quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

FELIZ ANO NOVO !!!


... Desejo que no ano 2015 tudo seja melhor, para todos nós, o que naturalmente engloba o que nos desperta atenções e paixões.

Boa passagem e Feliz Ano Novo.

Armando Pinto

= Memória Portista
e
Longra Histórico-Literária =

sábado, 27 de dezembro de 2014

NATAL DE PRESENTES… E AUSENTES.


Passou já mais um Natal, melhor dizendo o dia de Natal e as afinidades mais chegadas a essa data, na roda do ano. Mas mantém-se o sortilégio sempre relacionado com esta quadra, até ao final do ano, pelo menos, quando estamos a viver ainda a celebração do Natal, na comemoração da vinda d’Aquele que nos proporciona alegria existencial.

Nesse âmbito foi entretanto também sentido o tradicional acto da distribuição das prendas, hoje atribuídas ao Pai Natal e antigamente ao Menino Jesus, na transformação dos tempos, mas sempre com contornos de magia, enquanto se associa criança a lembrança, no Natal. Dentro daquele espírito de quanto é bom ser criança, em pureza e sinceridade, tal como dizia Jesus que deixassem ir até ele as criancinhas.  Tanto como noutros tempos os sonhos de meninos estavam de olhos postos nas chaminés e a magia natalícia andava ao calor da lareira, no lar familiar. Enquanto a mesa de consoada ficava posta, pela noite dentro, para a memória dos ausentes se associar, entre o convívio dos familiares presentes.

Na diferença evolutiva da sucessão cronológica, apesar das transformações verificadas, mantém-se a tradição das prendas. Como registamos, de modo ilustrativo, com a imagem cimeira, da entrega de prendas no ambiente familiar, por sinal numa casa da Longra.


Armando Pinto

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Votos de Boas Festas e Feliz Natal !!!


Boas Festas, Feliz Natal - Deseja o autor a todos, amigos e leitores comentadores deste blogue, começando com um Santo Natal, bem aconchegado no regaço familiar; e um Feliz Ano de 2015, em plenitude de dons e bênçãos de Deus Menino e dos nossos S. Tiago Maior, S. Pedro e Santa Quitéria. E que assim como os anjos cantaram "Hossana, Paz na terra",  que advenha no horizonte do presente e futuro melhores dias, quer no plano da consciência político-social, como económicamente e no aspeto da justiça histórica...! 
Armando Pinto

domingo, 21 de dezembro de 2014

Desfile de “Pais Natal” na Longra


Na manhã deste domingo, no âmbito da animação natalícia do comércio tradicional, de iniciativa da Associação Empresarial de Felgueiras, decorreu um desfile alusivo de “Pais Natal Motard” percorrendo os principais centros urbanos do concelho de Felgueiras, cujo percurso teve passagem por Felgueiras, Lixa, Airães, Longra e Barrosas, tendo assim tal coluna, em fila colorida, parado na Longra, também. 

Houve então distribuição de prendas relacionadas às crianças que estavam presentes, num ambiente característico da ocasião – como se regista na sequência de imagens juntas, relativas à respetiva paragem na vila da Longra.




Armando Pinto

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Aniceto Pinto Ferreira (1864-1950) – no ano dos 150 anos de seu nascimento: Missa em sua memória



Na sequência do artigo publicado no Semanário de Felgueiras na semana passada, dá-se agora notícia que, ao menos, vai ser assinalada a efeméride entretanto ocorrida, da recente passagem dos 150 anos do nascimento do Maestro Aniceto Ferreira, com uma missa por intenção de sua memória, de modo a comemorar esse facto assinalável.

Refere a notícia impressa na edição do SF desta sexta-feira, dia 19:

« Realiza-se no próximo dia 22 de Dezembro, segunda-feira, pelas 19 horas, na igreja matriz de Margaride, Felgueiras, a Missa Comemorativa do 150º Aniversário do nascimento de Aniceto Pinto Ferreira, distinta personalidade felgueirense.
Este evento contará com a participação do Presidente da Câmara de Felgueiras, Inácio Ribeiro, e de outras personalidades felgueirenses.
O “Mestre Aniceto”, como era carinhosamente apelidado, foi fundador e regente da Banda de Música de Felgueiras, sócio-fundador dos Bombeiros Voluntários de Felgueiras, Juiz de Paz, Procurador da Confraria de Nossa Senhora do Rosário de Margaride, professor de música e empresário.
Os familiares de Aniceto Pinto Ferreira convidam a Comunidade Felgueirense e todos quantos queiram participar nesta cerimónia de homenagem ao “Mestre Aniceto”. »

Em cima: Foto do “Mestre” com seus dois filhos gémeos.

Armando Pinto

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Natal afetivo…!


O Natal é a festa da família por excelência, uma ocasião, uma data, um tempo, uma quadra especial… até no quanto é marcante na evolução existencial.  

Fazendo parte da vida de todos nós, a magia natalícia tocou e toca de forma particular em cada qual.

Neste tempo de Natal e na linha de quantas vezes foi Natal nas nossas vidas, retemos uma imagem com cerca de três décadas de anos… respeitante a um Natal de nossas vidas.

- Quantas pessoas serão capazes de reconhecer os protagonistas da imagem, junto ao presépio de família…?

É Natal… é quase já mais um Natal, dentro de dias. E quantos ainda recordamos, na retina de nossas memórias ternamente pessoais?!


Armando Pinto

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Iluminação natalícia na igreja de Rande


Já está iluminada a vista exterior da igreja paroquial de S. Tiago de Rande, da área da Vigararia de Felgueiras. Voltou assim este ano a estar decorada com a tradicional iluminação a igreja da paróquia em apreço, através de iniciativa da atual Comissão da Festa Paroquial, dando as Boas Festas a todos os Paroquianos e amigos de Rande. Assim como em princípio deverá voltar a ser publicado o também já tradicional Boletim da Paróquia, editado pelo Conselho Económico paroquial.

Armando Pinto

Obs.: A foto é da página facebook duma paroquiana, Filomena M. G. Pinto.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

“Achega” sobre o 150º Aniversário do nascimento do "Senhor Aniceto", renomado Felgueirense, no Semanário de Felgueiras…


Há um ditado popular adiantando que ano de nevão é ano de pão. Ora este ano não houve nenhum nevão por estas bandas, por ora, e o ano está quase a acabar, faltando contudo algo da cultura da memória felgueirense, pelo menos… como será se não houver uma justa lembrança perante a memória de um felgueirense ilustre, como foi o maestro Aniceto Pinto Ferreira. Neste ano em que perfaz 150 anos desde o seu nascimento, numa conta completada já em Abril, até.

Foi então sobre esse tema que por estes dias escrevemos, na colaboração prestada à imprensa local quando solicitado, no Semanário de Felgueiras.

De tal artigo, publicado na página 2 da edição do SF desta sexta-feira, dia 12 de Dezembro, transpomos para aqui a respetiva coluna, em imagem digitalizada da edição impressa, e de seguida o texto correspondente, do original escrito.


150 Anos do Maestro Aniceto Ferreira

Costuma-se dizer que uma terra vale muito pelas pessoas que teve e tem, no conceito da semente gerada em bom solo, qual Mátria que se honra por seus bons filhos. Tal qual se distinguem as regiões pelas inerentes potencialidades, graças aos méritos produzidos.

Noutro conceito, vêm de longe, dos confins dos tempos, as notícias transmissoras que dão conhecimento de acontecimentos passados, tornando possível a existência de informações de antigas realidades, e conhecimento de pessoas, usos e costumes de antanho. Desde os tempos bíblicos da criação do mundo, embora a primeira nota não fosse exemplar, em determinados aspetos, segundo se constata pela tentação provocada por Eva perante Adão. Havendo depois a transmissão noticiosa passado sucessivamente, mais tarde e comedidamente, através das gravuras rupestres, que venceram a erosão do tempo e chegaram à atualidade. Até que surgiram os papiros e por fim o papel, em cuja maleabilidade chegaram tantas notícias impressas, que movem o mundo global.

Ora, no meio de toda essa transmissão noticiosa, é possível saber-se da boa matéria-prima que enobrece Felgueiras, havendo conhecimento das potencialidades felgueirenses e de bons filhos de Felgueiras criados nestas terras também com mel, segundo a simbologia do brasão municipal, atendendo à velha existência do gado de vento que ficou registado num dos forais que honraram um dos antigos Alfozes de Felgueiras…

Contudo, como é infeliz máxima desta terra, nem sempre Felgueiras tem sabido honrar seus melhores nomes, naquela sequência costumeira de mãe... e boa madrasta, que teima em ser a maneira Felgueirista. Tradição que urge erradicar e alterar, sendo já tempo de afagar a memória dos felgueirenses ilustres, por exemplo, como deve ser à mão de boa memória.

Vem ao caso que passa este ano, neste ano já a caminhar para o fim, a conta de 150 anos do nascimento do famoso maestro felgueirense Aniceto Pinto Ferreira. Um senhor cujo nome tem passado através das sucessivas gerações como um dos bons felgueirenses de sempre. Sendo personagem que teve de ser saliente para, passado século e meio, ainda ser lembrado, por quanto é constantemente referenciado – agora e há muito que já nem há ninguém de seu tempo, obviamente, mas ele continua como constante recordação.

Pois em devido tempo lembramos aqui, neste espaço publicista, e com muita antecedência, esta efeméride merecedora de apreço felgueirense. Através de crónica coeva à então passagem de 147 anos sobre a mesma data, em ocasião que desfiamos uma descrição de seu percurso curricular. E, enfim, chegou-se entretanto ao ano da comemoração correspondente, há já alguns meses, tendo sido a 8 de Abril que, em 1864, nasceu em Margaride-Felgueiras esse Aniceto Pinto Ferreira que, na sua passagem na terra, foi o primeiro regente da Banda dos Bombeiros Voluntários de Felgueiras, juiz de paz, professor de música, relojoeiro, garagista, etc, e maestro das bandas que tiveram continuidade na atual Banda de Música de Felgueiras, cujos sons dos instrumentos podem ainda chamar atenção à memória de tão ilustre antepassado.

Felgueiras não teve mais Anicetos desses, tal qual só houve um Dr. Costa Guimarães e uns Magalhães Lemos, Agostinho Ribeiro, Fonseca Moreira, Leonardo Coimbra, Francisco Sarmento Pimentel, Padre Luís Rodrigues e outros assim, do precioso legado deixado através dos tempos. Homens de boa memória, de conhecida naturalidade, nascidos de boa semente felgariana. Honre-se pois tal dignidade, sendo tempo de Felgueiras saber exaltar como deve ser o que teve e tem de melhor, dando honra ao mérito, ao que é genuinamente felgueirense.

Armando Pinto

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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Quadra Natalícia - Presépio caseiro



Já há presépio feito cá em casa, na chegada da quadra natalícia deste ano. 

Começa assim a haver motivos físicos de aproximação ao Natal. Na tradição familiar, agora com os netos no pensamento, embora também concebido para os filhos, como sempre, e toda a família, de modo a decorar melhor o ambiente da ceia e convívio familiar neste Natal que se avizinha no horizonte do encantamento natalício.


Armando Pinto


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sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Um nosso Amigo em destaque: O “Senhor Luís da Póvoa” no jornal Voz da Póvoa…!


Figura conhecida da Póvoa, de onde é natural, e particularmente da Longra, onde residiu muitos anos e deixou raízes, o senhor Luís Tomás Pinto – tal é a sua graça – dispensa apresentações. Bastando recordar que foi uma das personalidades retratadas no livro “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”, publicado em 1997, recorde-se – faz agora anos, apresentado que foi, precisamente, a 21 de Novembro...

Ora o senhor Luís, recentemente, teve lugar de destaque no jornal “A Voz da Póvoa”, em sua edição de 22 de Outubro passado, ainda do presente ano de 2014.

Assim, como conterrâneo afetivo que é, tendo vivido e convivido connosco, na Longra, e merecendo sempre nosso apreço e amizade, aqui estamos a salientar essa honra – que sabemos ser, verdadeiramente, pelo bairrismo que lhe corre nas veias.

Eis aí a devida referenciação pública e alusiva, através da primeira página e espaço interior do jornal que desse modo homenageou, muito justamente, o seu apego à terra que o viu nascer.

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Armando Pinto

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Em tempo de lembrar nossos entes queridos desaparecidos - In Memoriam: Joaquim Pinto (1916-2006)


Estamos em tempo de Todos os Santos e Fiéis Defuntos, cujos dias ocorreram ao princípio deste mês de Novembro. Sendo sempre este um período de maior lembrança aos familiares e demais ente-queridos entretanto ausentes fisicamente.

Havendo já desaparecido de nosso sangue pais, tios, primos e, de afinidade, também muitos amigos, evocamos noutras ocasiões deste blogue a figura materna e agora lembramos a figura paterna - como homenagem e perpetuação familiar, registando alguns traços das características que notabilizaram a nossos olhos e mais sentidos na alma da recordação esse que foi e é nosso herói eterno.

In Memoriam: Joaquim Pinto

Em ideia que temos, uma das evidências terrestres é que fixar memória respeitante a algo particular ou coletivo será uma forma de celebrar a vida. E, neste sentido, essa atitude terá em conta valorização de tudo o que mereça apreço, com discernimento de avaliação, a enaltecer na amplitude de uma identificação.

Pode a área cronista ter também afectividade e a visão literária ser sensível. Nem sempre a narrativa publicista deve ser demasiado técnica, de texto conciso, frases modelares, segundo normas feitas, mas em lugar próprio igualmente proporcionar oportunidade de manifestos sentimentos e partilha exposta de conhecimentos. Ora, sendo habitual ao autor escrever sobre os outros, em espaços públicos, desta vez calha a preceito dirigir uma pessoal mensagem, na ocasião do período dos Santos, como se costuma dizer, e ainda de aproximação natalícia, na pertinência da proximidade da festa de família por excelência. Ajustando-se a oportunidade para dedicação duma homenagem, no sentido de elo familiar, ao patriarca da família e extensivamente a toda a prole sucedânea.

Está, com efeito, eternamente viva a memória do progenitor e patriarca familiar do signatário. Por sinal também uma figura marcante da memória local, atendendo ao seu currículo prestigiado com o Prémio da Associação Industrial Portuense, em 1959 (como obreiro da sirene e de alguns inventos na Metalúrgica da Longra, fábrica de grande prestígio, que foi autêntica escola de artes laborais, a pontos de então haver consideração de ser uma honra pertencer a seus quadros). Além de bairrista e profundo conhecedor da história local de tempos passados, segundo o que viveu e ouviu, tendo tido primordial comparticipação na monografia sobre as memórias da freguesia natal, por meio das informações que nos deu para o livro Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras. Subsídio comparticipativo que se deveu também à esposa, a saudosa Mãe do autor destas evocações, a Matriarca da família, pelo muito que contava na sua ligação estremosa, dando razão suprema ao ditame de que no companheirismo a um homem de relevo sempre houve e está uma grande mulher…

Costuma dizer-se que os avós são pais com açúcar. Definição a preceito, no caso em apreço, para o avô dos filhos e sobrinhos do autor destas linhas, mas também e especialmente Pai, tal o sabor doce que deixou, a criar água em boca sufocada.

Como seiva que produz vida e renova a natureza, a memória de nosso pai permanecerá pelos tempos, em perene saudade e constante recordação. O seu exemplo estará sempre presente, nos valores que ele soube incutir, na união da família que conseguiu criar e fortalecer.

Contava ele que, segundo ouvira, se celebrava a missa dominical de Rande aquando do seu nascimento. E, conforme se tornou público, porque o parto de sua mãe estava difícil, o pároco dessa época, Padre Augusto, pediu do altar a todos uma oração. Então foi feita conjuntamente uma sentida prece, para que nascesse em boa hora. Facto passado a 10 de Dezembro de 1916, na mesma igreja onde depois foi baptizado, participou nos actos da comunidade paroquial até ao seu falecimento, ocorrido a 10 de Março de 2006; em cujo templo por fim, no seguinte dia 11, foi encomendado a Deus. Agora, de peito contrito, aqui e onde nos lembramos dele, como nosso herói e figura pública que mais nos marcou, estamos gratos, agradecendo a boa hora em que veio ao mundo para criar as raízes que deixa em nós.


= Joaquim Pinto – fisionomia aos 89 anos, quase no fim da sua marcante caminhada terrena – na foto, junto com o filho autor destas linhas. =

Aos domingos, dizia ele, para ser domingo de verdade tinha sempre de ir à missa de Rande, pela manhã; e de tarde havia de dar um passeio pela freguesia, sempre, para ver os seus sítios queridos, o lugar de Janarde onde nasceu, a casa de Valdomar onde passou sua infância, mais todos os lugares que conhecia como as próprias mãos. Quanto gostava de ver quando aparecia a seus olhos qualquer melhoria na freguesia. Assim como tinha algum desgosto pelo desaparecimento de uma fonte que fizera parte do ambiente de sua juventude, a Fonte da Vinhó, antes existente junto a um campo da Quinta, entre Casal Corne e Janarde. A freguesia de Rande fazia parte dos seus pensamentos e anseios. Como sonhava com o alargamento do Largo da Longra, de modo a que o centro da vila que ainda conheceu pudesse ter uma praça central. Conversava muito com os filhos e até os netos sobre esses e outros motivos de seu interesse, sabendo transmitir aos vindouros autêntico apego pelo torrão natal. A terra em que ele era uma referência, quer como construtor da sirene da antiga Metalúrgica, empresa onde durante muitos anos foi o operário mais antigo; tal como mais tarde artífice bobinador e, depois, por todos se terem habituado a vê-lo constantemente, em presença habitual na sua veneranda fisionomia, tão respeitado na consideração geral, tornando-se personagem grado e admirado.

No silêncio contido do nosso coração, continuamos a conversar e, sempre que haja qualquer obra ou beneficiação na sua e nossa terra, os nossos sentidos serão os seus olhos, presente como estará sempre connosco, bem no íntimo de todos quantos o amamos.

Remexendo no fundo da mensagem, que desejamos voe até ao Infinito, tomando as asas do poeta, permita-se uma adaptação para dizer-lhe, na ligação terrena fortalecida espiritualmente:

Se vires que pode merecer-te
Alguma coisa a dor que nos ficou
Da mágoa sem remédio de perder-te,
Roga a Deus que de nós te afastou 
Que na Sua Glória nos faça ver-te 
Quão ditosa a doutrina nos legou.

*
Em homenagem de reconhecimento, foi Joaquim Pinto, da Longra, merecedor de um Voto de Pesar pela Assembleia Municipal de Felgueiras, na primeira sessão ordinária realizada por aquele órgão autárquico após o seu falecimento. Deliberação essa havida na respectiva sessão ordinária realizada a 20 de Abril de 2006, por voto apresentado pelo Grupo Parlamentar do PSD e aprovado por unanimidade dos 63 membros presentes no hemiciclo municipal, de todos os grupos partidário-parlamentares Felgueirenses.

Igual reconhecimento houve de seguida na autarquia de Rande, através de voto que teve apresentação pela Junta de Freguesia de Rande e aprovação de todos os presentes em reunião magna da Assembleia local, tendo assim também a Assembleia de Freguesia de Rande tido esse sinal de apreço em sessão do seguinte dia 27 do mesmo mês.

Ora, fazendo memória, escreve o autor em nome coletivo: Também nós continuamos a procurar honrar essa memória. E, assim, cá estamos nós todos, desde os mais velhos até ao Gonçalo e ao Tiago. Com o que nos une bem presente!

Armando Pinto

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Diploma duma Vida


Após longo percurso social, entre vivências assinaladas em comprovativos escritos e memorizados de aptidões e constatações, desde diplomas literário-formativos até recordações humanas, o melhor diploma recebido até hoje é o da amizade e reconhecimento, como neste último dia de Outubro foi entregue ao autor deste espaço, numa demonstração de companheirismo de colegas da mais recente parte da minha carreira profissional. Cujo rosto está na imagem acima, a falar por si e por cada qual. O que me tocou bem cá dentro, profundamente e, a mim que sempre gostei de escrever, me deixa sem saber colocar aqui e agora frases capazes de expressar em forma de estilo eloquente o sentimento que invadiu cá bem no íntimo. 
Assim, com simplicidade, como quem bebe água pura, que é corredia e límpida, bastando deixar correr o pensamento, em torrente sincera digo que valeu a pena esta última fase profissional vivida, para ter felizmente conhecido gente tão acolhedora, simpática e plena de companheirismo - como boa razão para haver estado na existência da UAG de Lousada, Unidade de Apoio e Gestão do Agrupamento de Centros de Saúde do Vale do Sousa Norte, Tâmega III.

Armando Pinto

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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Olhares antepassados, através da publicidade felgueirense de tempos idos


Outubro suão, negação de verão. Assim dizia um ditado popular antigo, a calhar para este tempo outonal com temperaturas fora de época, a fazer lembrar o verão tardiamente.

Num ambiente assim fora de tempo, calha a preceito dar uma olhadela por tempos de outrora, por meio de recordação de reclames de outras eras, pondo os olhos em anúncios publicitários de tempos de nossos antepassados. Porque, entre tudo o que se vê nas colunas publicitárias, há sempre pormenores que nos contam alguma coisa da realidade de tempos idos, de nomes e situações que foram contemporâneas de nossos visavós, avós e pais, pelo menos.

Para o efeito servimo-nos dos chamados reclames que foram sendo publicados na imprensa local concelhia, detendo atenção por algumas caixas publicitárias que ficaram impressas nos jornais felgueirenses. Apenas de tempos antigos, por via do cheiro das tintas e do pó que possa levantar-se…


Para não alongar o tema, desta vez dedicamos espaço a um dos jornais concelhios, ficando para próximas oportunidades a vez de outros periódicos felgueirenses.

Então, desta feita, aqui, começa-se pelo jornal Semana de Felgueiras, do Conselheiro Dr. António Barbosa Mendonça, de onde respigamos, a fazer memória, alguns anúncios que fizeram divulgação pública entre os anos de 1896 a 1910.















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Armando Pinto

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Curiosidades da Imprensa Felgueirense: Veneração à Beata-Santa Alexandrina de Balazar


A quem se dedica, quando possível, ao folhear de  páginas capazes de memorizar factos de interesse, relacionados com estudo da história local e memória coletiva, por vezes surgem notícias que de imediato despertam a nossa atenção, mesmo que à primeira vista podendo parecer não muito pertinentes  à possibilidade de mais conhecimentos atinentes ao motivo de pesquisa.

Um destes dias, numa busca por páginas de jornais antigos de Felgueiras, deparou-se-nos uma curiosa notícia, relacionada com excursões realizadas nos inícios da década de cinquenta, do século XX, a partir de Felgueiras, e com destino a Balazar - perante a fama de santidade então já chegada a estas nossas paragens, da Serva de Deus Alexandrina de Balazar, termo da Póvoa de Varzim. Contudo, atendendo à época, e por nestas terras de Felgueiras ainda estar a começar a saber-se de tal realidade, por essa época, a notícia era dada com curiosa circunstância, como transcrevemos – deixando fluir a descrição coeva, que apenas transcrevemos em escrita atualizada, do recorte que acima colocamos. Tratando-se duma pequena nota noticiosa, do Jornal de Felgueiras de 11 de Julho de 1953 (sensivelmente um ano antes de nascer aqui o autor destas linhas de agora), dando então nota, naquele tempo, de deslocações excursionistas efetuadas através da empresa de camionagem Cabanelas, como é sabido de origem felgueirense e ao tempo instalada em Felgueiras, a dizer assim:

«Uma mulher que não se alimenta
Referiram os jornais o caso de uma mulher que não se alimenta, segundo dizem e mora em Balazar, na Póvoa de Varzim.
Por ordem do médico assistente, não poderá receber visitas.
Num indeterminado dia, encontravam-se próximo de sua habitação cerca de 80 camionetes com pessoas que a queriam visitar, segundo nos informou um indivíduo nosso conterrâneo.
A Viação Cabanelas já ali se deslocou por 4 vezes com passageiros. Muita gente pede-lhe graças.»

Ora, Alexandrina Maria da Costa, ainda viva por essa ocasião, sabendo-se que faleceu depois em 1955, e entretanto com auréola reconhecida pelo povo das mais variadas partes do país e do mundo, era entretanto considerada santa: «Além de ter sido uma reconhecida mística católica com fama de santidade, foi ainda declarada beata pelo Papa João Paulo II a 25 de Abril de 2004».

Armando Pinto


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