domingo, 30 de junho de 2019

Na fechadura da Chave de São Pedro: Chaves da memória local


Percorrendo vias da atualidade, no tempo presente da festa concelhia do São Pedro de Felgueiras, roda-se a chave à aberta ocasião para dar uma volta pelo tema. Estando diante do semblante local a chave de São Pedro, em boa hora trazida a público com a emblemática colocação desse adereço diante dos Paços do Concelho, como imagem que perdura da boa organização que trouxe as festas do concelho ao coração da cidade-sede concelhia.  


Com a nova marca que finalmente junta as pontas da festa do feriado concelhio, ganha novo cunho a festividade de unidade felgueirense. Juntando multidões no centro da cidade e inclusive trazendo o povo à rua, fazendo mesmo algumas ruas serem de convívio público familiar e tudo o mais que se viu, desta feita, até ao ponto alto costumeiro do Cortejo de Flores que engalanou a subida desde a cidade até ao alto do monte de Santa Quitéria. Ficando a faltar, por ora, apenas fazer ligação da procissão religiosa desde o alto até à baixa citadina, para ganhar mesmo foros de festa grande em todos os aspetos, em amplitude completa. Mas lá chegará o dia.

Estando então preservada a memória da origem da festividade, com a manutenção da parte religiosa onde houve a antiga ermida de S. Pedro, da qual resultou a mais antiga festividade remanescente pelos séculos adiante, é feita felizmente a escadaria mental de cima a baixo, na chegada aos dias que correm.



Nesta pertinência, estando na calha a chave de S. Pedro, que traz acima o bairrismo que andava arredio das gentes e feições felgueirenses, vem ao caso uma vista por uma imagem de estatuária antiga do património particular e algumas chaves de antigo uso, da coleção particular do autor destas linhas. No conceito relacionado, de guardar objetos de memória de tempos passados em ligação à história local.


Armando Pinto
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sexta-feira, 28 de junho de 2019

Artigo no Semanário de Felgueiras - com histórias de encanto e desencanto


Como se ouvia antigamente em festas populares, e mesmo em arraias de festividades dos santos populares, perante algum encanto de atrações como os carrosséis típicos, sob ambiente sonoro a clamar "mais uma corrida, mais viagem", também assim numa volta de lembranças, vem pois mais uma viagem pelo mundo das histórias de fascínio maravilhoso. Tal o que se conta, igualmente de outros tempos, no artigo há algum tempo escrito pelo autor deste blogue para a colaboração habitual no Semanário de Felgueiras – em cuja edição de 28 de junho teve lugar. Sendo o artigo em forma de crónica misturada em conto memorando. Terminado com remate moral da história, de final de fábula. Sob o título

Trinta e um

Há muito, muito tempo, era eu uma criança… Quão tenho ainda na ideia e vem assim nas memórias e até em canções. E, então, andava ainda no mundo do encantamento, gostando de ler as historinhas que lia nalguns livritos que começavam sempre por “Era uma vez”.

Ora, então, transpondo para o que ia povoando o encanto infantil… Era uma vez um sítio onde eu era feliz e gostava de tudo e todos. Uma terra onde as bermas de caminhos e estradas estavam sempre limpas e tudo era bem arranjado; e que, fora das casas, à beira das vias principais, tinha já luzes de iluminar a escuridão da noite. O que fazia com que de vez em quando, ainda naquele tal reino de sonhos e felicidade, ouvisse, vindo lá de fora, já pela noite dentro, um senhor a contar histórias, como que a falar com os postes de iluminação, mas a saber o que dizia, coisas que soavam bem. Um personagem real, afinal, mas com algum carisma de simpatia pueril.

Sempre houve figuras típicas nos mais diversos cenários e quadrantes da vida, com aura de lembrança deixada por razões várias. Como por vezes emergem dos arcanos das recordações, quais cromos colecionados que vêm à memória anos mais tarde. Tal o caso, há uns anos bons, desse senhor. Um individuo que vagueava pela área do Vale do Sousa e era familiar na região, sendo deveras conhecido pelos seus discursos públicos, para quem o queria ouvir. O Silva Leitão, como se anunciava, mas popularmente mais conhecido por “Trinta e um”. Também viajante por terras de Felgueiras amiudadas vezes, no tempo em que viveu à sua maneira.

Pessoa afável, que não fazia mal nenhum, mas apenas não gostava de trabalhar e vivia do que lhe dessem espontaneamente, o Silva Leitão passava regularmente pela zona de Felgueiras, em seu périplo regular, vindo de concelhos vizinhos, e mais assiduamente parava pela Longra, onde gostava de entrar nalgumas lojas de vinhos, vulgo tasquinhas de comes e bebes, para depois seguir para a sua estalagem favorita, num recanto duma propriedade dum seu amigo do Unhão, e ali pernoitava. Mas antes, porque na Longra havia já luz pública nesse tempo, algo que ainda não chegara a outras terras pelas redondezas, por essa altura dos tempos, ele parava junto a um poste e por baixo da lâmpada ia falando, fazendo autênticas práticas de oratória bem falante e de um poste passava a outro. Até que, acabando a parte iluminada, lá seguia caminho abrindo os ferrolhos da escuridão. Quão se dizia não ter cancelas a noite.

Era o Silva Leitão, popularmente conhecido por 31 (“Trinta e um”). Nunca soube porquê, mas também não interessa para o caso. Bastando que, apesar de viver como vivia, quase sem eira nem beira, era pessoa de amigos em todas as terras por onde passava.

Dizia-se ser oriundo da zona de Penafiel e contavam-se muitas histórias de sua vida. Sendo assim famoso por seus discursos públicos que muita gente não se importava de ouvir e havia quem gostasse mesmo. Porque falava bem e de modo escorreito, ao género do que aparecia nos livros de histórias. Enquanto quem entendia melhor aquilo dizia depois serem discursos de profecias, como quem por parábolas ia dizendo verdades. E eu a ouvi-lo, bem aconchegado na cama a gostar do que chegava até meu entendimento.

Sei agora que, como ele discursava, os seus devaneios da palavra seriam quase profecias do tipo Bandarra. Ao jeito das trovas daquele sapateiro adivinho da era de quinhentos, com a diferença que o Silva Leitão não falava de D. Sebastião em modo de profeta messiânico, mas de temas da sociedade conhecida desse tempo, em plena época de meio do século XX, sensivelmente. Encostava uma mão à cara para divagar e discorria em tom de discurso muitas frases que tinham sentido e dispunham bem.

Agora, passado tanto tempo, sendo nós adultos e ele desaparecido há muito, algumas das suas profecias, tais as do antigo Bandarra trovador, vão tendo mesmo cabimento. Como lembra de, uma vez por outra, ele ter dito que haveria de vir um tempo em que o que poderia parecer impossível sucederia mesmo, com tudo a voltar "ó pra trás". 

ARMANDO PINTO
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quinta-feira, 27 de junho de 2019

Fotos de puxar atrás filmes da vida… com recordações de Gente de Rande e Sernande!


A Internet pode ter coisas boas e outras nem tanto, dependendo do uso que se dá a isso. Com maior enfoque nas redes sociais e dentro disso tudo sobremaneira ao facebook, que é uma porta de entrada e saída de certas situações. Contudo, pesando os prós e contras, tem mais, mas muito mais benefícios. Como no caso de ser um género de ponto de encontro de tempos e modos, da atualidade ao passado, do presente ao futuro.

Assim, calhou um destes dias aparecer diante dos olhos, através da publicação numa página do facebook de pessoa amiga, uma foto que nunca chegara a ver, remontando a tempos da infância do autor destas linhas… Foto que aqui se reproduz, encimando o artigo (e a seguir mais abaixo se amplia, para melhor visibilidade).

Essa fotografia antiga reporta a uma excursão feita pelo pároco Padre João Ferreira da Silva, em itinerário de ida ao ao Porto, para os paroquianos de Rande e Sernande assistirem de manhã na Sé do Porto à ordenação sacerdotal do Padre Marílio, da Longra. Em 1964. Sendo, no caso da mesma imagem, uma foto que penso ter sido “tirada” na praia do Castelo do Queijo junto à Foz, no Porto. Lembro-me de se tirarem várias fotos lá, da parte da tarde desse domingo quente de Agosto... e eu, ainda criança também fui e fiquei em algumas fotos (tenho pena de não saber quem as tem).


Nesta foto (em que alguns aparecem descalços e de calças arregaçadas por terem ido molhar os pés...), não consigo reconhecer quem está do lado esquerdo em cima, mas depois conheço, também em cima (a partir da esquerda da imagem) em segundo o sr. Elísio da Fonte, depois (conforme me informaram pelo facebook) Laura do Enchido, a seguir o Padre João, de seguida o sr. Ferreira das padeiras da Longra e sua esposa Quininha padeira, o meu irmão Luís, a Dete (Odete) neta do sr. Paulino, depois meu irmão Quim, a seguir (segundo me informaram também pelo facebook) Gloria de São João (que agora e desde há muito reside no alto de Cimalhas da Longra), a seguir a Camilinha Rodrigues, depois seu filho Alexandre Sampaio, e por fim o sr. Manuel Sampaio (ou seja, com o sr. Alexandre no meio dos seus pais); em baixo, desde a esquerda, Docília dos Picos, Vitalina Sampaio, Fátima Sampaio Viana, Adélio Machado, Afonso Carvalho, João do Outeiro e César Ferreira. Eu andava por ali, mas não apareço nesta foto... 

Esta fotografia é mesmo dessa ocasião, como se comprova por outra foto desse dia e essa guardada pessoalmente no álbum particular, juntando algumas destas pessoas referenciadas e mais outras, sobretudo incluindo alguns elementos (sem trajes) do Rancho Folclórico adulto da Longra e da Liga de Rande, nesse "Passeio" em 1964, de Excursão Paroquial da organização do saudoso Padre João Ferreira da Silva.


Nesta foto podem ver-se (sem ser por ordem) César Ferreira e sua irmã Luísa, Rosa Pinto, duas irmãs Mendes, o sr. Alexandre Sampaio, o Adélio Machado, o João do Outeiro, Artur Barros (pelo menos parece), o Afonso Carvalho, os Joaquim, Luís e Armando Pinto, o sr. Elísio da Fonte, e outros… 

Deixa-se esta assim à curiosidade de quem conseguir reconhecer, devidamente, na ordem posicional. (Reparando-se também que os óculos de sol então andaram a rodar, pois numa ocasião aparece um e noutra já outro, assim de olhos protegidos, entre dois amigos nesse tempo integrantes da Liga Eucarística dos Homens de Rande.)

Assim sendo, o tema demonstra como os contactos via Internet podem ter boas razões de ser, por quanto proporcionam reencontros e recordações, além de conhecimentos sobre algumas existências de algo eventualmente já quase esquecido na memória dos tempos.

Armando Pinto
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segunda-feira, 24 de junho de 2019

Dia Um de Portugal, em Dia de São João


24 de junho é dia de São João, o segundo dos três santos populares. Chegando a vez das muitas terras portuguesas onde é festejado o santo popular que batizou Cristo, mas que na tradição popular ficou associado às atenções das raparigas solteiras e outras curiosidades da ficção memoranda. Cuja festividade atinge ponto mais alto na noite sanjoanina do Porto, de cariz popular espontâneo e algo mágico, como é sabido, além do mais folclórico São João de Braga e outros ainda. Enquanto na tradição histórica o dia 24, deste mês de entrada do verão, é também o dia 1º de Portugal, como até é assinalado em Guimarães sobre a data atribuída à batalha de São Mamede, de que resultou a independência do reino de Portugal. 

Então, na batalha de São Mamede defrontam-se um exército do conde Fernão Peres de Trava, fidalgo galego partidário e chefe do governo provisório de D. Teresa, contra um grupo armado dos barões portucalenses. Estes últimos ao vencerem passaram o governo do condado portucalense ao príncipe herdeiro D. Afonso. Tal intervenção dos barões portucalenses, liderada pelos senhores de Sousa e de Ribadouro (entre os quais estiveram os condes Soeiro Mendes de Sousa «O Grosso» e Gonçalo Mendes de Sousa «Sousão»), teve papel importante na vitória que deu a Afonso Henriques autoridade compatível, ao tempo.

Passa então agora, em 2019, a conta de 891 anos de existência de Portugal como instituição governamental própria, embora ainda do tempo das coordenadas e linhas territoriais do antigo Condado Portucalense. Só mais tarde, como se sabe também, foram conquistadas as terras que eram ocupadas por mouros e tudo o mais.


Ora, na passagem dos 891 anos portucalenses e à entrada para a soma da década em que a independência parcial do país irá perfazer 900 anos, cá se vai cantado e rindo em dia de São João, até para esquecer o mal que tem sido feito ao país, quer monetariamente como na própria identidade pátria. A partir que veio a aberração da falsa união de freguesias e o país deixa à solta os corruptos e ladrões, enquanto prendem quem tenta desmascarar a podridão que reina no Portugal do sistema emanado de Lisboa.  


Em vista disso, e como legenda emblemática, sabendo-se como em muitas terras e inclusive em Felgueiras há um Cruzeiro-Padrão da Independência, legendamos uma missiva atinente à atualidade, como em tempo de inverno, perante ambiente cinzento, se espera que advenha melhor brancura de bom futuro.

Armando Pinto
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sábado, 22 de junho de 2019

Recordando: O antigo “São João da Longra”


Era mesmo assim popularmente chamada a festa d’ “o São João da Longra”, a festividade sanjoanina que durante anos teve lugar no Largo da Longra e arredores. Uma festa de tradição até inícios dos anos sessentas e depois ainda continuada pelos caminhos do sítio das Quatro barrocas (atual Alminhas) a chegar às Cortes Novas.

Não vamos nem vimos aqui e agora (re)escrever uma descrição desse arraial e suas componentes que anualmente, e durante uns bons anos, animou o centro da antiga Povoação da Longra, quer na noite festiva, de 23 para 24 de Junho, como no próprio dia do santo popular, pois que isso está devida e profusamente narrado no livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras” (publicado em 1997) e inclusive no “Sorrisos de Pensamento” (de 2001). Apenas juntamos algumas imagens, desta feita, como recordação ilustrativa.


Assim, pelas fotos coevas, que se juntam, consegue-se ver alguma coisa, embora numa pequena perspetiva simplesmente. Podendo haver outras fotos (em mãos de outras pessoas), que se desconhecem, visto durante anos, pelo tempo de elaboração do livro da história da região, se ter tentado angariar fotos de outros tempos pelos mais diversos meios e feitios, e não apareceram no conhecimento público. Sendo estas as que há, portanto.

Pelas imagens existentes, estas que se anexam, numa primeira vista fica patente um aspeto de como a Longra ficava engalanada de arcos decorativos, a ladear a iluminação de lamparinas suspensas e tudo o mais. Sendo essa imagem de frente à antiga farmácia (onde hoje é a frente da fábrica IMO), em dias antecedentes á festividade.


Depois pode-se ver um ar festivo do Largo da Longra, como fundo visual, incluindo uma visão dum poste de ferro da iluminação pública (dos que haviam sido adaptados para o efeito com os trilhos do comboio depois que a linha férrea foi levantada). Foto derivada de pose fotográfica duma menina desse tempo, vestida “à lavradeira” para integrar o cortejo que também se realizava então. E da mesma foto segue-se uma ampliação possível desse naco visual.


Em seguinte foto vê-se fase de atuação em palco do Rancho da Longra desse tempo, como na festa sanjoanina da Longra sempre dançava um grupo feito para a ocasião com raparigas e rapazes da freguesia de Rande, mas também dos arredores, antes e depois dos cortejos.


Fica assim dado aqui um ar de graça, dentro do possível, da antiga existência dessa que foi a famosa festa do São João da Longra. Que sempre metia cascata gigante com adereços próprios, de artesanal construção e genuína decoração, mais barracas de café de chocolateira e tendas de comes e bebes, corridas de bicicletas, até sessões de fogo, com foguetes de cana grande e dos pequenos, como então havia, etc. etc. E tanto mais que ainda está na memória de algumas pessoas desse tempo, como nos recordamos.

Armando Pinto
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sexta-feira, 14 de junho de 2019

Artigo no SF em tributo a dois vultos históricos do FC Felgueiras


(Crónica publicada no jornal Semanário de Felgueiras, edição de sexta-feira 14 de junho, em modo de registo à posteridade dos textos da autoria também do autor destas linhas, que serviram de apresentação aos homenageados da Gala do FC Felgueiras 1932, referente aos Prémios  Carreira e Saudade:)


Dois Nomes Grados do FC Felgueiras

Fruto da retoma que o clube de futebol mais representativo do concelho está a voltar a ter, é já tradicional o encerramento de cada época ser assinalado com festivo reconhecimento público. Como agora voltou a acontecer na IV Gala Azul Grenã. Tendo aí, além das atribuições relativas ao trabalho anual de atletas e colaboradores, havido distinção a dois nomes do passado, Pimenta e Álvaro Costa. Sobre os quais apraz assim um registo memorial, em letra de forma.

Alberto Fernando Pereira Pimenta - Nascido em Resende, a 08 de Novembro de 1939. Oriundo da zona das cerejas e das paisagens durienses que se vêm ao passar o comboio da Linha do Douro, Alberto Pimenta veio jovem para Felgueiras, em 1963, para jogar no FC Felgueiras. Na sua área de residência trabalhara num cartório notarial e em Felgueiras teve emprego como escriturário também. Tendo-se de imediato empregado numa empresa industrial de grande dimensão desse tempo, a Metalúrgica da Longra, em cuja fábrica passou a ser elemento apreciado. Enraizando-se progressivamente na área do concelho, enquanto o seu estatuto de futebolista levava a que popularmente fosse conhecido por Pimentinha. Esteve depois nos primeiros grandes momentos do futebol felgueirense, integrante como foi da equipa da primeira subida de divisão, quando o FCF passou da antiga 3ª para a 2ª Divisão Distrital, em 1964/65. Com a consumação da vitória na finalíssima disputada a 8 de Julho de 1965 em Amarante, diante do FC Lixa, através dum bis de Sabú. Dias depois Pimenta casou-se, consorciando-se com a sua companheira de namoro, em Marco de Canavezes, como ficou até registado na reportagem do Noticias de Felgueiras reportando à celebração da subida do Felgueiras. Na época imediata voltou a estar em seguinte grande momento, como elemento preponderante, junto com Caiçara e outros, que concretizou nova subida de divisão, então da 2ª à 1ª Distrital. Tendo então, em 1965/66, o clube também sido Campeão da 2ª Distrital, e como tal Pimenta recebeu a respetiva faixa de campeão. Após isso Pimenta esteve noutros grandes momentos da equipa azul-grenã. E, culminando sua carreira ao serviço do Felgueiras entre 1963 a 1974, após ter abandonado a atividade de jogador enveredou pela colaboração ao clube nas funções de treinador de camadas jovens. Aquando da subida de divisão do Felgueiras aos Nacionais, época em que o FC Felgueiras foi Campeão Distrital da AFP e ascendeu automaticamente à então 3ª Divisão Nacional, era o Secretário do clube, exercendo nesse cargo funções de dirigente. Depois esteve como membro diretivo do Departamento de futebol e sempre que possível foi colaborando em diversas atividades do clube.


Álvaro Miguel Ribeiro da Costa - Natural da freguesia felgueirense de Lagares, onde nasceu a 14 de Junho de 1955. Empresário da indústria de calçado, cidadão bem conceituado e respeitado em Felgueiras, sempre assumiu disponibilidade para ajudar e colaborar nas associações e instituições do concelho. A sua paixão por Felgueiras fez com que integrasse os corpos diretivos de várias associações felgueirenses, nomeadamente do FC Felgueiras, assim como da Associação Columbófila, Clube Amadores de Pesca e FC Lagares. No Felgueiras, além de diretor, exerceu o cargo de Presidente da Direção, sendo o Presidente da Comissão Diretiva aquando da principal e mais apreciada subida de divisão, ao escalão principal do futebol português, bem como seguinte participação deste clube na I Liga de Futebol nacional. Com efeito, havendo inicialmente desempenhado lugar de diretor do FCF, tendo sido vice-presidente do departamento de futebol, ao fim de algum tempo nessa função diretiva assumiu pela primeira vez o cargo de Presidente na época de 1987/88. Sendo com Álvaro Costa ao leme da grande nau futebolística que em 1994/1995 o Felgueiras chegou à então 1ª Divisão Nacional e em 1995/96 esteve entre os maiores do futebol português. Havendo de permeio sido presidente durante várias épocas. Faleceu a 13 de Setembro de 2005, deixando profundo sentimento de consternação, como pessoa muito respeitada e estimada. Tornando-se figura de constante recordação.


ARMANDO PINTO
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sábado, 8 de junho de 2019

Olhares sobre antigos assuntos felgueirenses


Entre a diversidade de temas que podem e devem fazer perdurar conhecimento do que foram pormenores evolutivos do sucessivo progresso na nossa terra, no caso que nos toca mais naturalmente, aos felgueirenses, está algo do que dá conta dos primórdios da farmacopeia, ao tempo das iniciais boticas artesanais, ainda de eras de remédios manipulados, na linha das mezinhas populares de antanho.

Tal como, por ainda recente informação recordatória da área cultural da Câmara Municipal, foi relembrada a instalação da primeira farmácia na então vila de Felgueiras, pois «em junho de 1886 abriu no Largo D. Carlos a Farmácia Felgueirense», como transmite o que ficou impresso no jornal « O Felgueirense de 20 de junho de 1886, acessível na Biblioteca Municipal de Felgueiras»


Ora, a propósito, relembre-se ainda que nesses tempos havia já também a antiga Botica do Unhão (denominação que depois perdurou na casa que ficou com esse nome), da família Faria que tempos depois transferiu essa antiga “Pharmácia” para a Longra (onde foi continuada mais tarde pelo famoso boticário Arrochela e de seguida pelos sucessivos continuadores, etc e tal), de permeio com a mistura da medicina tradicional à sucessora “medicina literatura” – como está desenvolvido no capítulo Memória Etnográfica do livro Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras.

Sendo que algo disso foi também aflorado no livro Memórias do Capitão, de João Sarmento Pimentel, acrescentamos desta feita uma outra referência alusiva, através dum artigo do mesmo Capitão “Comandante”, o mais tarde General Sarmento Pimentel. Cuja crónica para aqui transpomos, de publicação de 1966 no jornal lisboeta Diário Popular, em tom camiliano, a dar uma ideia desses tempos.

Eis essa saborosa crónica, sobre o "Doutor de Munhos", assim chamado na forma popular relativamente a sua casa do lugar de Moinhos:


Armando Pinto
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quinta-feira, 6 de junho de 2019

Gala Azul Grenã – Festa d’ honra distintiva do futebol felgueirista


Tem lugar este domingo, dia 9 de junho, a já tradicional Gala Azul Grenã, de distinção a Figuras Gradas do Futebol Clube de Felgueiras. Numa ideia de fortalecimento da mística felgueirista, englobando o sentimento felgueirense quer do antigo e histórico F. C. de Felgueiras como do continuador e atual FC Felgueiras 1932.


Conforme está nos habituais painéis de publicidade (vulgo "outdoors") junto às vias públicas, a sua realização tem assento na chamada Casa das Artes da cidade de Felgueiras. 


Desse acontecimento, como deu conta o jornal Semanário de Felgueiras da semana anterior, juntamos recorte da notícia registadora do evento. Com algumas imagens relativas aos homenageados, em nome da memória felgueirense.


Armando Pinto
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segunda-feira, 3 de junho de 2019

Rádio Felgueiras - 30 anos de Rádio.


A Rádio Felgueiras faz anos. Mais, faz hoje 30 anos!


Perfazendo nesta data a bonita soma de trinta anos, conta que já é bem boa, como se diz popularmente sobre algo que desperta atenção, está pois de parabéns a emissora radiofónica felgueirense. Com “Parabéns” extensivos, pela mesma conta, a todos quantos estiveram na sua criação e concretização, como por esse projeto deram o melhor de si à Rádio Felgueiras; e toda a gente que por lá passou e trabalha, com marca difundida pelos estúdios antigos como pelos atuais do Outeiro.


Em homenagem ao significado e importância da Rádio Felgueiras, bem como por quanto representa para o concelho de Felgueiras e faz pela Nossa Terra, assinalamos esta data feliz com relance memorial por tudo isso. Quão sinteticamente se pode englobar numa imagem contendo escritos relativos à Rádio Felgueiras – como foram e são os três números publicados em 1989 do Boletim RF  Informativo e um artigo sobre Vozes da Rádio Local, da também já antiga colaboração do autor destas linhas no jornal Semanário de Felgueiras. De material historicamente alusivo à Rádio Felgueiras.


Parabéns Rádio Felgueiras: Muitas felicidades e muitos anos de vida!

Armando Pinto
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