sexta-feira, 28 de abril de 2017

Busto escultórico de homenagem ao Dr. Magalhães Lemos


Tal como tanto pode fazer sol como não, na possibilidade meteorológica de estar de sol ou chuva ou até simplesmente nem uma coisa nem outra, também aparecendo semblante pardo de tempo encoberto, nos dias que terão influência ambiental na disposição de qualquer pessoa, igualmente o ambiente de memória eterna do que nos pode dizer qualquer coisa estará dependente de haver ou não melhor ambiência sobre o que perdura no tempo, nomeadamente através do que as pessoas conterrâneas façam pela correspondente preservação memorial.  

Assim sendo, e na linha do que por vezes tem tido lavra escrita do autor destas linhas em livros e até crónicas ou publicação da blogosfera, bem como nos artigos que têm sido publicados no jornal regional Semanário de Felgueiras, inclusive um ou outro à espera de publicação, desta vez retemos os olhos da memória, neste espaço informático mais particular, sobre o busto do eminente cientista de medicina psiquiátrica Dr. António Magalhães Lemos, ilustre felgueirense honrado na toponímia felgueirense com seu nome numa rua e existência dum monumento central na sede do concelho de Felgueiras.

Ora, o busto estatuário do Dr. Magalhães Lemos, da autoria do escultor portuense António Azevedo, foi colocado na praça central de Felgueiras corria o ano de 1937, em pleno verão. Tendo a inauguração tido lugar a 18 de Julho desse ano, com a presença de autoridades civis, religiosas e científicas, na presença do autor da peça escultórica, natural do Porto e ao tempo residente em Guimarães. Sendo o sítio de implantação mais acima que o atual, em virtude de nessa época ainda existir a célebre pérgula do jardim e só depois da destruição dessa estrutura romântica, já a meio da seguinte década de sessenta, houve transferência de local da estátua e pedras do pedestal circular.

Em alusão a essa lembrança memorial, colocamos aqui, acima, uma imagem reportada à respetiva inauguração da estátua, em memória desse insigne felgueirense que foi célebre professor de medicina psiquiátrica, Dr. António de Sousa Magalhães Lemos, por meio de foto coeva de reportagem de Jaime Ferreira, repórter que assinou essa fotografia que faz parte do acervo oficial do município felgueirense.

Armando Pinto
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terça-feira, 25 de abril de 2017

Imagens de primeiros dias pós 25 de Abril em Felgueiras


O 25 de Abril ocorrido em 1974 representa um marco da História da Pátria Portuguesa e um tempo de recordações diversas de índole particular e coletiva, contando também a nível local e regional. Algo acontecido numa época de transição dos românticos tempos da música popular para a yé-yé, de receio da ida para a tropa por causa da guerra colonial, onde a mocidade perdia seus melhores tempos; assim como era de ampliação da vida laboral, quando a metalurgia começava a dar espaços à mecanização do fabrico do calçado pelas terras do concelho de Felgueiras, e mais umas quantas situações que fazem parte da memória das pessoas que viveram essas peripécias ou através de alguém ouvem contar.


Passados agora 43 anos desses tempos bonitos, quando o espírito do 25 de abril se diluiu quase já pelas políticas de anos mais ou menos recentes, sobretudo, apraz recordar algo do que também aconteceu em Felgueiras nessa era, onde quase nada acontecia, mas logo nos primeiros e seguintes dias também na terra do pão de ló houve ocorrências relacionadas com a transformação social operada no país, naqueles idos de meio da década de setenta, no já passado século XX. De cujas recordações aqui deixamos algumas imagens e colunas noticiosas, que apraz registar à posteridade.

Armando Pinto
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domingo, 16 de abril de 2017

Compasso Pascal de Rande / Felgueiras – 2017



Ao final do domingo pascal, mais uma Páscoa faz parte já das imagens que ficam na retina da memória e não só, também em captação de fotografias, para mais tarde recordar. Como foi e é o caso do dia de Páscoa deste ano, de cuja tradição do Compasso se “fizeram” algumas fotos, em ambiente da receção devida e chegada da cruz, a casa do signatário destas linhas. Como “falam” por si algumas imagens clicadas.


Armando Pinto
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sábado, 15 de abril de 2017

Feliz Páscoa !!!



Páscoa é vitória da vida, na renovação da natureza, sobre a morte, como desaparecimento físico. Valendo assim a pena investir no bem comum, ao que deve dizer respeito à comunidade, fazer bem ao que é de todos, vivenciar pelo que nos une.

Tal como a primavera é associada às andorinhas, que por sua vez representam amor fiel, porque normalmente voltam ao mesmo local onde anteriormente fizeram ninho, assim como ao longo da vida costumam ter um único parceiro, simbolizando então valores como a família, o lar, a lealdade e pureza da fidelidade, também a Páscoa é simbolizada em imagem da cruz engalanada, decorada de modo terno e atraente, qual festiva apresentação da mesma cruz redentora.

Neste contexto, como tudo o que se recorda e se procura fazer pela preservação da memória coletiva, no sentido do bem comum, ficam aqui desejos desta vitória que é vivermos a Páscoa.

Feliz Páscoa a todos os amigos leitores, comentadores e visitantes deste espaço informático e companheiros deste lugar de confraternização virtual.

ARMANDO PINTO

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Crónica de Remembranças Pascais


Chegada a quadra da Páscoa, como que adoçando a boca do interesse público por loas do espírito humanista com amêndoas e ovos de Páscoa da recordação, em letra de forma, junta-se umas gemas literárias a forrar a forma do pão de ló caseiro com mais um artigo escrito por estes dias pelo autor destas linhas, também, e publicado no Semanário de Felgueiras.


Da respetiva crónica, saída a público em dia de sexta-feira santa, coloca-se aqui o texto chegado ao público na edição deste dia 14, antecedendo a Páscoa: 


Arca de Folar Pascal

Há sempre uma arca de nossas recordações, algures nos arcanos da memória. Onde, em espaço guardado de lembranças, mais tarde damos valor ao que aí juntamos. Seja numa arca que houve nalgum sítio de nossa vida e permanece presente na retina visualizada em nosso cérebro, quer como numa perspetiva figurativa, qual baú de memórias ternas e eternas.

Voando nas asas do tempo, como que recuando a épocas passadas, uma arca representa desde logo um acervo temporal, à medida de tempo cronológico. Conforme, deambulando por curiosidades regionais e memorizações locais, vem a talhe. Como as arcas eram bem talhadas, além de reforçadas com aldrabas. E sobrevêm à mente, em período de proximidade à Páscoa, as arcas onde se guardavam folares para afilhados e doçarias para filhos pequenos, quando não já os netos – como, por exemplo, é recordado no livro “Memórias do Capitão”, por João Sarmento Pimentel, referindo a arca onde sua avó Francisca, a matriarca da família Pimentel da Torre, em Rande, guardava cavacas de Margaride, ainda em período final do século XIX. Tal como em qualquer casa da região havia arcas, que o povo chamava modestamente caixas, nas quais se guardavam também as roscas de pão fino que seriam no dia de Páscoa dadas aos afilhados e crianças do meio familiar, as entrançadas regueifas que a criançada depois levava por vezes a tiracolo a acompanhar o Compasso, até na hora do almoço pousar na mesa familiar para acompanhar as batatas do forno do tradicional prato guarnecido de carnes de galo e coelho, pela festa de ano de Aleluia. Enquanto em casas mais tais, como dizia o povo, havia algo mais em arcas forradas com alvas toalhas de linho, que lá dentro tinham o tradicional pão de ló da Páscoa, para pôr na mesa de boas vindas ao Compasso Pascal, quando não ainda cavacas e pão pôdre de Margaride, lérias de Amarante, amores de Penafiel, rosquilhos das romarias, damas da Longra e outras doçarias.


Por outro lado há sempre em nós uma arca de lembranças, fiel depositária de memórias, como algo do que as arcas de madeira são lembradas. Desde nossos primeiros afetos, até ao que mais lembre. Sim, como pessoalmente (passando a narrar na primeira pessoa) ainda guardo intimamente o que me faz evocar meus primeiros amores… a minha mãe, a quem desde primeiras imagens guardadas cá dentro recordo como me segurava, quão me lembro tenuemente, ainda mal andava já me agarrava a ela, então à sua saia e avental, sentindo-me amparado; e a meu pai, parecendo ainda andar levemente sobre seus pés, pousado nos seus sapatos de cotio, conforme ele me transportava a brincar, e me falta agora sua presença para puxar memórias de seus tempos, também. Entre sensações que perduram, qual calor debaixo do cobertor da infância.

Nestes tempos pascais o tilintar da campainha do Compasso transporta-nos à sineta da saudade, também. Podendo parecer demasiado recordar-se amiúde esses tempos e nossos antepassados, mas naturalmente lembramo-nos de quem gostamos, e tudo que representa boa memória. Atapetando o que ainda vemos, do que nos vem à ideia, qual imagem como antigamente se faziam tapetes de flores à entrada das casas para receber o Compasso, indicando a entrada e enfeitando o ambiente, na amplitude do encantamento vivido por tempos que marcaram épocas e sensibilidades.


A Páscoa está aí, neste tempo de renovação da natureza e novo desabrochar da vida, mais uma vez. Como em anos passados, agora revigorando a atual existência. Podendo, quantas vezes, nem se saber bem na generalidade a diferença que faz haver estas quadras de ano, mas haverá sempre diversidade de convicções em se poder sonhar com o que gostamos. E a vida sem algo sublime não faria sentido. Tal como a Páscoa representa a vitória da vida sobre a morte, na celebração da eternidade.


ARMANDO PINTO
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domingo, 9 de abril de 2017

Semana Santa, no antigo Catecismo…


Em pleno Domingo de Ramos, além da tradição dos ramos aos padrinhos, ao celebrar-se a entrada de Jesus em Jerusalém vitoriado com palmas, mediante festivas hastes de palmeiras em receção na antiga cidade santa, vem à memória, por entre curiosidades de estimação, o que sobre este período vinha no Catecismo, ao tempo da catequese na igreja de Rande, durante a paroquialidade do Padre João Ferreira da Silva, pelos idos anos da década de sessenta – como se recorda com imagens coevas, da capa e páginas interiores do catecismo do autor destas linhas escritas.


Armando Pinto

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domingo, 2 de abril de 2017

Recordando: Exposição comemorativa com Imagens e Figuras de outros tempos da Casa do Povo da Longra


Em maré de florescimento da natureza, quando desabrocham imagens vivas do ambiente natural, vem a talhe recordar imagens sobre memórias da região Longrina, trazendo à memória alguns dos painéis que estiveram patentes há anos, aquando do sexagésimo aniversário da Casa do Povo da Longra, em 1999. Através de material recolhido para a execução da história da mesma instituição, aquando da escrita da história da região – por pesquisa e levantamento feito pelo autor do livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”. Cujas fotos, por meio de cópias do que foi angariado, assim como originais de outras fotos da época contemporânea, ficaram em arquivo ao tempo guardado da instituição Casa do Povo da Longra.


Armando Pinto

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