quarta-feira, 22 de abril de 2015

Recordações… em recortes de jornal: Quando as mulheres começaram a ir à bola em Felgueiras…


Estando o F C Felgueiras 1932, clube mais representativo do concelho de Felgueiras, a disputar atualmente o Campeonato Nacional de Seniores em posição estável e descontraída, a cumprir calendário na atual fase de manutenção, depois de não ter sido atingido grupo de promoção, ou seja já sem poder subir nem descer de divisão nesta época, calha desta vez uma rememoração por tempos de maior fulgor e entusiasmo, dum tempo em que as mulheres não iam ainda muito ao futebol e então marcaram presença, a causar sensação.

Vem agora isso a propósito de tal curiosidade.

Ora, isto de se ser estudioso de história local tem destas coisas… Então não é que, um destes dias, ao folhearmos um jornal antigo da imprensa regional felgueirense, procurando mais documentos jornalísticos, nos deparamos com uma imagem que nos despertou atenções, fazendo recordar algo de que nos lembramos ainda de tempos de adolescência, do autor destas linhas, e agora nos seduz pela ternura da inerente amplitude?!  Pois é, tal o caso duma captação ao tempo feita por um jornal desportivo nacional, aquando da segunda subida de divisão e extensiva conquista do título distrital da Associação de Futebol do Porto, pelo Futebol Clube de Felgueiras, a meio da década de sessenta. Tendo então saído essa foto no jornal portuense “O Norte Desportivo” (que tinha tiragem ao domingo à noite e à quinta feira, indo para o prelo ao fim da tarde dos domingos para noticiar os resultados do fim de semana e depois a meio de cada semana, apenas), e, por isso (como vinha sempre na camioneta duma empresa de camionagem felgueirense, com garagem no Porto também; e era vendido num dos cafés centrais de Felgueiras), na distribuição à noite do domingo em que o Felgueiras voltara a subir de divisão, ao tempo de Caiçara e Cª, ainda apanhou a festa que andava pela rua na vila de Felgueiras dessa era. Fotografia essa que, dias depois, o Notícias de Felgueiras reproduziu na sua edição semanal respetiva. Completando ramalhete com um dito de que nem as mulheres ficaram em casa… o que diz tudo.

Não acrescentamos outros dados, aqui e agora, porque também não se deve dar tudo de mão beijada, apesar de se tratar de assunto de mulheres. Em melhor ocasião, quando houver possibilidades de utilizar, eventualmente em novo livro, a história do futebol em Felgueiras, pode ser que haja oportunidade para maior desenvolvimento do tema. Entretanto fica aqui o recorte da 1ª página do Notícias de Felgueiras dessa época.


Armando Pinto


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sexta-feira, 17 de abril de 2015

Artigo no SF, de título sintomático.


Mais um artigo escrito e publicado, dentro da colaboração jornalística ao jornal Semanário de Felgueiras. Cujo título sintetiza o seu conteúdo, através de  texto a procurar deixar expressa a ideia do valor atribuído ao tema.

Dessa crónica, escrita a seguir à época pascal e publicada no SF desta sexta-feira 17 da quinzena seguinte à Páscoa, colocamos a respetiva coluna, mais o correspondente texto original para mais acessível leitura, aqui.
  
Irmãs Vicentinas do Unhão 

Ainda lembra aos ouvidos o toque da campainha do Compasso Pascal, passada que foi a Páscoa, sem ir muito longe algumas lembranças relacionadas, no que toca ao tema que vem à ideia, desta vez. Sendo que esta região sempre terá umas quantas referências a puxar pela memória coletiva, quer no aspeto ambiental como nas dotações, vindo então ao caso a faceta do património humano.

Ocorreu ainda há pouco, também, a comemoração da outorga do Foral Manuelino aos antigos concelhos de Felgueiras e Unhão. Encerrando-se esse período com a celebração da concessão régia da carta foralenga à velha Honra do Unhão. Cujos festejos tiveram pontos altos nas realizações programadas com lugar no edifício conventual da Misericórdia local. Onde sobressai o labor da Comunidade Vicentina das Irmãs de Caridade da Ordem de S. Vicente de Paulo. Ora, é sobre essa realidade que desta feita apraz registar uma existência de apreço, tal é sentida a sua presença e por quanto representa na região a faina das conhecidas Irmãs em prol do bem comum. Cuja vida conventual, por outro lado, tem ainda outros contactos memoriais à vivência local, de certo modo até com interligação ao tempo pascal ainda de fresca memória, sabendo-se que Felgueiras, como terra do pão de ló, é vasto sítio de implantação da doçaria tradicional – para a qual eram precisos ovos com fartura e nos conventos eram usadas as claras para engomar os véus dos hábitos, restando as gemas para o doce pão leve e outras iguarias adocicadas.

Com efeito, antigamente as Irmãs da Comunidade Vicentina da Misericórdia do Unhão usavam umas espécies de toucas muito salientes e hirtas, de pano endurecido através de aplicação de caldas de claras de ovos e produtos similares caseiros. O autor ainda chegou a ver isso, recordando-nos de ver as Irmãzinhas (como lhes chamávamos popularmente) a circular pela região com esses hábitos distintos. Andavam pelas portas em missão e consequentemente a joeirar algo mais, assim vestidas, metendo respeito e certo temor por isso mesmo, pois usavam tal alto toucado, à espécie de "chapéu" chamado de corneta, quase se assemelhando a uma gaivota de asas abertas. Também sendo associadas à memória popular, desses tempos passados, pela assistência que prestavam com um género de medicina popular, pois eram especialistas  na confeção caseira dum remédio das bichas à maneira antiga, custoso de engolir por seu intenso travo, mas de bom efeito curativo.

Isso tudo num aspeto que assim justifica retenção de mais-valia, perante o caso de estar instalada no concelho a Comunidade das Irmãs Vicentinas, mais propriamente chamadas Filhas de Caridade da Ordem de S. Vicente de Paulo, no Unhão (além de também no monte de Santa Quitéria), onde as mesmas exercem funções de educação dirigindo externatos com infantário, pré-escolar e escolas de ensino básico, além de apoio sócio-caritativo à comunidade da região. Vindo aqui agora ao caso, no facto a realçar, o exemplo das Irmãs do Unhão, como normalmente se diz, pela ligação afetiva ao tema.

Estão as mesmas no seu convento sito no antigo Paço dos Condes, edifício que em 1868 foi comprado pela Misericórdia de Nª Sª do Rosário do Unhão, em aquisição ao Barão do Calvário (Felgueirense que ao regressar do Brasil se radicou em Penafiel), desde quando ali ficou instalada a sede definitiva daquela instituição, fundada anteriormente em 1630 (conforme aludimos no “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, em 1997). Até que as referidas Irmãs Vicentinas vieram, em 28 de Março de 1933, para o serviço do antigo hospital da Misericórdia de Nª Sª do Rosário, e desde então se fez notar, sobremaneira, a sua presença na própria terra e na região envolvente. Como que a abrir as asas do antigo véu e a pousar no ambiente de mensagem atual. Quais andorinhas a levarem uma Primavera a quem necessitar.

Armando Pinto

segunda-feira, 13 de abril de 2015

(Mais) Uma curiosa imagem da Longra d’outros tempos…


Para quem não conheceu ou já tem ténue memória de épocas recuadas, aqui apresentamos uma foto a mostrar, em cenário de fundo, a parte central da Longra quando ainda havia a antiga casa da garagem (de consertos) de bicicletas. Onde a partir de meio dos anos setentas  ficou implantado o Edifício do sr. Vitelas, e atualmente está a alfaiataria Cerqueira. Vendo-se também um dos antigos postes de ferro da iluminação pública, dos tais que (como é narrado no livro da história da região) resultaram do levantamento dos trilhos da linha do antigo comboio que passou na Longra.

Corriam tempos idílicos da adolescência de alguns amigos conterrâneos, enquanto no intervalo de um jogo de bola (pois nesses tempos dava para jogar na estrada, no intervalo das escassas passagens de carros, que eram também poucos) os jovens que se vêm na foto posaram para a posteridade – como agora se pode recordar. Além dos próprios, obviamente, haverá quem os reconheça agora? 

Fica a questão… na visão dessa época de meados dos anos sessentas.

(Ah... devido a terem estado a jogar é que os sapatos de todos estavam meio cobertos de poeira...)

Armando Pinto

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sexta-feira, 10 de abril de 2015

Dia do Irmão


Agora como há dias para tudo, parece bem que também exista um Dia do Irmão. Contudo, embora apareça em diversos sites da Internete e no tão popular facebook como esse dia seja hoje, sexta-feira 10 de Abril, já no Google é indicado como sendo em Setembro. Vá lá a gente entender isso… Ou por outro prisma, isso quer dizer que é data ainda não muito assimilada, ou deve haver diferenças conforme os países e fusos horários respetivos.

De qualquer forma, seja ou não agora, o dia em apreço, é ocasião para nos lembrarmos também através duma foto de família, a condizer ao tema, inserindo uma fotografia de há trinta e muitos anos!


Armando Pinto

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Uma segunda-feira pascal d' outros tempos… num passeio de operariado duma fábrica da Longra.


Na passagem de mais uma segunda-feira de Páscoa, como normalmente por estes lados se costuma chamar ao dia seguinte à Páscoa, calha lembrar desta vez, aqui, um dos diversos exemplos para que antigamente dava tal dia. Sendo costume, entre o povo da região, aproveitar a ocasião para algo diferente, o que para uns era ir à festa da Senhora da Saúde, a São Cristóvão de Lordelo, a festa mais concorrida das redondezas na época; ou então para efetuar passeios de convívio, quer de pessoas de família, como amigos e conhecidos.

Foi este o caso da ocorrência que se recorda agora pela imagem junta, de um passeio excursionista do pessoal da Codizo-Empresa de Calçado da Longra, fábrica ao tempo instalada havia ainda poucos anos, em meados dos anos oitenta, do século XX. Juntando colegas e familiares, que posaram em conjunto para uma máquina típica de fotos à La Minute, para recordação.

Armando Pinto

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sexta-feira, 3 de abril de 2015

Feliz Páscoa !!!


O autor deste blogue deseja uma feliz Páscoa a todos os que por aqui andam e têm passado, em convívio virtual de partilhas culturais, através de leituras e comentários. Ilustrando-se esta mensagem com uma imagem caseira, da Cruz da Páscoa doméstica integrante do ambiente familiar por estes dias. Uma simples decoração, feita de modo natural e pelas próprias mãos, a recrear o espírito da quadra.

Tal como pelo Natal, já há muitos anos, sempre construímos em casa o presépio tradicional a complementar a decorativa árvore natalícia, também pela Páscoa nos lembramos de celebrar a ocasião, de modo diferente e simples, mas com significado. Sendo que «a cruz mistifica todo o significado da Páscoa na ressurreição e também no sofrimento de Cristo. No Conselho de Nicéia, em 325 d.C., Constantino decretou a cruz como símbolo oficial do cristianismo. Símbolo da Páscoa, mas símbolo primordial da fé católica.»

Armando Pinto

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Padre Manuel Joaquim na Missa Crismal, na Sé do Porto




Em plena Semana Santa, no âmbito das celebrações pascais, realizou-se mais uma Missa Crismal, na Sé do Porto.

Nessa celebração anual, que de modo muito especial é um indicativo do dia da Eucaristia e do dia do Sacerdócio, costumam estar presentes todos os membros do clero diocesano. Como tal, dessa solenidade dedicada aos padres da diocese, é a fotografia que aqui se guarda, ao cimo, a captar a presença de alguém familiar ao sentido destas anotações, tendentes a registar o que de bom acontece relacionado com a região do autor destas notas. Como no caso, em que se vê o Pároco de Rande, Sernande e Idães, Padre Manuel Joaquim Ferreira, entre o clero da diocese, na missa dedicada aos sacerdotes da Igreja Portucalense.

Armando Pinto

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