, tendo decaído mais tarde com a implantação do Andebol de Sete, acabando extinto mesmo o clássico, que era jogado ao ar livre em campos grandes.

= Enquanto basquetebolista, integrando a equipa do FC Porto de Basquetebol da época de 1939/40. Foto respeitante ao jogo em que, a 28 de maio de 1940, FC Porto e Vasco da Gama foram finalistas da Taça "Sebastião Ferreira Mendes" (Presidente Honorário do FC Porto), terminado com a vitória do FC Porto por 21 - 20 (nesse tempo em que pelas regras e estaturas, à época, muito diferentes da atualidade, os resultados atingiam números pequenos). Pose de conjunto das duas equipas, em que do FC Porto se veem (em cima e da esquerda para a direita) Fernando Costa, Mário Castro, João Lopes Martins, Zeferino, José Maria Leite, Braga, Raúl e Trindade.

Veio Mário Castro como andebolista para o FC Porto com fama de grande rematador, como depois foi registado em reportagem no jornal O Porto, sobre sua carreira (em artigo de M. Dias Saúde):


Foi assim Mário Castro atleta de andebol durante 15 anos, desde 1930 até 1945, tendo no FC Porto conquistado vários Campeonatos Regionais e Nacionais, fazendo parte das equipas portistas que conquistaram os 2º, 3º e 4º Campeonatos Nacionais de Andebol (não tendo estado no 1º por então fazer parte da equipa de basquetebol do FC Porto que em 1939 venceu o Campeonato Regional de Reservas de 1938/39).


Durante sua carreira, Mário Castro foi 8 vezes internacional pela Seleção da Associação de Andebol do Porto, em representação nacional.


Essas foram algumas das situações que ele fixou em sua memória, como relembrou na coluna que n‘ O Porto lhe foi dedicada, em 1951, na rubrica “Figuras do Passado”:


Com várias faixas de Campeão Nacional de andebol de onze, posteriormente Mário Sampaio Castro dedicou-se à Pesca Desportiva também no FC Porto, integrando essa secção ao tempo existente na coletividade, junto com a esposa, tendo ambos sido campões nacionais por ocasiões diversas. Constando portanto nos anais da secção de Pesca do FC Porto entre os valores históricos, esses campeões Mário e Josina Sampaio Castro. Os quais, Mário Castro e esposa, foram galardoados pelo clube com o Trofeu Pinga, ela em 1964 e ele em 1965, por se terem distinguido como campeões de Pesca. Mais tarde, já na transição dos anos 60 / 70, sendo industrial proprietário duma empresa de produtos químicos, de borrachas, plásticos, etc, ofereceu ao FC Porto a primeira estrutura de tartã que existiu no estádio das Antas (na zona dos saltos de atletismo, por trás das balizas). Até que, por fim, a partir de 1972, fez parte das primeiras gerências da presidência do Dr. Américo Sá, como vice-presidente.

= Como elemento da Direção do FCP a assistir à oficialização do contrato do icónico basquetebolista Dale Dover (estando o Eng.º Mário Sampaio e Castro, de mão no queixo e ao lado do presidente da Assembleia Geral, Dr. Ponciano Serrano, muito atento à assinatura).

Era Mário Castro muito ligado a um primo, Adriano Pinto de Sampaio e Castro, que era colaborador do FC Porto, ao género de olheiro de jovens valores e outros casos, tendo sido um angariador de fundos na campanha para a construção do estádio das Antas (inclusive servindo de intermediário a deslocações da equipa de futebol do FC Porto a Felgueiras e outras terras do distrito do Porto, em jogos a reverter para esse fim) e como observador levou para o FC Porto o ciclista Artur Coelho e os futebolistas juniores Silva e Freitas, nos anos 50. Tendo por isso, já em finais de vida, encarregado seu primo Adriano Castro de ser portador da primeira bandeira do concelho de Felgueiras do tempo de seu pai como Administrador do Concelho, que ofereceu à Câmara Municipal de seu concelho e foi entregue em princípios dos anos 90 nos Paços do Concelho em Felgueiras, à sua morte, pelas mãos desse seu primo (acompanhado por outros primos da Casa da Padaria da Longra).

Depois disso, em 1994 Mário Castro foi lembrado em Felgueiras, numa homenagem conjunta com o fundador do Futebol Clube de Felgueiras, Verdial Horácio de Moura, marido duma sua prima da Longra-Felgueiras. Desse ato de tributo conjunto, a tais dois nomes históricos de ligação ao desporto felgueirense, no caso, junta-se recorte noticioso dessa ocasião.  


Decorria ainda a Primavera de 1994, ao princípio de Junho, quando em Felgueiras foi prestada publicamente uma homenagem não muito usual na cabeça de concelho das terras do pão-de-ló e calçado. Tendo então havido lembrança de prestar um justo reconhecimento a dois vultos do meio desportivo: Um, Verdial Moura (Abílio), mais ligado à criação do clube de futebol representativo do concelho, como seu fundador; e outro, Mário Castro, por quanto honrou o concelho como desportista nacional, tendo sido andebolista internacional, além de ainda basquetebolista e campeão de pesca desportiva, no F C do Porto, clube onde mais tarde foi também diretor vice-presidente de algumas gerências da Direção.

A homenagem teve cunho oficial da Junta de Freguesia de Margaride, da União Desportiva de Várzea e do Futebol Clube de Felgueiras. Tendo na ocasião o Presidente do "Felgueiras", José Luís Martins, ofertado à família dos homenageados medalhas comemorativas do então recente título de campeão da 2ª Divisão Nacional B obtido pelo FC Felgueiras. Tendo como principal número de cartaz havido um jogo entre as categorias de Juvenis do FC Felgueiras e da Académica de Coimbra, em cuja equipa era capitão um familiar dos homenageados, neto do felgueirense Adriano Castro (depois também um dos fundadores da Casa do FC Porto de Coimbra).

Relembrando esse preito concelhio, recorda-se o respetivo programa através de notícia coeva publicada no antigo jornal “Gazeta de Felgueiras”.


(Do facto há relato descritivo no livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, publicado em 1997, da lavra do também autor deste blogue.)

Armando Pinto
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